domingo, 30 de novembro de 2008

TODOS IGUAIS,TODOS DIFERENTES...



«A situação que se segue aconteceu num voo da British Airways, entre Joanesburgo (África do Sul) e Londres.
Uma mulher (branca), de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar em classe económica. E viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
-'Algum problema, minha senhora? '
- Perguntou a comissária.
-'Não vê? ' - Respondeu a senhora -
'Vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Tem de me arranjar outro lugar. '-'Por favor, acalme-se! '
- Disse a comissária -'Infelizmente, todos os lugares estão ocupados.
Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.
A comissária afasta-se e volta alguns minutos depois.
'- Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre em classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar nem mesmo em classe económica. Temos apenas um lugar em primeira classe'.
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
'- Veja, não é comum que a nossa companhia permita que um passageiro da classe económica se sente na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável
'E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
'- Portanto, senhor, caso queira, por favor pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar em primeira classe...
'Todos os passageiros que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.»
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons..."
Martin Luther King

este texto foi retirado do blog Campo Fértil

sábado, 29 de novembro de 2008

SÓ SOFRE QUEM QUER



A reflexão filosófica é alimento fundamental para a compreensão da Doutrina Espírita. O Espiritismo é uma filosofia experimental e não um dogma. Um conceito que se mistura aos dogmas católicos e causa confusão, por exemplo, é o do sofrimento. Em primeiro lugar, existe uma grande diferença entre infelicidade e sofrimento. Sofrimento é o processo natural em que todos os seres enfrentam dificuldades para superá-las por meio do aprendizado. Deus age de forma pedagógica com suas criaturas. Tudo evolui no Universo. Os mundos se transformam com a finalidade de se tornarem uma morada feliz. E todos eles alcançam essa condição. Os seres estão unidos pelo esforço do aprimoramento. Da partícula atômica aos espíritos superiores. todos são estágios evolutivos da alma imortal. O homem da Terra é um espírito em suas primeiras encarnações. O objetivo é reconhecer-se espírito e suplantar sua natureza animal, que está relacionada às suas origens — o princípio espiritual vivencia transmigrações no mineral, vegetal, animal para depois despertar no homem.
A grande maioria dos sofrimentos humanos tem origem no egoísmo e orgulho. As dificuldades financeiras, sociais, guerras, até mesmo alguns aspectos climáticos, todas estas causas de sofrimento foram criadas,e são mantidas pelo próprio homem.
O sofrimento causado pela morte de parentes, doenças e relacionamento afetivos são causados, em sua maioria, pela falta de compreensão das leis naturais da vida. Quem compreende a vida após o desencarne. entende com naturalidade o fenômeno da morte
reconhece a transitoriedade da encarnação e não sofre simplesmente porque sabe!
A felicidade é um sentimento relacionado à liberdade que o espírito sente quando compreende a vida e ajusta seus pensamentos,sentimentos e atos às leis presentes em sua consciência.A liberdade e a sabedoria abrem as portas da criatividade e do trabalho incessante nas causas do bem.
Muitas pessoas se interessam pelo espiritismo e frequentam Centros.No entanto,não se aprofundam na compreensão filosófica e mantém os dogmas católicos entre seus conceitos pessoais.Imaginam,então,o sofrimento como um castigo de Deus para os erros que cometeram nas vidas passadas,como se fossem pecados a serem pagos.Sua felicidade estaria no mundo espiritual,se sofreu sem reclamar.Nesse caso.uma almejada colônia espiritual feliz substitui o aguardado paraíso.Essas idéias equivocadas reproduzem os mesmos raciocínios da concepção dogmática da Igreja.
O espiritismo, por sua vez,demonstra que o homem tem em sua alma o reflexo de seu criador.Somos como diamantes brutos,cujo o brilho reluz quando desbasta a casca superficial grosseira,representada na alma pelo orgulho e egoísmo.Disse Jesus "Que brilhe a vossa luz".Ele não disse para refletir.nem para conquistar a luz.Mas disse para fazer brilhar o fulgor cuja fonte já está em cada um de nós.
Quando Jesus disse que a felicidade não é deste mundo,estava se referindo ao estado evolutivo do planeta,e não que ele seria eternamente a morada do sofrimento.O mundo futuro,que é a propria Terra regenerada,será certamente feliz.Além disso,a felicidade não é um lugar a que se chega,nem mesmo um ambiente onde se fica.Mas é o sentimento daquele que compreendeu a si mesmo e encontrou uma ligação com o Criador pela sua própria essência.Reconhecer nosso potencial e explorá-lo é a própria educação moral.E o bem estar dessa conquista é a felicidade.Esse sentimento acompanha aquele que encontra o seu caminho e aumenta gradativamente a sua intensidade perante a evolução do espírito.Cada vez mais e para sempre.

Texto retirado da Revista Universo Espírita autor Macedo Sarra

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA E O ESPIRITISMO


A alimentação vegetariana é um tema que vem cada vez mais sendo alvo de discussões no meio espírita. Vários são os livros - psicografados ou não - que fazem alguma alusão a isso e antagônicas são as posições tomadas por diferentes pessoas com relação ao assunto. Mas o que realmente diz a doutrina espírita? Analisando o Livro dos Espíritos, temos a seguinte passagem: 723. A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza? “Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.” Esse trecho serve de base aos espíritas que se colocam a favor de uma alimentação onde a carne tenha lugar garantido. Mas não há nada mais a ser considerado sobre a resposta acima? Por exemplo: quando foi escrita? Qual era a situação do homem em termos de conhecimentos nutricionais à época em comparação com os dias de hoje? Percebe-se claramente no trecho citado que é colocada a questão da necessidade: uma palavra de grande importância para se discutir o assunto. O Livro dos Espíritos foi publicado há mais de 140 anos atrás. Muito o homem se desenvolveu cientificamente e tecnologicamente nesse intervalo de tempo. Hoje, por exemplos práticos e não por suposições teóricas, vê-se que a necessidade de comer carne não existe. É plenamente possível viver de forma saudável sem a sua ingestão. A despeito de várias publicações espíritas que se colocam a favor da alimentação vegetariana – psicografias de Chico Xavier junto a Emmanuel e André Luiz, de Yvonne Pereira, dentre vários outros (leia trechos de O Consolador e de Missionários da Luz) - muitos se prendem à questão 723 do Livro dos Espíritos para justificar suas posições contrárias a ela.É importante não existir o medo diante do novo. O próprio Allan Kardec por várias vezes colocou a importância da evolução das idéias. Não devemos pensar que tal evolução acabou na publicação de Obras Póstumas (último livro de sua autoria: uma coletânea de textos deixados por ele após sua morte física). A evolução continua. Quando surgem novas variáveis que permitam a análise de um ponto por novos prismas, assim deve ser feito. Aí está o caráter científico do Espiritismo se mantendo em equilíbrio com sua face religiosa, não permitindo que certos pontos sejam praticamente considerados como dogmas a serem aceitos. Voltando a questão da necessidade de se comer carne, vejamos alguns fatos interessantes: - Dave Scott é um triatleta de renome. Ele venceu o lendário Ironman no Hawaii, uma das provas mas extenuantes do planeta, por seis vezes (um recorde), entre os anos de 1980 e 1987. Esse triatlo consiste em 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida;- Sixto Linares bateu o recorde mundial do triatlo de um dia nadando 7,72 km, pedalando por 297 km e então correndo por 86 km, sem intervalos, em 1985;- Edwin Moses: medalhista de ouro em Olimpíada nos 400 metros com obstáculos. Passou oito anos sem uma única derrota nessa prova;- Paavo Nurmi, o "Finlandês Voador", conseguiu vinte recordes mundiais em corrida à distância e ganhou nove medalhas olímpicas;- Bill Pickering estabeleceu um recorde mundial nadando no Canal da Mancha, mas a performance dessa ocasião foi pouco diante do fato de que com 48 anos, ele bateu um novo recorde mundial nadando no canal de Bristol. O que há de comum entre as pessoas citadas acima? Todos são vegetarianos. A situação atual apresenta diferenças muito favoráveis à alimentação vegetariana, aumentando consideravelmente as opções dessa dieta em comparação com outras épocas. Há hoje variedades vegetais com níveis produtivos mais altos, melhores processos de armazenamento e conservação, sistemas de distribuição mais eficazes. Além disso, o homem conhece mais sobre os mecanismos da digestão, as necessidades diárias alimentares e as propriedades dos alimentos. Uma dieta vegetariana bem planejada permite a qualquer pessoa viver com boa qualidade de nutrição. Isso pode ser afirmado por fatos. Vendo-se, pelos últimos parágrafos, que na realidade a necessidade de se comer carne não existe para o homem atual, toda a questão deve ser analisada por um outro ponto de vista: “é justo e correto sujeitar um animal aos sofrimentos (sim, por menor que seja a sua capacidade cognitiva eles têm a capacidade de sofrer – fato inegável) de que é alvo e posteriormente à morte para satisfazer as preferências de nosso paladar?” O Espiritismo, em seu aspecto moral de bondade, amor e caridade em todas as relações, condena o excesso. A partir do momento que se comprova uma não-necessidade, tudo muda. A partir desse caráter moral da doutrina pode-se concluir com facilidade que a interrupção da matança que hoje é infligida aos animais será um dos passos dados pelo homem no futuro. Passo que não ocorrerá de um só instante, mas ao longo de um tempo, visto que mesmo hoje se vê o seu andamento. Acompanhando-se a linha de evolução da humanidade, percebe-se que atualmente são considerados bárbaros - ou no mínimo errôneos - vários costumes tidos como absolutamente normais e corriqueiros em outras sociedades no passado: os sacrifícios animais e mesmo humanos, a escravidão, a poligamia e o canibalismo, dentre outros. Como disse Victor Hugo: "primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação à natureza e aos animais”. Um ponto importante que deve, no entanto, ser ressaltado é o pretenso nível de intangibilidade moral que alguns podem querer se colocar por terem uma dieta vegetariana. De nada adianta não comer carne mas também não perdoar, não praticar a caridade, não ser paciente, dentre várias outras coisas de alto grau de importância que estabelecem um bom nível de caráter moral no ser humano.Apenas cumpre ao homem não cometer excessos e comer para viver, ao contrário de viver para comer. A partir da constatação que o ser mais fraco sofre por uma desnecessidade, o ato de causar tal sofrimento torna-se fútil e repugnante.

