segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Obsessões carnavalescas



por Claudia Gelernter -

“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.
Revista Visão Espírita-março de 2000




Poucos sabem que a palavra Carnaval é, na verdade, uma abreviatura da frase: “a carne nada vale”. Em contrapartida grande parte dos brasileiros acredita que participar das festividades carnavalescas em nada atrapalha sua organização psico-físico-espiritual. Algo como mudar totalmente o padrão vibracional, adentrando por quatro dias e cinco noites num maremoto energético de baixo teor e dizer que isso não desarmoniza ninguém, ao contrário, “desestressa”.
Será mesmo só esse o resultado do envolvimento em tal festividade? “Desestressamento”?

Estudiosos da psicologia realizaram um trabalho de pesquisa interessante sobre o tema, trazendo-nos alguns dados que já nos suscitam importantes reflexões. Vou transcrever parte da matéria que saiu no Jornal Correio Brasiliense, onde constam tais informações: “(...) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas, etc.); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, três se transformam em adultério; que de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas (...). Concluíram que tudo isto decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais (...)”.

A maioria dos foliões da atualidade segue os carros alegóricos sem nenhuma noção do que lhes envolve naqueles momentos. Sequer suspeitam onde ou porque surgiu tal ‘festividade’ - estão ali simplesmente para permitirem o enlouquecimento momentâneo, sem pensar em mais nada a não ser no prazer dos sentidos. Porém, os resultados são evidentes, como pudemos contatar nesta matéria alusiva sobre o tema.
Quanto às suas origens, podemos dizer que as tataravós do carnaval são a bacanália, da Grécia - quando era homenageado o deus Dionísio - e a saturnália – festa romana onde se imolava uma vítima humana, previamente escolhida. Depois, já na Idade Média, aceitava-se a tese de que “Uma vez por ano é lícito enlouquecer”, o que tomou corpo, modernamente, no carnaval de nossos dias.

Claro que muitos dançam e se sacodem freneticamente entre sorrisos largos, sem nenhuma intenção menos digna: desejam somente a “alegria”. Porém, mesmo que a intenção seja apenas a de se ficar contente, será que o discípulo de momo, ao meio de tantos desvarios, em nada se prejudica?

Tudo seria tranqüilo, se junto de tais pessoas estivessem tantas outras numa mesma sintonia, munidos da mesma vontade de confraternização, sorrisos e danças conjuntas; sem maldade, sem deixarem seus instintos reptilianos tão aflorados.

Porém, a realidade não é essa. As conclusões apresentadas pelos psicólogos brasilienses já nos dão certa base para um pensar mais aclarado sobre o assunto. Soma-se a tais dados outra importantíssima informação que ainda não é levada em conta tanto pelos profissionais comuns da psique quanto pelos amantes carnavalescos: no período que compreende a sexta feira de carnaval até o amanhecer da quarta feira de cinzas, verdadeiras falanges das esferas inferiores invadem a crosta terrestre - atraídas pelo padrão reinantes - acompanhando bem de perto tais foliões, incitando-os aos extremos, dando início a sérias obsessões que por vezes se arrastam sobremaneira, trazendo inúmeros prejuízos a tais pessoas.

No livro “Nas fronteiras da loucura”, do espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, o venerando espírito, em suas ponderações, conclui que isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano. O processo obsessivo ocorre ainda durante o sono, quando em estado de desdobramento (momento em que o corpo descansa e o espírito sai em suas excursões) o folião visita as zonas de baixo teor vibracional, já em contato direto com tais entidades.

Conhecedores de tais realidades, os responsáveis pela revista Visão Espírita, fizeram pequeno trocadilho com a famosa frase composta por Caetano Veloso, no seu frevo carnavalesco que diz que “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”. Os divulgadores do espiritismo refizeram o ditado. Escreveram que na verdade “atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu!”...”. Realmente. Só faltou acrescentar: “(...) e eles são em grande número”.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

RECICLANDO APRENDIZADO



Na busca do aperfeiçoamento, necessitamos de perseverança no auto-conhecimento através do estudo e da vivência. Mudança de hábitos exige disposição e paciência para atingir o ideal de viver melhor.

