domingo, 31 de julho de 2011

O FILME DOS ESPÍRITOS




CONFIRAM AQUI INFORMAÇÕES SOBRE ESTE NOVO FILME

domingo, 24 de julho de 2011

NÃO TENHO TEMPO


Saí, Senhor,

Lá fora os homens saíram,

Iam,

Vinham,

Andavam,

Corriam.

As bicicletas corriam,

Os automóveis corriam,

Os caminhões corriam,

A rua corria,

A cidade corria,

Todo o mundo corria.

Corriam todos, para não perder tempo:

Corriam ao encalço do tempo,

para recuperar o tempo,

para ganhar tempo.

Até logo, doutor, desculpe-me – não tenho tempo.

Passarei outra vez, não posso esperar mais – não tenho

tempo.

Termino esta carta – pois não tenho tempo.

Queria tanto te ajudar – mas não tenho tempo.

Não posso aceitar, por falta de tempo.

Não posso refletir, nem ler, ando assoberbado – não

tenho tempo.

Gostaria de rezar – mas… eu não tenho tempo.

Compreendes, Senhor, eles não tem tempo.

A criança está brincando, não tem tempo agora mesmo…

mais tarde…

O estudante tem seus deveres a fazer, não tem tempo…

mais tarde…

O universitário tem lá suas aulas, e tanto, tanto trabalho

que não tem tempo… mais tarde…

O rapaz pratica esporte, não tem tempo… mais tarde…

O que casou, há pouco, tem sua casa, deve organizá-la,

não tem tempo… mais tarde…

O pai de família tem seus filhos, não tem tempo… mais

tarde…

Os avós têm seus netos, não têm tempo… mais tarde…

Estão doentes. Precisam tratar-se… não têm tempo…

mais tarde…

Estão à morte, não têm…

Tarde demais… não tem mais tempo.

Assim correm todos os homens atrás do tempo, Senhor.

Passam correndo pela Terra

apressados,

atropelados,

sobrecarregados,

enlouquecidos,

assoberbados,

Nunca chegam, falta-lhes tempo,

Apesar de todos os esforços, falta-lhes tempo,

Falta-lhes mesmo muito tempo.

Com certeza, Senhor, erraste os cálculos.

Há um engano geral:

Horas curtas demais,

Dias curtos demais,

Vidas curtas demais.

Tu que estás fora do tempo, Senhor, sorris ao ver-nos

assim brigar com ele,

E sabes o que fazes.

Não te enganas quando distribuis o tempo aos homens,

A cada um dás o tempo de fazer o que queres que faça.

Mas é preciso não perder tempo,

não esbanjar tempo,

não matar o tempo,

Pois o tempo é um presente que nos dás.

Presente perecível,

Um presente que não se conserva.

Tenho tempo, Senhor,

Tenho todo o meu tempo,

Todo o tempo que me dás,

Os anos de minha vida,

Os dias de meus anos,

Os minutos de meus dias,

São todos meus.

Cabe-me preenchê-los

tranqüilamente,

calmamente,

Mas preenchê-los inteirinhos, até a borda,

Para dá-los a Ti

e que, da água sem sabor,

faças um vinho generoso

como outrora, em Caná,

fizeste para as bodas humanas.

Nesta noite eu não te peço, Senhor, o tempo de fazer

isto e depois aquilo,

Peço-te a graça de fazer, conscienciosamente, no tempo

que me dás, o que queres que eu faça.

Michel Quoist


Como estamos utilizando o tempo que Deus nos deu??

sábado, 23 de julho de 2011

Que tipo de pessoas vive aqui?


"Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoas vive neste lugar?

- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? - Perguntou pôr sua vez o ancião.

- Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.

A isso o velho replicou: - A mesma coisa você haverá de encontrar pôr aqui.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoas vive pôr aqui? O velho respondeu com a mesma pergunta:

- Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem?

O rapaz respondeu: - Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste pôr ter de deixá-las.

- O mesmo encontrará pôr aqui. - respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?

Ao que o velho respondeu:

Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares pôr onde passou, não poderá encontrar outra coisa pôr aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos."




Poderiamos refletir também se não é assim na Casa Espírita que frequentamos;sempre estamos julgando as pessoas,os lugares ,as situações de acordo com o nosso mundo interior.Antes de buscarmos outros lugares é melhor olhar pra nós mesmos e perceber qual é a nossa dificuldade em lidar com certas situações,o que estou fazendo para que elas sejam melhores?Olhe para trás e veja se deixou amigos por onde passou ou inimizades!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Remédio Salutar


“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros para que sareis.” – (TIAGO, 5:16.)
A doença sempre constitui fantasma temível no campo humano, qual se a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto.
A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. Não nos reportando à imensa caudal de provas expiatórias que invade inúmeras existências, em suas expressões fisiológicas, referimo-nos tão-somente às moléstias que surgem, de inesperado, com raízes no coração.
Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?
Qualquer desarmonia interior atacará naturalmente o organismo em sua zona vulnerável. Um experimentar-lhe-á os efeitos no fígado, outro, nos rins e, ainda outro, no próprio sangue.
Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.
O grande apóstolo do Cristianismo nascente foi médico sábio, quando aconselhou a aproximação recíproca e a assistência mútua como remédio salutares. O ofensor que revela as próprias culpas, ante o ofendido, lança fora detritos psíquicos, aliviando o plano interno; quando oramos uns pelos outros, nossas mentes se unem, no círculo da intercessão espiritual, e, embora não se verifique o registro imediato em nossa consciência comum, há conversações silenciosas pelo “sem-fio” do pensamento.
A cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o conselho de Tiago; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade de enfermos encarnados ou desencarnados.