A LÂMPADA QUEIMADA


Na véspera de Natal,o viajante e sua mulher faziam um balanço do ano que estava terminando.Durante o jantar no único restaurante de um povoado nos Pireneus,o viajante começou a reclamar de algo que não tinha ocorrido como desejava.
A mulher olhava fixamente a árvore de Natal que enfeitava o restaurante.O viajante achou que ela não estava mais interessada na conversa,e mudou de assunto:
-Bela iluminação desta árvore-disse
-É verdade-respondeu a mulher-Mas se você reparar bem,no meio destas dezenas de lâmpadas há uma que está queimada.Me parece que,em vez de ver o ano como dezenas de bençãos que brilharam,você está fixando seu olhar na única lâmpada que não iluminou nada.

Texto do livro Maktub de Paulo Coelho

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

AUTO-SUPERAÇÃO





Você já se sentiu, alguma vez, a pessoa mais incapaz da face da terra?

É até possível que tenha acontecido por mais de uma vez, não é mesmo?

E por que será que isso acontece?

Vamos refletir um pouco sobre essa questão.

Considere, em primeiro lugar, que você é uma pessoa única, não existe ninguém no universo igual a você.

Você tem uma soma de experiências só suas. Tem sentimentos únicos e tem limites que são só seus.

Então, é provável que ao tentar superar outra pessoa, tenha a sensação de que não é capaz e se frustre.

Se uma pessoa muito ligada a você, por exemplo, inicia um curso qualquer, e você não tem o mínimo talento para essa atividade, sente-se inferior.

Se um amigo começa um regime para emagrecer, e você está se sentindo um pouco acima do peso, faz o mesmo regime e não perde uma única grama, sente-se a pessoa mais infeliz.

Se, na academia que freqüenta, as pessoas ao seu redor fazem proezas enquanto você apenas faz tentativas vãs, a vontade de desistir é quase inevitável.

Essas, entre tantas outras situações, podem ocasionar desestímulo e sensação de fracasso.

No entanto, ao admitir que você é um ser único, e não há no universo ninguém igual a você, todas as frustrações desaparecem.

Você, ao invés de olhar ao redor, tentando superar os outros, buscará conhecer suas próprias possibilidades, talentos e limitações, e buscará superar a si mesmo.

E então, cada conquista, ainda que mínima, será uma vitória real.

Considere que você, e somente você, deve servir de parâmetro quando se trata de conquistas próprias.

As conquistas dos outros são dos outros, e todos tiveram ou têm limitações a superar ou talentos conquistados com os próprios esforços.

Não há dúvida que podemos almejar determinadas conquistas que outros já possuem, mas não devemos querer tê-las prontas.

Cada esforço deve ser envidado com lucidez, pela auto-superação, e não pela superação dos outros.

Sempre existe algo que você faz melhor que os outros e algo que os outros fazem melhor que você, e isto não é motivo para desanimar.

A verdadeira grandeza está justamente em reconhecer essa realidade e aceitá-la com maturidade.

Embora haja um forte apelo social para que acreditemos que somos uma massa uniforme, que devemos seguir determinados padrões, nós continuamos a ser indivíduos únicos.

Reflita sobre essas questões e tenha uma conversa consigo mesmo.

Analise-se com carinho e atenção, para conhecer seus limites e tente superá-los, sem neuroses.

Conheça seus talentos e reforce-os, sem pretensões descabidas.

Busque a auto-superação e não a superação dos outros.

Cresça de forma efetiva, para ser a cada dia melhor que no dia anterior. Melhor que você mesmo, e não melhor que os outros.

Não há clones de você e tampouco você é clone de alguém, por mais que se pareça fisicamente com outra pessoa.

Nem mesmo irmãos gêmeos estão nivelados nas experiências. Cada um tem seus limites e potencialidades singulares.

Pense nisso!

Você é um espírito ímpar.

Pode até imitar muito bem outras pessoas, mas ainda nisso você será sempre inigualável.

Seu perfume espiritual é único. Suas emoções são intransferíveis.

Deus criou você para que seja você mesmo, ninguém mais.

Pense nisso, e busque vencer os próprios limites para ser cada dia melhor que na véspera.


Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

SIGNIFICADO DAS BANANAS!


Um amigo do viajante resolveu passar algumas semanas num mosteiro no Nepal.Certa tarde,entrou num dos muitos templos do mosteiro,e encontrou um monge,sorrindo,sentado no altar.
-Por que o senhor sorri?-perguntou ao monge.
-Porque entendo o significado das bananas-disse o monge,abrindo a bolsa que carregava,e tirando uma banana podre de dentro.-Esta é a vida que passou e não foi aproveitada no momento certo,agora é tarde demais.
Em seguida,tirou da bolsa uma banana ainda verde.Mostrou=a e tornou a guardá-la.
-Esta é a vida que ainda não aconteceu,é preciso esperar o momento certo-disse.
Finalmente,tirou uma banana madura,descascou-a,dividiu-a com meu amigo,dizendo:
-Este é o momento presente.Saiba vivê-lo sem medo!
(texto:Livro Maktub)


Muitas vezes passamos nossas vidas com medo do que pode vir a acontecer conosco,ou lamentando o que aconteceu,e sem percebermos, não vivemos o que o momento presente nos oferece!



"Nào vos preocupeis com o dia de amanhã,a cada dia basta o seu mal..."

JESUS-TRECHO DO SERMÃO DO MONTE

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O PAI NOSSO E OS CHACRAS



O Pai Nosso.

6. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.
7. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
8. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
9. Portanto, orai vós assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o vosso nome;
10. Venha a nós o vosso reino, seja feita vossa vontade assim na terra como no céu.
11. O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
12. Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores
13. Não nos deixeis cair em tentação; livrai-nos do mal; porque teu é o reino o poder e a glória, para sempre. Amém.
Mateus 6, 6-13

O Sermão da Montanha
O trecho acima, que contém a oração "Pai Nosso", faz parte do Sermão da Montanha, capítulos 5 e 6 do Evangelho de São Mateus. O Sermão da Montanha é uma das mais perfeitas expressões do nosso Eu interno, do nosso átomo "Nous", do Homem perfeito que está dentro de cada um da nós.
É uma perfeita expressão do Cristo que mora dentro de cada coração. Perfeita, porque foi verbalizada por Jesus, o Mestre Perfeito, capaz de manifestar com toda a perfeição a alma do mundo. No Sermão da Montanha, cada palavra, cada figura, cada expressão, tem um sentido profundo, que fala à alma de todos os homens.
A oração do Pai Nosso é a oração perfeita!
A Prece
Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.
A finalidade primeira de uma prece é a busca de conforto, através do contato do homem com Deus. Consiste numa experiência individual, sem intermediários, em que o homem terreno e material, une-se a Deus. Uma experiência entre aquele que ora e Deus.
Não há como auxiliar alguém a fazer uma prece. Não há nada, nem ninguém, que possa facilitar a chegada da prece aos ouvidos de Deus. Porque Ele está dentro de cada um, "em oculto".
A prece é uma experiência pessoal e particular.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
Não são palavras, nem cansativas repetições, que fazem uma prece chegar aos ouvidos de Deus. São os sentimentos que estão dentro do coração, e não as belas e eloqüentes palavras.
A prece deve que ser dita com conhecimento e consciência perfeita daquilo que se diz.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
A prece não visa pedir nada a Deus. Mesmo porque, na grande maioria das vezes, não sabemos verdadeiramente o que é o melhor para nós. A prece é uma elevação do nosso padrão vibratório; esta elevação é que nos dá o conforto que buscamos.
É uma invocação, uma chamada da energia divina (de alta freqüência), para que desça até a materialidade do homem (de freqüência muito mais baixa), divinizando-o, mesmo que seja por um único instante de êxtase.