Quando começamos a compreender o sentido da vida, a dor, a alegria, o sofrimento, a lidar melhor com os obstáculos, vivenciando-os, vamos aprendendo a caminhar com mais firmeza e determinação. Mesmo que venhamos a iniciar uma nova trajetória, que geralmente nos causa receio/medo, se estamos dispostos a aprender com a nossa experiência, haverá amadurecimento.

À medida que vamos vivenciando o processo de Vida Plena, só poderá haver progresso, crescimento. Não há retrocesso neste caminho, não há volta. Aquele que vivencia a sua Vida Plena, sente crescimento, pois, está aberto a experimentar sempre cada momento. É um aprendizado, não importa o resultado, fica a certeza da lição.

Aprendamos a nos ouvir e descobriremos que existe dentro de nós um enorme potencial oculto pelos nossos mecanismos de defesa.

Com a abertura, vamos compreendendo e nos libertando; e que segurança isso nos dá!

Apesar de todas as dificuldades do nosso mundo, vamos aprendendo a lidar com as pressões e compreendendo melhor os nossos semelhantes. Começamos por compreender que não somos donos da verdade e que cada um tem seu momento de despertar e de vivenciar, se quiser.

Quando vivemos a Vida Plena em cada ciclo de nossa vida, oferecemos a nós mesmos, e ao outro, oportunidade de evolução e crescimento. Passamos a ser pessoas mais integradas uns com os outros, a nos aceitar, e ao nosso próximo, valorizando mais intensamente nosso sentimento e relacionamento.

Passamos a ser mais naturais, na maneira de ser, com um renovado amor e respeito pela natureza humana. Passamos a aprender conceitos novos e menos rígidos, deixamos de explorar nosso semelhante, por compreender melhor a natureza humana e o esforço renovador de cada um.

E, assim sendo, liberamos a nossa criatividade, saímos da rotina. Começamos a ver a vida com novas perspectivas.

Aprender a discernir, possibilita usar nossa liberdade para vôos mais altos na descoberta deste rico mundo interior, onde há tanto para aprender.

O importante é que sejamos pessoas abertas às experiências, e, com isso, crescermos, sermos mais úteis, com certeza.



Texto :(autor desconhecido)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Em vez de reclamar, agradeça!



Responda depressa: quantas vezes você já reclamou hoje? Se estiver dentro da média, acredito que tenha se queixado de pelo menos meia dúzia de coisas desde que despertou esta manhã. E se especifico "na média" é porque há pessoas que vão além, que têm o hábito de reclamar de tudo. Basta perguntar "como vai?" para elas se queixarem da chuva, do sol, do frio, de que têm trabalhado muito ou pouco, do barulho ou do excesso de silêncio. Como disse certa vez o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, "raramente pensamos naquilo que temos, mas sempre no que nos falta."
Ouvi uma história exemplar a esse respeito. Para lembrar seus alunos de dar mais valor à própria vida, um professor criou um exercício interessante. Propôs que os jovens passassem 24 horas sem reclamar. A primeira reação deles, claro, foi criticar a tarefa. Mas, em seguida, concordaram em anotar em um papel cada vez que estavam na iminência de resmungar - e do quê.
Na avaliação, a turma se surpreendeu. Primeiro, com o alto número de reclamações. Depois, por elas não serem relevantes. "Não tenho tanto do que reclamar", disse um aluno. "Reclamo de coisas banais", concluiu outro. Na segunda parte do exercício, o mestre distribuiu folhas onde se lia: "Agradeço por..." e pediu a eles que completassem a frase. Todos fizeram listas longas, em geral incluindo o amor de pessoas queridas, saúde, segurança, liberdade, posse de bem materiais, habilidades, experiências, oportunidades, conhecimentos, etc.
Por fim, o professor recomendou que cada um lesse sua lista quatro vezes ao dia. Ao final do exercício eles confessaram sentir uma enorme diferença. A valorização da abundância, como previa o professor, provocou mudanças visíveis nas pessoas, melhorando da postura à expressão corporal, além de ter colocado sorrisos em todos os rostos.
A lição ficou para a vida: os alunos descobriram que ao voltar sua atenção para os aspectos positivos, estavam dando espaço à felicidade.
Sentir e expressar gratidão pode - e deve - se tornar um hábito. O primeiro passo para isso é reconhecer tudo aquilo que temos. Muitas vezes, só avaliamos a importância das coisas ao sermos privados delas. Quem perde a saúde ou sofre revezes financeiros sabe bem do que estou falando. Não é necessário esperar o pior para abandonar a mania de reclamar. Basta lançar um olhar atento para dentro de si mesmo e perguntar: tenho mais motivos para agradecer ou para me queixar? A resposta irá aparecer nas suas atitudes. Repare!