O Caminho dos Chacras
Para que esta energia de alta freqüência possa ser percebida pela materialidade humana, tem que ser rebaixada — Como se faz com a energia elétrica de alta voltagem, que deve ser transformada (por um transformador) — para que possamos utilizá-la.
A oração do Pai Nosso é uma interessante seqüência de afirmações e petições, que se inicia num nível vibratório de alta freqüência, altamente mística, e vai decrescendo até freqüências mais baixas, puramente éticas.
A oração do Pai Nosso é como um caminho, porque passa a energia dentro de um transformador. O transformador, no caso, é o corpo, com seus diversos níveis de troca de energia.
As trocas de energia no corpo fazem-se através de plexos nervosos, com ritmos vibratórios distintos, que se distribuem pelo corpo em locais denominados "chacras".
A energia divina é chamada, pela invocação de Deus. Entra pelo alto da cabeça, e vai sendo progressivamente transformada, a cada chacra que passa, até atingir o nível vibratório do chacra básico (genital), onde se encontra nossa materialidade.
Traz, desta forma, Deus até nós!
Vamos acompanhar, passo a passo, essa transmutação da energia divina, para que tenhamos uma compreensão da grandeza desta oração que Jesus nos deixou.

Plexo Coronário — Chamada da energia
Pai nosso que estás nos céus.
Esta primeira afirmação consiste na chamada da energia do Alto, na entrada desta energia pelo alto da cabeça, através do plexo coronário, que, segundo os orientais, tem mil pétalas e gira com incrível velocidade.
Pai!
A prece se inicia com a chamada: — Pai! Esta simples afirmação, identificando Deus como Pai, é de um extraordinário alcance. Ao chamarmos Deus de Pai, estamos nos identificando como Seus Filhos. Como Filhos, temos a potencialidade do Pai em nós. Nos identificamos com Deus em um nível energético extremamente elevado.
Neste momento captamos a energia do alto!
Nosso
Quando dizemos "Nosso", entendemo-nos como Irmãos de todos os seres. O Pai é Nosso; não é só meu, porque somos todos Irmãos.
Esta conceituação amplia a anterior. A energia contida nesta afirmação - Pai Nosso! - é possível explicar, mas é impossível a um ser humano comum sentir esta afirmação com total percepção de amor. A emoção contida na total compreensão desta afirmação, seria de tal magnitude, que destruiria o sistema nervoso de um homem comum. A grande mística, Santa Terezinha, não conseguia dizer a oração do Pai Nosso: quando iniciava a oração, perdia os sentidos. Santa Terezinha, nesse momento, tinha percepção e consciência desta energia de altíssima freqüência. Freqüência que o organismo humano não tem estrutura para suportar.
Que estás nos céus
Deus que está em toda parte, que impregna tudo, que É! Este é o conceito que Deus transmitiu a Moisés, quando este perguntou-lhe quem Ele era. A resposta foi:
- "Sou aquele que É!"
Nesta primeira afirmação da oração, temos a identificação de Deus, e a chamada do "Nome de Deus".
"Aquele que É"! Jafé! Jeová ! Iod-Hé-Vau-Hé!
Nome que a boca humana não é capaz de pronunciar!
Explicar tais conceitos é possível; senti-los, entretanto, é totalmente impossível ao ser humano normal. Como se pode ver por este início, o que está escrito nos evangelhos transcende em muito a aparente simplicidade das palavras. A grandeza do Evangelho não está na letra morta, mas no espirito de quem o lê.
O Evangelho é vivo!
Chacra Frontal
Santificado seja o vosso nome.
Para entender esta petição, temos que antes entender o que quer dizer "santificado".
Santificado - "Que seja considerado Santo".
Santo envolve o conceito de perfeição e de universalidade
Nome - O nome não é como imaginamos, uma palavra que designa alguma coisa.
Nome é a vocalização ou a materialização de um ser ou objeto.
O Nome de Deus é impronunciável!
Segundo os judeus, esse Nome só era pronunciado em determinado dia, no âmago do Santuário do Templo, pelo Supremo Sacerdote. O nome é a excelência do ser ou do objeto. O Nome de Deus é a essência de Deus - é o próprio Deus!
Nesta petição mística, pedimos que Deus seja aceito por tudo e por todos, como a perfeita harmonia universal (Santo). Como sendo "Aquele que É"!
Que Deus seja a harmonia total, e que tudo e todos sejam o seu reino!
Aqui está expresso o conceito maior da unidade. Tudo e todos são Um! Este conceito não pode ser percebido pelos nossos sentidos.
Com esta petição mobilizamos a energia pela passagem no Chacra Frontal. A energia transformada, neste ponto, já permite uma certa compreensão, que muito se aproxima de uma inspiração, e que pode ser percebida através da região frontal ou do "terceiro olho".


Chacra Laríngeo
Venha a nós o vosso reino
Na petição anterior pudemos ter uma pequena inspiração do que seja o "Reino de Deus". Nesta segunda petição mística, pedimos que este "reino", esta harmonia de todos e de tudo, venha a até nós.
O reino de Deus manifesta-se através do Verbo! "No inicio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1, 1).
O Verbo, o Logos, o Cristo, se manifestam pela palavra. Através da palavra é que podemos materializar a energia que vem de outros níveis.
Sabe-se hoje que o som é a energia vibratória que mais próximo se encontra da matéria. Com facilidade materializamos um som, fazendo vibrar a limalha de ferro em um placa, formando figuras.
O som e o Verbo manifestam-se através do Chacra Laríngeo, onde encontra-se nossa capacidade de expressão pela palavra.
O modo do Reino vir até nós é através do nosso Chacra Laríngeo. A conceituação expressa nesta terceira afirmativa movimenta o Chacra Laríngeo, pela passagem da energia divina por ele.
Na simbologia da Torre de Babel, podemos observar que a perda do reino (harmonia entre os homens), deu-se pela perda da possibilidade de expressão pelo homem. A perdição do homem foi pela perda da palavra, em conseqüência de sua presunção.
Notamos que, a cada descida da energia divina, fica-nos mais acessível o entendimento.

Chacra Cardíaco
Seja feita vossa vontade assim na terra como nos céus.
Claro que a vontade de Deus se fará sempre em todos os lugares! Independendo da nossa vontade e das nossas rogativas. Nossa vontade não é oriunda da mente racional, como muito pretensiosamente julgamos. A vontade é um impulso que parte de dentro do coração, que a mente transforma e adapta às suas necessidades.
Vemos no Evangelho que muitas vezes Jesus afirma este conceito - "Porque pensais assim em vossos corações".
Que nossos corações aceitem e entendam a "Vontade de Deus"! Esta é a síntese da quarta petição.
Neste ponto a energia é transformada pela passagem pelo plexo do Chacra Cardíaco.
A petição é de que nosso coração tenha o entendimento desta Vontade. Que esta vontade seja aceita tanto em cima como embaixo (na terra como nos céus).
A afirmação adquire aqui uma conotação interessante. O Chacra Cardíaco é o chacra que fica no meio do corpo.
A figura de céu e terra, colocada neste ponto da oração, é de uma clareza e de uma beleza poéticas.
Podemos ver que a cada descida da energia, fica mais compreensível o entendimento, e mais clara a correlação com os plexos energéticos (chacras) do corpo humano.
Neste ponto encerram-se as 3 petições que são de conteúdos místicos, passando-se às 4 seguintes que são de conteúdo ético.


Chacra Umbilical
O pão de cada dia dai-nos hoje.
As petições éticas são de mais fácil entendimento. A energia já se encontra em níveis vibratórios próximos à nossa consciência.
De uma forma poética, o pão está representando todas as nossas necessidades de sobrevivência neste mundo. Difícil achar forma mais clara de expressar tal abrangência.
"O pão de cada dia dai-nos hoje" - não o pão do dia de amanhã: somente o de cada dia, a seu tempo.
Esta petição envolve não só a satisfação de nossas necessidades materiais, como também as psicológicas, pedindo que tenhamos confiança e fé de que o pão de amanhã será servido a seu tempo. Que não tenhamos ambição e ganância para acumular tesouros terrenos, que as traças e a ferrugem destróem.
A primeira petição ética é claramente a ativação do Plexo Solar, Umbilical ou do Estômago, que é representado pelo Chacra Umbilical.


Chacra Esplênico
Perdoa as nossas dividas, assim como nós perdoamos os nossos devedores.
Esta petição, que de inicio parece mística, é uma forte petição ética, como vamos ver a seguir. Nas nossas dívidas estão as nossas culpas. Quando temos culpa, ficamos vinculados a essa culpa de uma maneira quase física.
A culpa nos prende pela emoção. A emoção é diferente do sentimento; é acompanhada de manifestações físicas (calafrios, rubores, suores, arrepios). As emoções são percebidas através do abdome. Os vínculos obsessivos com entidades espirituais fazem-se através do Plexo Esplênico.
Como é possível perdoar nossas culpas? Seria injusto Deus perdoar uns e não perdoar outros. Não é Deus que perdoa nossas culpas, somos nós mesmos! Perdoamos na medida em que nos tornamos capazes de perdoar os nossos devedores. Quando conseguimos perdoar nossos devedores, desfazemos esse vínculo esplênico da culpa.
Perdoar os nossos devedores não é uma atitude mística, e sim ética.
Perdoar, ou não, os nossos devedores, é mais importante para nós do que para o devedor. Perdoar é uma atitude lógica, racional, e do interesse de cada um. Na medida em que perdoamos é que somos perdoados. Por mais que sejamos perdoado, só estaremos perdoados, quando nós mesmo nos perdoarmos!
Esta segunda petição ética é colocada de uma forma impressionante sobre o Plexo Esplênico, orientando a forma com que a energia tramita por este chacra.


Chacra Sacro
Não nos deixeis cair em tentação.
Esta petição tem características muito interessantes. Não se pede aqui para que não existam tentações. Também não se pede que não sejamos submetidos às tentações. Que existam! Que sejamos tentados! Que tenhamos força para não cairmos nelas!
Não podemos evitar as tentações da matéria, porque vivemos nela. Viver na matéria é a principal finalidade de nossa existência neste "eon". Não podemos pedir que nos liberte do mundo! Pedimos que não fiquemos presos às tentações do mundo. Que saibamos viver no mundo sem ficarmos presos às coisas terrenas.
Com esta terceira petição ética chegamos com a energia divina até nossa materialidade terrena.
Nossos plexos Sacro e Genital (básico) são a parte do nosso corpo que nos põe em contato com o mundo material.
Neste ponto, temos mais uma interessante colocação desta prece, quando separa o chacra sacro do chacra básico. Há entre os estudiosos dos chacras aqueles que os consideram como um único chacra. Provavelmente com a intenção de que o número dos chacras sejam sete. Na prece, os chacras sacro e básico aparecem separados de uma forma bastante sutil, o que dá margem a interpretar os chacras como sete ou oito. A ultima petição pode parecer incluída nesta.


Chacra Básico
Livrai-nos do mal.
Esta ultima petição ética é de difícil interpretação. Ficou claro na petição anterior, que a tentação não é o mal.
O que seria este mal? Poder-se-ia entender o mal como sendo o caminho da satisfação dos sentidos, o mergulho do homem na sua materialidade. Sendo este caminho uma opção de fé e de vida. Alegam alguns magos negros que esta seria um opção divina. Já foi o próprio Deus que nos colocou os sentidos e nos proporcionou o prazer em satisfazê-los.
A doutrina de Jesus é clara em mostrar que é mesmo necessário que tenhamos nossos sentidos satisfeitos, até o momento em que tenhamos chegado ao fim do poço da jornada da satisfação destes sentidos. Para então reiniciarmos o caminho de volta a Deus. Como bem está demonstrado na parábola do Filho Pródigo.
O homem é sem duvida muito mais que a sua materialidade. A plena satisfação da materialidade não conduz o homem á felicidade. Este fato está sendo demonstrado de modo prático e claro, neste fim de ciclo pelo qual estamos passando. O homem vem tendo todas as suas necessidades satisfeitas pelo progresso da ciência e da tecnologia, sem que isto o torne mais feliz. Esta interpretação não faz sentido, não só nesta prece, como também não se sustenta por si mesma.
O verdadeiro mal também não consiste em se ser mau. A grande maioria dos que são maus, o são por defesa, por medo, ou por ignorância. "Deus faz nascer o sol todas as manhãs igualmente para os bons e para os maus". Não se pode aceitar que exista um mal organizado, que se contraponha ao bem e à harmonia de Deus. Desta forma estaríamos aceitando um Deus que não seria onipotente. Não há dualidade entre bem e mal.
Fazer o mal gera uma reação externa, que se volta contra o próprio homem, criando agressões dos outros homens ou do meio.
Quanto mais adiantado o homem, fazer o mal gera uma desarmonia interna que o faz sofrer. O homem está no mundo para evoluir e crescer, na compreensão deste ciclo evolutivo. Sendo mau, vai de alguma forma movimentar forças que se voltarão contra ele, não com o intuito de puni-lo, mas de educá-lo na compreensão deste ciclo evolutivo. Desta forma, vemos que ser mau não é o verdadeiro mal.
Estas observações levam-nos a admitir que o verdadeiro mal está na inércia do homem.
O mal está em ser morno, não ser frio nem quente. O mal está em não usar os "talentos" com que fomos brindados.
O mal está em ficar parado! - Conforme foi dito pelo próprio Jesus.
Com esta ultima petição, se encerra esta maravilhosa oração.
A energia divina foi trazida até nós, rebaixada gradualmente através dos nossos vórtices de energia (chacras), vindo finalmente nos dar um impulso de vida. Impulso para que sigamos adiante!
Para que andemos!
Para que vivamos!
Por que vivendo, bem ou mal, certo ou errado, inevitavelmente estaremos cumprindo a Vontade de Deus que está em nós!
Amém!
Interpretação de José Carlos Fragomeni

Muito interessante esta relação da oração do Pai Nosso com os chacras,vale a pena ler e refletir!

domingo, 23 de novembro de 2008

A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO NUMA REUNIÃO ESPÍRITA



Estas palavras foram transcritas do Discurso de Abertura pelo Sr. Allan Kardec na Sessão Anual Comemorativa dos Mortos na Sociedade de Paris, em 1º de Novembro de 1868.
"O Espiritismo é uma Religião"
A Obsessão - Allan Kardec - Tradução Wallace Leal V. Rodrigues-páginas 263-274
"... Qual a utilidade que pode haver em se reunir assim num dia determinado?".
"Jesus no-lo indica pelas palavras citadas em (Mat. XVII, 20) "Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, aí estarei com eles". Esta utilidade está no resultado produzido pela comunhão de pensamentos que se estabelece entre pessoas reunidas com o mesmo objetivo.
Mas compreende-se bem toda a expressão: "Comunhão de pensamentos?" Seguramente, até este dia, poucas pessoas dela tinham feito uma idéia completa. O espiritismo, que nos explica tantas coisas, pelas leis que nos revela, vem ainda nos explicar a causa, os efeitos e o poder desta situação do espírito.
Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. Ninguém pode desconhecer que o pensamento seja uma força; mas é uma força puramente moral e abstrata? Não; do contrário não explicariam certos efeitos do pensamento e, ainda menos, a comunhão do pensamento. Para o compreender é preciso conhecer as propriedades e a ação dos elementos que constituem a nossa essência espiritual, e é o Espiritismo que no-las ensina.
O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria: sem o pensamento o espírito não seria espírito. A vontade não é atributo especial do espírito: é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento tornado força motriz. É pela vontade que o espírito imprime aos membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. Mas se ele tem a força de agir sobre os órgãos materiais, como não deve ser maior esta força sobre os elementos fluídicos que nos cercam! O pensamento age sobre os fluidos ambientes como o som age sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento como o ar nos traz o som. Pode, pois, dizer-se com todo a verdade que há nesses fluidos ondas e raios de pensamentos que se cruzam sem se confundir, como há no ar ondas e raios sonoros.
Uma assembléia é um foco onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos em que cada um produz sua nota. Resulta daí uma porção de correntes e de eflúvios fluídicos, cada um dos quais recebe a impressão pelo sentido espiritual, como num coro de música cada uma recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.
Mas, assim como há raios sonoros harmônicos ou discordantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto for harmônico, a impressão será agradável; se for discordante, a impressão será penosa. Ora, para isso não é preciso que o pensamento seja formulado em palavras; a radiação fluídica não existe menos, seja ou não expressa; se todas forem benevolentes, todos os assistentes experimentarão um verdadeiro bem-estar e sentir-se-ão à vontade; mas se misturarem alguns pensamentos maus, produzem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido.
Tal é a causa do sentimento de satisfação que se experimenta numa reunião simpática; aí como que reina uma atmosfera moral salubre, onde se respira à vontade; daí se sai reconfortado, porque se ficou impregnado de eflúvios fluídicos salutares. Assim se explicam, também, a ansiedade, e o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, em que pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas malsãs.
A comunhão de pensamentos produz, assim, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral; é o que só o Espiritismo poderia dar a compreender. O homem o sente instintivamente, desde que procure as reuniões onde sabe que encontra essa comunhão. Nas reuniões homogêneas e simpáticas adquire novas forças morais; poder-se-ia dizer que aí recupera as perdas fluídicas que tem diariamente, pela radiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material.
A esses efeitos da comunhão dos pensamentos junta-se um outro que é a sua conseqüência natural, e que importa não perder de vista: é o poder que adquire o pensamento ou a vontade, pelo conjunto de pensamentos ou vontades reunidas. Sendo a vontade uma força ativa, esta força é multiplicada pelo número de vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número de braços.
Aceito este ponto, concebe-se que nas relações que se estabelecem entre os homens e os Espíritos haja, numa reunião onde reine uma perfeita comunhão de pensamentos, uma força atrativa ou repulsiva, que nem sempre possui o individuo isolado.
Para os espíritas a comunhão de pensamentos tem um resultado ainda mais especial. Vimos o efeito dessa comunhão de homem a homem; o Espiritismo nos prova que não é menor dos homens para os Espíritos, e reciprocamente. Com efeito, se o pensamento coletivo adquire força pelo número, um conjunto de pensamentos idênticos, tendo o bem por objetivo, terá mais força para neutralizar a ação dos maus Espíritos. Sozinho o homem pode sucumbir, ao passo se sua vontade for corroborada por outras vontades poderá resistir, segundo o axioma: "A união faz a força", verdadeiro tanto no moral quanto no físico. A influência salutar dos bons Espíritos não encontrará obstáculos; seus eflúvios fluídicos não serão detidos por correntes contrárias, espalhar-se-ão sobre todos os assistentes, precisamente por que todos o terão atraído pelo pensamento, não cada um em proveito pessoal, mas em proveito de todos conforme a lei da caridade.
Assim pela comunhão de pensamentos, os homens se assistem entre si e ao mesmo tempo assistem aos Espíritos e são por estes assistidos. As relações entre o mundo visível e o mundo invisível não são mais individuais, são coletivas, e, por isso mesmo, mais poderosas para o proveito da assistência como para o dos indivíduos. Estabelece-se a solidariedade, que é a base da fraternidade. Ninguém trabalha para si só, mas para todos, e trabalhando por todos cada um aí encontra a sua parte. É o oposto do egoísmo.
O Espiritismo faz que compreendamos, então, o poder e os efeitos dos pensamentos coletivos; explicando-nos melhor o sentimento de bem estar que se experimenta num meio homogêneo e simpático; este sentimento também ocorre com os Espíritos, porque eles também recebem os eflúvios de todos os pensamentos benevolentes que para eles se elevam, com uma nuvem de perfume. Os que são felizes experimentam uma maior alegria por esse concerto harmonioso; os que sofrem sentem um maior alívio.
Todas as reuniões religiosas, seja qual for o culto a que pertençam, são fundadas na comunhão de pensamentos; é aí, com efeito, que esta deve e pode exercer todo a sua força, porque o objetivo deve ser o desprendimento do pensamento das garras da matéria.
Devemos, pois ir as reuniões espíritas com o entendimento nas palavras de Jesus: "Quando estiverdes diversos reunidos em meu nome, estarei no meio de vós". Reunidos em meu nome quer dizer com um pensamento comum; mas não se pode estar reunido em nome de Jesus sem assimilar os seus princípios, a sua doutrina que é a Caridade em pensamentos, palavras e obras.
Qual o sentimento no qual se devem confundir todos os pensamentos? È um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para todos, ou, por outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos. A caridade é a alma do Espiritismo: ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes. É com este pensamento em todos que devemos ir as reuniões espíritas.