valorize o que você tem


Pratique esse exercício durante uma semana:

afirmação matinal: "Em vez de olhar para aquilo que me falta, vou lembrar sempre, em primeiro lugar, do muito que tenho recebido, e ser grata por isso."
pergunte a si mesma: "Quem são as pessoas especiais para mim? Quais as coisas boas que venho recebendo da vida?" Faça uma lista e leia-a quatro vezes por dia. Tente também expressar sua gratidão às pessoas queridas.

diário noturno: Reflita ou medite sobre como foi substituir o hábito de reclamar pela atitude de reconhecimento e gratidão. O que mudou na sua vida com essa nova postura? Enumere fatos e sentimentos, tanto em relação a si mesma quanto às pessoas com quem convive.

(Desconheço o autor)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

VIVER COMO AS FLORES









- Mestre, como faço para não me aborrecer?

Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes, algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.

- Pois viva como as flores - advertiu o mestre!

- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo

- Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.

DORMIR ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM









Alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria de pessoas estavam pouco dispostas a trabalhar em fazendas ao longo do Atlântico. Temiam as horrorosas tempestades que variam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações.

Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro.

- Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.

- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram. Respondeu o pequeno homem.

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem.

Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou,

- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!

O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente,

- Não senhor. Eu lhe falei, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedi-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois.

Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia ser arrastado.

O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer, então retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

O que eu quero dizer com esta história, é que quando se está preparado - espiritualmente, mentalmente e fisicamente - você não tem nada a temer.

Eu lhe pergunto: você pode dormir enquanto os vento sopram em sua vida?

Espero que você durma bem! E com Deus em seu coração!


Conto retirado do site A Era do Espírito

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

EUTANÁSIA


Eutanásia segundo dicionário, é algo que se faz ao doente realmente sem cura. Ele morre sem dor ou sofrimento. É uma coisa antiga e realizada em muitos países do mundo. Dizem que 400 anos antes de Cristo, os médicos davam aos doentes já cansados, um tóxico que lhes dava a morte serena.



Na Holanda, desde 1993 se usa a pratica da eutanásia como algo simples. Depois de 28 procedimentos médicos obrigatórios que o médico realiza, ele faz a eutanásia. Segundo se informa, 90% da população apóia e cerca de 8 mil destes procedimentos são realizados por ano na Holanda.



O próprio paciente pede, assina um documento e nem a família e nem os médicos podem contestar o fato. Num relatório divulgado na Revista Veja de 9/2/1993 dizia que é feita da seguinte maneira: Depois de realmente verificado que é possível, o paciente tem que estar acordado e consciente, fica a sós com sua família alguns minutos e depois recebe a visita dos médicos que lhe aplicam uma super dose de um tranqüilizante na veia. Ele dorme e a morte não é imediata, pode levar até horas.



Mas também há relatos que a eutanásia é feita sem o conhecimento do paciente. Cada local da Holanda usa um método. Nos Estados Unidos já existem até um cartão chamado de autodeterminação, onde a pessoa registra tudo o que quer e gostaria quando estivesse inconsciente e num estado incurável etc....