texto:Dr.Eduardo

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ONDE ESTÁ DEUS?


Onde está Deus? Pergunta o cientista.
Ninguém o viu jamais.Quem ele é?
Responde,ás pressas,o materialista:
-Deus é somente uma invenção da fé!


O pensador dirá sensatamente:
-Não vejo Deus,mas sinto que Ele existe!
A natureza mostra claramente
em que o poder do Criador consiste


Mas o poeta dirá,com a segurança
de quem afirma porque tem certeza:
=Eu vejo Deus no rosto da criança,
no céu,no mar,na luz da natureza!


Contemplo Deus brilhando nas estrelas,
no olhar das mães fitando os filhos seus,
nas noites de luar ,claras e belas,
que em tudo pulsa o coração de Deus!


Eu vejo Deus nas flores e nos prados,
nos astros a rolar pelo infinito,
escuto Deus na voz dos namorados
e sinto Deus na lágrima do aflito!


Percebo Deus na frase que perdoa,
contemplo Deus na mào que acaricia,
encontro Deus na criatura boa
e sinto Deus na paz e na alegria!


Eu vejo Deus no médico salvando,
pressinto Deus na dor que nos irmana,
descubro Deus no sábio procurando
compreender a naturaza humana!


Eu vejo Deus no gesto de bondade,
escuto Deus no cântico do crente,
percebo Deus no sol,na liberdade
e vejo Deus na planta e na semente!


Eu vejo Deus,enfim,em toda parte.
Que tudo fala dos poderes seus,
descubro Deus nas expressões da arte,
no amor dos homens,também sinto Deus!


Mas onde sinto Deus com mais beleza,
na sua mais sublime vibração,
não é no coração da natureza,
é dentro do meu próprio coração!

(José Soares Cardoso)

MARAVILHOSO POEMA!!!

A FORÇA DE UM ABRAÇO






Ele acordou indisposto e irritadiço. Seus pensamentos logo se voltaram para o escritório, lembrando de problemas ainda pendentes de solução, bem como do trânsito que teria que enfrentar. Ficou mais irritado ainda.

Tomou rapidamente um pouco de café, despediu-se da esposa e caminhava para a porta, quando ouviu aquela voz com jeitinho de sono ainda, que, carinhosa e meigamente, lhe falou: Papai, espere por mim!

Ele parou, voltou-se. Ali estava sua filhinha, de 5 anos, de pijama, braços estendidos para lhe dar um abraço.

Abaixou-se, depositou a mala de trabalho no chão, e acolheu-a, demonstrando uma certa pressa.

Ela aconchegou-o num forte e demorado abraço, beijou-o e disse-lhe: Todas as noites eu agradeço ao Papai do Céu assim: Obrigada, Papai do Céu, por tudo. Mas, muito mais por você me ter dado um papai e uma mamãe que me amam.

Deu-lhe mais um beijinho e mais um abraço, dizendo-lhe: Eu amo muito você. Tchau, até depois mais. Estarei aqui esperando por você.

Aquele momento, aquele abraço e aquele beijo tiveram o efeito de algo como uma forte descarga elétrica lhe passando da cabeça aos pés.

Saiu, irradiando alegria por todos os poros. Meio que caminhando nas nuvens. Mudara totalmente seu estado mental. Já não era o mesmo.

No trânsito, dirigiu com a maior cortesia e paciência, distribuindo sua satisfação.

Quando chegou ao prédio do escritório, cumprimentou o garagista do estacionamento com sinceridade.

Adentrou o elevador, tendo dado a vez aos outros que também ali estavam e, sorridente, desejou um autêntico bom dia a todos.

Como há muito ele não fazia, entrou no escritório com um largo sorriso no rosto e cumprimentou cada um dos funcionários com um aperto de mão.

Passou pela sala do seu chefe, pediu licença e entrou. Dirigiu-se até ele, deu-lhe as mãos e o abraçou.

Depois, olhando-o, disse-lhe: Há tempos estou para lhe falar duas coisas. A primeira, é que lhe sou muito grato pela oportunidade que me deu na sua empresa, ao contratar-me. A outra, é a de que aprendi a devotar-lhe, além do respeito de um funcionário para com seu patrão, grande amizade e reconhecimento, pela sua forma leal de ser para comigo e para com os demais.

Antes que seu chefe se recuperasse da boa surpresa, concluiu: Neste momento estou repassando-lhe um pouco da alegria que minha filhinha me deu hoje, antes que eu saísse de casa.

Ambos sorriram. Nada mais falaram. Foram para seus quefazeres do dia. Os dois já não eram mais os mesmos.

* * *

A força de um abraço com carinho e fraternidade pode transformar o mundo, começando por transformar o seu dia ou o dia de alguém, para muito melhor.

Faz tempo que você não abraça seu filho? Há quanto tempo não abraça sua esposa ou seu esposo, como quem abraça um devotado amigo ou uma devotada amiga?

Lembra-se de quando foi o seu último abraço sentido e verdadeiro em seu pai e em sua mãe? Um abraço como se fosse sua oração de gratidão a Deus pela presença deles em sua vida?

Pense nisso! Pense na força de um abraço.

texto do site Momento Espírita

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O PROBLEMA DA DOR


"Orientar as vontades,temperar os caracteres para o combate da vida;desenvolver a força da resistência;afastar da alma da criança tudo o que pode enfraquecê-la;elevar o ideal a um nível superior de força e de grandeza:eis o que a educação moderna deveria adotar por ojetivo essencial.Mas,em nossa época,perdemos o hábito das lutas morais,enquanto se exautam os prazeres do corpo.Assim,a sensualidade extravasa em nossos dias,os caracteres se deprimem,a decadência social se acentua.
Ergamos o coração,os pensamentos,as vontades!Abramos nossa alma aos grandes sopros do espaço!Levantemos nossos olhares para o futuro sem limites;lembremo-nos que esse futuro nos pertence:nossa tarefa é conquistá-lo.
Vivemos em tempo de crise.Para que as inteligências se abram ás novas verdades,para que os corações falem,serão necessários avisos ruidosos.Serão necessárias as duras lições do sofrimento.Conheceremos dias sombrios e períodos difíceis.A infelicidade deve reaproximar os homens.Só se sentirão verdadeiramente irmãos pela dor.
Parece que a sociedade humana segue um caminho margeado de precipícios.O alcoolismo,a imoralidade,o suicídio,o crime,vícios de toda ordem exercem seus estragos.A cada instante,os escândalos surgem,despertando curiosidades malfazejas,remexendo o lodo que fermentam corrupções.O pensamento rasteja sem se elevar."...
"A decomposição precede a renovação.Da fermentação social pode vir uma nova vida,mais pura e mais bela.Sob o influxo da idéia nova,a sociedade encontrará a crença e a confiança.Ela se revelará maior e mais forte para realizar sua obra neste mundo!"