No Brasil, mesmo que o doente esteja irremediavelmente condenado à morte próxima e em prolongado sofrimento, a eutanásia é sempre, em qualquer hipótese, um homicídio. O Código Penal no artigo 121 diz: Matar alguém – Pena – reclusão de 6 a 20 anos.



Mas a Doutrina Espírita diz que somos constituído de espírito, do perispirito e do corpo físico e que muitas vezes a dor e o sofrimento são necessários para a evolução do espírito em busca da perfeição. De vida em vida nós passamos momentos de dor e sofrimento em busca desta evolução. Todo este processo se deve ao nosso livre arbítrio e cada um de nós, temos a responsabilidade pelos nossos atos e pensamentos. Se fizemos uma ação má a alguém, podemos ter a reação igual e na mesma intensidade e elas podem vir na forma de dor, de doenças, sofrimentos, coisas que vão fazendo a gente crescer, resgatar débitos até que um dia não precisaremos mais disto, ou seja, não causaremos mais o mal a outro semelhante.



Isto não é punição, ao contrario, é educativo. O mesmo mal que causei, tenho que sofrer igual ou na mesma intensidade para que eu conheça a dor na própria pele e assim vou me educando e quando eu estiver numa outra situação igual, pensarei duas vezes.



Talvez a maioria das doenças, principalmente as crônicas tipo o câncer, pode ter origem na lei do resgate. A pessoa vê nascer numa determinada época em seu corpo físico essa doença que nada mais é do que energias do perispirito que reflete no corpo. E quantos não há que depois de muitas dores e grandes sofrimentos, mudam totalmente de vida e passam a valorizar mais o lado espiritual e menos o material? Isto é crescer com o sofrimento e com a dor.



Temos um grande compromisso com a vida material, compromissos assumidos antes da nossa última vinda portanto não podemos e não temos o direito de atentar contra a vida dessa maneira.



Muitos pedem este tipo de prova que origina a dor e grande sofrimento. Até o momento em que vai morrer. Claro que pelo livre arbítrio de cada um, se pode abreviar, modificar o roteiro pré-estabelecido, mas seremos responsabilizados por isto. Se for para o nosso bem com atitudes corretas, tudo bem, mas ao contrário, pior para nós.



A eutanásia no Evangelho Segundo o Espiritismo qdo Kardec pergunta, recebe a seguinte resposta: Quem pois, vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem à borda do fosso para daí o retirar, afim de faze-lo retornar a si mesmo e de conduzi-lo a outros pensamentos? Em qualquer extremo que esteja um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que sua hora chegou. A ciência jamais se enganou em suas previsões? Eu sei que há muitos casos em que se pode, com razão, considerar como desesperadores, mas se não há nenhuma esperança fundada de um retorno à vida e à saúde, não existem inumeráveis exemplos em que, no momento de dar o último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? ( continuando....)



Pois bem! Essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, porque ignorais as reflexões que poderia fazer seu espírito nas convulsões da agonia e quantos tormentos pode lhe poupar um relâmpago de arrependimento. O materialista que não vê senão o corpo e não considera a alma, não pode compreender essas coisas; mas o espírita, que sabe o que se passa além túmulo, conhece o valor do último pensamento. Abrandai os últimos sofrimentos, quando esteja em vós, mas guardai-vos de abreviar a vida, não fosse senão de um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.



Já falamos aqui do paciente em coma e dos cuidados que temos que ter porque mesmo num estado quase vegetativo, ele a tudo escuta, percebe, vê com o seu espírito. Ele detém a consciência, então é preciso ter cuidado como que se fala perto de alguém em coma. Vamos a um relato que Chico Xavier fez um dia.



Chico Xavier visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo todo deformado e que morava num barraco a beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem também era muito doente e Chico a ajudava a dar banho, dar alimento e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que moravam. O quadro era tão estarrecedor que numas das visitas em que do grupo de pessoas que acompanhava o Chico nessas visitas, um médico perguntou ao Chico: Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável? O Chico disse: (continua).....