Este texto foi retirado do livro "O problema da Dor"de Léon Denis editado em 1846,tão antigo,mas ainda tão atual!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Casa Espírita e os problemas sociais


Casa Espírita e os problemas sociais

A violência que nos bate à porta

Autor: Luiz Fernando de A. Penteado

A ação social é sem dúvida o melhor instrumento para a terapêutica espírita, possibilitando a vivência prática de nossas conquistas e a transmissão do conhecimento adquirido aos nossos irmãos necessitados

O tema mais constante hoje, em todas as conversas, é a violência física, moral e intelectual que invade nossos lares, transforma nossos hábitos e modifica nossas vidas.

Buscando refletir sobre o tema encontrei, nas palavras de Joanna de Angelis, um caminho para reflexão:

"A volúpia pela velocidade, em ânsia indomada de desfrutar-se mais prazer, ganhando-se o tempo, que se converte em verdadeiro algoz dos sentimentos e das aspirações, vem transformando o ser humano em robô, que perdeu o sentido existencial e vive em função das buscas, cujas metas nunca são conseguidas, face à mudança que se opera no significado de cada uma".

Sem dúvida nos robotizamos atrás de um "PRAZER" efêmero e sem rumo e que nos joga em um emaranhado de conflitos e frustrações.

"A superpopulação das cidades, desumanizando- as, descaracteriza o indivíduo, que passa a viver exclusivamente em função do poder que pode oferecer comodidade e gozo, considerando as demais pessoas como descartáveis, pelo receio que mantém de ser utilizado e esquecido, em mecanismo inconsciente sobre o comportamento que conserva em relação aos outros".

O PODER, como meta e objetivo, vivemos de perto esse processo, quando nos envolvemos nos meandros da corrupção, ativa ou passiva, e nos permitimos levar pela ganância, pelo orgulho e pelo egocentrismo exarcebado.

"O Egoísmo passa a governar a conduta humana, e todos se engalfinham em intérmina luta de conquistar o melhor e maior quinhão, mesmo que isso resulte em prejuízo calculado para aqueles que partilham do seu grupo social".

"Nesse campo, eivado dos espinhos da insensibilidade pela dor do próximo, pelo abandono das multidões esfaimadas e enfermas, pelo desconforto moral que se espraia, os valores éticos, por sua vez, passam também a ser contestados pelos que se consideram privilegiados, atribuindo-se o direito de qualquer conduta que o dinheiro escamoteia e a sociedade aceita".

Não é exatamente a realidade que vivemos, no momento político em que estamos mergulhados, nas relações sociais e profissionais que vivenciamos, e muitas vezes no seio de nossas próprias famílias?

A inversão de conteúdos psicológicos individuais e coletivos demonstra a imaturidade moral e espiritual de indivíduos e grupos sociais, cujos objetivos existenciais vinculados durante a formação da personalidade, no utilitarismo, na conquista do poder para usufruir, na construção do ego que se insensibiliza, a fim de fugir à responsabilidade dos deveres da solidariedade e da participação.

A falência dos valores é inegável, tornando-se inadiável uma mudança filosófica e de conduta psicológica humana.

A Meta da Casa Espírita é a Edificação dos Valores, através do estudo continuado e do exemplo na conduta pró-ativa de seus membros.

A Assistência Fraterna deve se desenvolver dentro de uma proposta Informativa e Formativa, possibilitando a diminuição das carências do momento, ao mesmo tempo que orienta e possibilita condições para que próximas crises possam ser de menor intensidade e que os companheiros tenham maior estrutura para enfrentá-las.

O desenvolvimento das atividades deve estar essencialmente focado no trabalho de educação preventiva e profilática, possibilitando a criação de importantes fontes de disseminação do bem.

Sobre esses conceitos, nos diz Joanna de Angelis:

"Aprendamos lidar com o desequilíbrio social e sua decorrência, drogas, alcoolismo, violência, sexolatria, desagregação da família etc, e possibilitarmos aos nossos irmãos o apoio necessário, nos exige uma profunda reflexão pessoal e institucional, que propicie a validação dos valores que abraçamos e a avaliação de nossa conduta, enquanto indivíduos, enquanto membros de uma comunidade e principalmente enquanto participantes de um movimento espiritual/assisten cial".

Enfrentar os nossos medos, dúvidas e ansiedades, avaliar a nossa conduta pessoal, familiar, profissional e social, aprendermos trabalhar em equipe e solidariamente, encararmos nossa vaidade, orgulho, ambição, preconceitos, comodismo, orgulho. Sermos coerentes com a filosofia doutrinária que abraçamos. São os primeiros passos para enfrentar o desequilíbrio social e começarmos a criação de uma sociedade mais justa e mais humana.

A Casa Espírita, em sua missão, nos propicia um dos mais sérios e importantes processos terapêuticos, em que somos acompanhados por terapeutas fraternos e pacientes sempre prontos a nos auxiliar e com uma enorme paciência em nos ouvir e nos estimular a melhora, sem nos impor comportamentos, mas nos convidando sempre à reflexão.

A ação social é sem dúvida o melhor instrumento para essa terapêutica, possibilitando a vivência prática de nossas conquistas e a transmissão do conhecimento adquirido aos nossos irmãos necessitados.

Mas frente à enorme demanda da sociedade, necessitamos integrarmo-nos aos companheiros de movimento de forma ativa e objetiva, para que possamos atender à mesma, e principalmente sermos ativos junto à comunidade em que estamos inseridos, participando dos seus movimentos e apoiando os serviços que ela oferece no sentido da promoção social.

Não podemos e nem devemos estar isolados de todo o movimento social que tenha como proposta uma sociedade mais justa e que lute pela erradicação da ignorância, pelo atendimento à saúde, pela requalificação profissional, pelo exercício honesto e construtivo da cidadania.

Unamo-nos nesse esforço pela Fraternidade e pela Esperança e tornemo-nos trabalhadores da Caridade, gerando a profilaxia do mal e construindo a ideologia do AMOR.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ONDE ESTÃO OS NOSSOS DEFEITOS








Gilberto de Nucci tem uma excelente imagem a respeito de nosso comportamento.

Segundo ele, os homens caminham pela face da Terra em uma fila indiana, cada um carrega uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, nos colocamos as nossas qualidades, na de tras, guardamos todos os nossos defeitos.

Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuimos presas em nosso peito.

Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que esta adiante, em todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa atras de nos, esta pensando a mesma coisa a nosso respeito...

AVALIE A SI MESMO







UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

O que é reformar? (literal)
É restituir ou restabelecer à organização primitiva.

O que é transformação? (literal)
É o ato ou efeito de transformar ou de ser transformado. É uma alteração, modificação ou uma mudança de uma forma em outra. Pode ser uma evolução ou mutação mais ou menos lenta de qualquer coisa.

O que é modificação? (literal)
É o ato ou efeito de transformar. É mudança no modo de ser de qualquer coisa. É transformação de uma coisa sem prejuízo da essência.

O que é alteração? (literal)
É o ato ou efeito de modificar o estado normal de alguma coisa. Pode ser, também, o ato de decompor, ou degenerar alguma coisa.

Assim, adotamos a palavra transformação por achá-la mais adequada ao que se refere às mudanças comportamentais.


TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA

O QUE É TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA?
É um processo contínuo de auto-análise, de conhecimento de nossa intimidade espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições e permitindo-nos atingir o domínio de nós mesmos.

O QUE PODEMOS FAZER PARA NOS TRANSFORMARMOS INTIMAMENTE?
Podem-se e devem-se substituir nossos defeitos como por exemplo, o Egoísmo ou Personalismo, o Orgulho, a Inveja, o Ciúme, a Agressividade, a Maledicência e a Intolerância por virtudes, tais como Humildade, Caridade, Resignação, Sensatez, Generosidade, Afabilidade, Tolerância, Perdão, etc.

QUANTO TEMPO PODERÁ LEVAR PARA QUE TAIS MUDANÇAS OCORRAM?
O tempo não importa, o que importa é o esforço contínuo que se faz para atingir a Transformação Íntima. (“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”. Allan Kardec in O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, Sede Perfeitos). Não se trata de esforço físico, mas de firme contenção de espírito, de um empenho que não sofra excessiva solução de continuidade. "Excessiva", porque, na verdade, também não podemos estar "continuamente" empenhados na transformação de nós mesmos. Deve haver, isto sim, uma persistência de propósito, e a esta persistência chamamos esforço. Em outras palavras, não é bom sintoma abandonar uma atividade ou desviar a energia para um curso mais fácil de ação, ao primeiro sinal de dificuldade. A referência do esforço é nesse sentido: continuidade, persistência em face das dificuldades. Mesmo que no dia a dia dê a impressão de que não houve nenhuma mudança, não se deve desanimar nem abandonar o propósito da transformação. Por isso devemos dizer que este esforço é para a vida toda. Estudar o Evangelho de Jesus, ouvir sugestões de pessoas experientes, assistir conferências, ler artigos e livros referentes a este assunto nos levará a conhecer ainda mais, e assim nos auxiliar na identificação dos defeitos que nos afetam em cada situação da vida e aprender aos poucos a prática das virtudes que irão substituí-los.

COMO FAZER?
O Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para a nossa Transformação Íntima, e Santo Agostinho em resposta à q. 919ª de O Livro dos Espíritos nos oferece uma excelente receita para isto:

“Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto estes nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência, aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.

Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma.”

Temos a tendência natural de sempre justificar nossos defeitos com racionalismos. São artimanhas e tramas inconscientes. Portanto, procuremos conhecer a fundo esses defeitos em todas as suas particularidades, e em como eles nos afetam, localizando as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação. Procuremos então nos afastar desses procedimentos e buscar ferramentas adequadas para substituí-los em nosso comportamento.

Veja estas sugestões de Benjamin Franklin em sua Autobiografia, tais como escreveu e na ordem que lhes deu:

Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.

Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.

Ordem – Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.

Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.

Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja, nada desperdice.

Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.

Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.

Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.

Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem os injuriantes.

Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.

Tranqüilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.

Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.

Humildade – Imite Jesus e Sócrates.


A IMPORTÂNCIA DAS QUEDAS

Um ponto importante é que precisamos contar com as quedas, até que cresçamos espiritualmente, afinal somos como crianças aprendendo a andar, e são as quedas que fortalecem nossa vontade, e nos ensinam a ter persistência.

Somos aquilo que conseguimos realizar e não aquilo que prometemos. Através das quedas aprendemos mais sobre nós mesmos e podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las. Mas se cairmos porque nos falta vontade de acertar estaremos no caminho descendente e, de queda em queda, nos enfraqueceremos.

A criança aprende a andar porque está determinada a fazê-lo. Então, não desanimemos nunca, levantemo-nos logo e sigamos em frente com tranqüilidade, sem nos martirizarmos, com conhecimento de causa, na firme determinação de não mais errarmos.


CONCLUSÃO


A cada minuto de nossa vida, antes de iniciar qualquer ação, façamos este exercício de nos perguntarmos sempre:

Isto que estou fazendo agora seria bem aceito por Deus ou pela minha consciência?

Se for, o procedimento é correto; se não for devemos descontinuar imediatamente o que iriamos fazer e não pensar mais nisso.

“Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós, mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?

Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.” - (SANTO AGOSTINHO in O Livro dos Espíritos, q 919a)

A auto-análise permite que alinhemos as nossas ações e pensamentos na direção das correções que necessitamos realizar, para que ajustemos os nossos atos de acordo com os ensinamentos do Mestre, tanto com relação a Deus como em relação ao nosso próximo.

Através do esforço próprio e de exercícios repetidos em direção às boas causas, sedimentaremos em nós o próprio Bem.

Este processo é árduo, assim necessitaremos de muita coragem, perseverança e determinação para o realizarmos. Deus assiste e auxilia sempre, mas precisamos fazer a nossa parte se desejamos verdadeiramente melhorar.

Invistamos em nosso interior e procuremos melhorar nosso espírito eterno, transformando o que esta sociedade transitória estabeleceu como "normal" para nós. Lutemos o bom combate e não a luta mesquinha dos materialistas. A humanidade continuará ainda por muito séculos como é agora, mas nós, que já estamos disposto às mudanças de atitude, que já sentimos o amor ensinado pela Doutrina Espírita, que já estamos conscientes da realização de nossa evolução espiritual, que já começamos a compreender as palavras de nosso grande Mestre (Jesus), podemos fazer a nossa pequena parte vivendo a solidariedade no mais alto grau que é a caridade e realizar a transformação no íntimo de cada um, fazendo a Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro.

Este texto escrito por Elio Molo foi tirado do site http://aeradoespirito.sites.uol.com.br

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ciência e Espiritualidade




FÉ E CIÊNCIA
O Deus de Einstein
Como o maior de todos os gênios lidava com as questões metafísicas da humanidade. E o que o seu conceito pessoal do Todo-Poderoso pode ensinar à tropa de choque dos cientistas-ateus do século 21.
Marcelo Damato
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Galileu de novembro/2007.
Em meados dos anos 1930, o diplomata e mecenas alemão conde Harry Kessler (1868-1937) chegou para o já renomado Albert Einstein e lançou: "Professor, ouvi dizer que você é profundamente religioso". Sem se alterar, o cientista respondeu: "Sim, você pode dizer isso. Tente penetrar, com os nossos meios limitados, os segredos da natureza. Você vai descobrir que, por trás de todas as concatenações discerníveis, há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião. Até certo ponto, de fato, eu sou religioso".
Apesar de um tanto escorregadia, a resposta - e outras declarações ao longo da sua vida - não dá muita margem a dúvidas: Einstein acreditava em Deus. Embora seja bem menos complicada de entender do que a Teoria da Relatividade, a idéia que o cientista desenvolveu do Todo-poderoso é cheia de sutilezas e meios-tons. Isso fez com que, assim como suas descobertas científicas, seus conceitos religiosos gerassem controvérsias e discussões que chegam acesíssimas aos dias de hoje.
Fonte: Revista Galileu

FRASE DE EISTEIN
"O CARACTERÍSTICO DO HOMEM RELIGIOSO CONSISTE NO FATO DE TER LIBERTADO DAS ALGEMAS DO SEU EGOÍSMO,CONSTRUINDO,POR SEU MODO DE PENSAR,SENTIR E AGIR,UM MUNDO DE VALORES SUPRA-PERSONAIS,APROFUNDANDO E AMPLIANDO CADA VEZ MAIS O SEU IMPACTO SOBRE A VIDA."


A Renovação Da Águia


A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie.
Chega a viver 70 anos.
Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta.
O bico alongado e pontiagudo se curva.
Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas:
Morrer… ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 50 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.
Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.
Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.
E só após cinco meses vai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

"Sempre é tempo de renovação,não precisamos chegar aos 40 como a águia pra nos renovarmos,o dia de nos renovarmos é hoje.Cada minuto traz consigo a oportunidade de renovação!Mas o que renovar?Renovar a nossa mente ,nossos sentimentos,nossa visão centrada no ego, por uma direcionada pra nossa essência divina.Olharmos o mundo com os olhos do amor universal."

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O QUE LEVAMOS?


"Queremos tudo da vida,e nada vamos levar
na hora da despedida temos que tudo deixar.
Eu quero apenas a vida para viver e amar!"


Recebi este poema do José Luis(frequentador de nossa Casinha),ele me disse que esteve em estado de coma por um tempo; pediu que publicasse no blog, para que todos nós pudessemos refletir sobre o que é mais importante em nossas vidas!

O NAÚFRAGO



"Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar a parte dos destroços para poder ficar boiando. Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada, fora de qualquer rota de navegação, ele agradeceu novamente.
Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e, também para guardar seus poucos pertences, e como sempre, agradeceu. Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia. No entanto, um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando:
_ "O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?"
Chorou tanto, que adormeceu profundamente cansado. No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava:
_"Viemos resgatá-lo", disseram.
_ "Como souberam que eu estava aqui?", Perguntou ele.
_ "Nós vimos o seu sinal de fumaça"!
É comum sentirmo-nos desencorajados e até mesmo desesperados, quando as coisas vão mal. Mas, Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento. Lembrem-se:
Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina. Para cada pensamento negativo nosso, Deus tem uma resposta positiva.

A ÉTICA DA ALTERIDADE




Ermance Dufaux

"Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os pagãos?" (S. Mateus, cap. V, vv. 46 e 47.) O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo XII – item 1

A escola dos relacionamentos é o convite da vida para a vitória sobre o egoísmo. Viver é de todos, conviver é de poucos, e conviver bem é para quantos disponham encetar nova jornada ante a nossa condição de "cidadão do universo".

Cada pessoa que passa pela nossa vida, ainda que superficial e circunstancialmente, é portadora de uma mensagem de vida para nós. Não existem relações casuais.

A boa convivência é quesito de qualidade de vida. Quem a experimenta sorri mais, tem melhor tônus muscular, forra-se do cansaço dos agastamentos, logra melhor nível de sono, vence facilmente a rotina, imuniza-se contra o tédio, amplia sua criatividade e vive na atmosfera da paz.

Livros desatualizam, eventos fecham ciclos, instituições extinguem-se e as tarefas são recursos didáticos, mas os relacionamentos perpetuam na consciência, são a única realidade plausível de todo o cosmo doutrinário, é a essência do Espiritismo em nós.

É por isso que temos que aprofundar conceitos em torno da alteridade no melhor encaminhamento de nossas questões de amor ao próximo seja nas atividades educativas da doutrina ou nas forjas disciplinadoras da sociedade.

Concebamos a alteridade, sem rigor técnico, como sendo a singularidade pertinente a cada criatura. Naturalmente, o conjunto das singularidades humanas estabelece a diversidade. Essa diversidade nos solicita, perante os Sábios Códigos do Criador, uma ética nas relações que reflita os princípios de pluralidade natural para a harmonia e evolução.

Assinalemos assim, de forma compreensível, que a "ética da alteridade" é a nossa capacidade de relativizar-se perante as diferenças das quais os outros são portadores, convivendo em paz com nossos diferentes e suas diferenças, rendendo-lhes respeito e amor na forma como são e se expressam nas suas particularidades.

Reconhecemos a melhoria de nossas condições pessoais através desse preito espontâneo de reverência a quem quer que seja, sem que tenhamos que perder a identidade íntima, mantendo-a sempre resguardada pela definição de propósitos e coerência como características de criaturas espiritualmente saudáveis. Ética de alteridade não significa concordar com tudo ou aprovar tudo, ela não nos retira o senso de valor moral enobrecedor, pois nem toda alteridade está engajada nas sendas do bem. Por exemplo: algumas comunidades aferradas ao folclore manterão rituais ou festas que para o progresso social em nada cooperam objetivamente, trazendo algum benefício somente para aqueles que fazem culto a lendas e tradições. Nosso "dever alteritário", contudo, é respeitar a diferença, buscar compreende-la na atitude alheia e, quando possível, buscar aprender algo sobre a "essência do outro" - uma razão profunda e Divina para aquele comportamento, algo "invisível aos olhos" como acentua o inspirado Antoine de Saint Exupery.

Portanto, perante diferenças sociais, corporais, intelectuais ou de que natureza for, adotemos a ética da alteridade e vivamos em paz.

Muitas pessoas nutrem um terrível vazio existencial porque querem existir mudando o outro, querem se realizar no outro, acham que tem todas as respostas para ele, querem "anular a diferença" alheia para se sentirem bem. Por isso é tão comum encontrarmos deficiências no próximo. Sempre achamos que se ele mudasse nisso ou naquilo tudo seria melhor e ele, inclusive, seria mais feliz. Esse é o velho hábito da intromissão perniciosa nas desconhecidas terras do mundo da diversidade que queremos moldar a gosto pessoal, talhando a igualdade como forma de encontrar a fictícia solução para tudo que nos importuna ou contraria os interesses. Muitos conflitos nascem exatamente nesse ato de apropriação indevida da conduta e da forma de ser do próximo. Não sabendo considerar-lhe a singularidade, tentamos combater a diferença ou, o que é pior, adotamos a indiferença.

Pensemos urgentemente na construção da conduta de alteridade em nossas relações.

Prezemos as diferenças e honremo-las com a ética da fraternidade, esse o roteiro saudável proposto por Jesus em Sua sábia interrogação: Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Oração da Criança ao Homem



" Dizes que sou o futuro. Não me desampares no presente. Dizes que sou a esperança da paz. Não me induzas à guerra. Dizes que sou a promessa do bem. Não me confies ao mal. Dizes que sou a luz dos teus olhos. Não me abandones às trevas. Não espero somente o teu pão. Dá-me luz e entendimento. Não desejo tão só a festa de teu carinho. Suplico-te amor com que me eduques. Não te rogo apenas brinquedos. Peço-te bons exemplos e boas palavras. Não sou simples ornamento de teu caminho. Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus. Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão. Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo... Corrige-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra... Ajuda-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar."

ORAÇÃO NO TRABALHO




Senhor!
Ensina-nos a trabalhar mais, produzindo mais, e a produzir mais, a fim de conquistarmos recursos maiores, para distribuir o auxílio sempre mais amplo de Tua Misericórdia.
E ensina-nos, Senhor, a descansar menos, pedindo menos, e a pedir menos, a fim de pesarmos menos em nossos semelhantes, para exigir menos, de modo a nos sentirmos menos fracos para servir em Tua Bondade.
Senhor!
Tanto quanto nos seja possível receber concede-nos mais trabalho para sermos mais úteis e que sejamos sempre menos nós, diante de Ti, a fim de que estejamos mais em nós, hoje e sempre.
Assim seja.
BEZERRA DE MENEZES

ORAÇÃO DO AMOR





Senhor!
Ilumine meus olhos
para que eu veja os defeitos
da minha alma e vendo-os,
que eu não comente os
defeitos alheios.



Senhor!
Leve de mim a tristeza e não entregue a mais ninguém.
Enche meu coração com a divina fé, para sempre louvar o Seu nome. Arranque de mim o orgulho e a presunção.


Senhor!
Faça de mim um ser humano realmente justo e bom.
Dê-me a esperança de vencer
todas as minhas ilusões.
Plante, em meu, coração a sementeira do amor e ajude-me a fazer feliz o maior número possível de pessoas, para ampliar seus dias risonhos e resumir suas noites tristonhas.


Transforme meus rivais
em companheiros, meus companheiros
em amigos e meus amigos em
ENTES QUERIDOS.



Não permita que eu seja
um cordeiro perante os fortes,
nem um leão perante os fracos.



Dê-me, Senhor,
O sabor de perdoar
tudo e todos. Afaste, de mim, o desejo
de vingança, mantendo sempre
em meu coração
somente o
AMOR.



Neste mundo de desamor em que vivemos,
se cada um de nós plantarmos uma
sementinha de paz, esperança e harmonia,
conseguiremos fazer do nosso planeta um campo de amor e compreensão.

ORAÇÃO DA MANHÃ



Por Dalton Campos Roque www.consciencial.org

Deus,

Ilumine este Teu filho nas estradas da vida e nos caminhos
existenciais.
Emane luz em meu discernimento para que eu possa distinguir no
contexto relativo entre o certo e o errado.
Que de Ti em mim eu possa retirar forças para a ação correta após a
visão do discernimento claro.

Que nos erros da evolução pessoal à auto-estima não caia na culpa
autodestrutiva.
E que à vontade de amar supere o medo de servir.
Que o ego que gosta de elogios e gratidão, não ofusque a força da
espiritualidade que brota da consciência.

Que a serenidade seja amiga de todas as horas afastando o medo, o
desespero e o estresse dos relacionamentos, trabalho e inevitáveis
obsessões.
Que não me entregue ao fluxo negro da agressividade do trânsito e das
vinganças mesquinhas e mágoas egoístas.
Que a impaciência seja trocada pelos momentos de meditação e reflexão
introspectivas no mergulho de mim mesmo.

Que eu não tenha medo da chuva, dos domingos à tarde e da solidão, e
consiga ouvir o chamado íntimo de meu coração.
Quando a dor bater a minha porta eu me lembre que é gota passageira e
efêmera no oceano da eternidade.
Que eu lembre que jamais estou sozinho e meus sentimentos e objetivos
elevados atraem as melhores companhias espirituais, não importando o
quão insignificante eu seja do ponto de vista social.

Que apesar de todas as minhas frustrações, defeitos e doenças eu
jamais desanime de mim e de buscar dentro e fora à Paz, o Amor e a
Luz, rumo ao infinito da Espiritualidade Maior.

RECEBI ESTA ORAÇÃO DA MINHA QUERIDA AMIGA ADRIANA!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

APENAS O NECESSÁRIO!


Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.

Chico Xavier

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

QUEM SOU?



"Estou presente a partir das mais profundas entranhas da
Terra às altas montanhas que desafiam o horizonte. Participo da
intimidade das substâncias mais corrosivas tanto quanto das feridas
mais pútridas. Sou elemento constitutivo dos perfumes e dos
aromas mais sofisticados. Minhas emanações se misturam às águas
de rios e mares, de lagos e córregos. Venho das nascentes mais
puras e alcanço os afluentes com a mesma limpidez do início.
Transformo pântanos e charcos fazendo-os celeiros de vida abundante.
Encontro-me na lágrima do choro proveniente do sofrimento
ou do êxtase. Participo dos banquetes de prazer na volúpia
dos convivas que me celebram em agradecimento à vida. Preencho
cada sentimento humano, adicionando-lhe o sentido da Vida.
Uno matéria a matéria, espírito a espírito, na comunhão das formas
e na identidade das almas.
Preencho a dor de significado e dou à vida seu principal
sentido. Na doença, na tristeza, na esperança e na ventura coloco
toda a força e toda a energia criativa do Universo. Em cada ato,
em cada pensamento ou sentimento, sou o propósito que se realiza.
Sou a pedra do recife e a luz do farol que vai ao encontro do
barco que comigo singra os mares. Sou a fonte da vida e a força
criadora e mantenedora de tudo o que existe. Na consciência e
no inconsciente, diluo-me em cada uma das experiências
conectando-as à individualidade divina. Clarifico a vida e lhe atribuo
consistência para a realização de cada ser. Estou em cada
experiência humana, desde o ato mais vil até as manifestações
sublimes de glorificação a Deus.
Estou no veneno mais forte e no remédio mais amargo.
Carrego em mim o elixir da vida e a possibilidade de compreendêla.
Não me tema nem se afaste de mim. Venho, na realidade,
trazer-lhe um recado. Deixe que eu sussurre em seu ser a mensagem
renovadora de Deus.
Represento o que há de mais sublime e superior na Criação.
Venho de Deus e preencho todo o Cosmo. Sou buscado e sentido
por todas as criaturas quer queiram ou não. Impossível não me
sentir ou negar-me. Estou no sim e no não. No nascimento e na
morte. Principalmente, participo de todas as cores, matizes e tonalidades
possíveis. Estou nas obras de arte e na criatividade de cada
artista. Preencho a Totalidade de beleza e paz. Sou a música da
Vida. Estou na dança dos amantes e nas forças vivas da Natureza.
Estou no rico e no mendigo, na miséria e na abundância. Na doença
e na saúde. Cada átomo me busca como a seta ao alvo. Sou
emanação de Deus na direção do humano."

SOU O AMOR!!!



TEXTO RETIRADO DO LIVRO: A FELICIDADE SEM CULPA