Não creio doutor. Este nosso irmão em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu e prejudicou com muita crueldade e torturas desumanas, tirando a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda a sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado, representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a providência divina encontrou para esconde-lo de seus inimigos. Quanto mais tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos dos seus inimigos, o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia, seria devolve-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a tortura-lo. O médico perguntou: E como ele resgatará os seus crimes? Chico respondeu: Irmão X costuma dizer que Deus usa o tempo e não a violência........



Para encerrar, apenas um relatório de uma doutora norte americana que depois de lidar com muitos moribundos, dividiu em 5 as fases ou etapas que passam esses pacientes: NEGAÇÃO: nessa fase, que ocorre em seguida à notícia de sua doença, o paciente nega essa realidade ( não é possível, deve haver um engano). RAIVA: o paciente já admite estar com uma doença terminal, porém questiona ( porque eu?) PACTO: uma vez admitida sua situação terminal, vem a fase de negociação, quando ele tenta superar seu mal através de promessas e barganhas (inclusive com Deus). DEPRESSÃO: já tem como definitivo o seu processo patológico, mas não está preparado para aceitar a morte. ACEITAÇÃO: está, então preparado para o momento final. Alguns estão em uma das fases e ali estacionam e outros passam por todas essas etapas. Um ultimo e rápido exemplo verídico como a eutanásia não se deve cometer:



Atitude precipitada, perto de Paris, adoece a filha de um renomado médico, vítima de difteria. Na época, essa doença de difícil prognóstico e que levava a morte 99% das pessoas. O pai tentou de tudo para salvar a vida da filha. Aí veio a fase da doença que asfixia. A cor da pele do rosto fica azul (cianose) o que indicava morte por perto. O pai consultou os colegas de classe de Paris. Nenhuma resposta. Ele não suportava ver a filha daquele modo e pensou em abreviar as dores da filha. Uma injeção de ópio para aliviar e abreviar o desfecho. Pensou e fez. Não falhou o tóxico. Muito rápido veio a morte serena e a menina morreu. No momento do enterro, recebeu um telegrama com os seguintes dizeres: Roux acaba de descobrir o soro anti-diftérico, aplicando-o com êxito. Aguarde a remessa......



PEDRO OZORIO: 01/2003



FONTES: Associação Médico-Espírita do Brasil – Dr. José Roberto P. Santos –

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

BONS OU BONZINHOS?








Li este artigo e achei muito interessante,realmente como é difícil sermos bons!Muitas vezes somos muito criticados por dizermos o que pensamos diante de um fato que não concordamos,hostilizados por sermos sinceros(mesmo que a hostilidade seja camuflada);mas nada melhor do que sermos autênticos e enfrentar a luta pela verdade,ficarmos com a consciência tranquila!O importante é saber sermos sinceros sem sermos cruéis,autênticos sem agredirmos ou magoarmos ao próximo,enfim saber expor nossa opinião, e não impor!E principalmente respeitarmos também a opinião do outro!

O bom e o bonzinho.

Desde que o mundo é mundo o ser humano tem um objetivo. Alguns tentam conquistar, porém, como é complicado conseguir o equilíbrio acabam por submergir nos exageros.
E o grande objetivo é: ser bom. A maioria das pessoas prefere ser bonzinho, o que venhamos e convenhamos é bem diferente do que ser bom.
Ser bom requer esforço, superação, perseverança, dedicação...
Ser bonzinho requer apenas omissão. Sim, porque o bonzinho nunca diz não, não discorda de ninguém mesmo quando sabe que tem razão, agrada a tudo e a todos, não tem senso crítico e por ai vai.
O bonzinho além de tudo é prepotente e não sabe, porque se julga humilde, mas em realidade ele quer ser unanimidade, quer ser apreciado por todos e busca os elogios incessantemente, em suma, não consegue conviver com críticas, com opiniões contrárias, com diferenças, por isso veste a bondade superficial como um escafandro que lhe protege da verdade.
Nossa sociedade infelizmente está impregnada de bonzinhos; políticos bonzinhos com promessas eleitoreiras para agradar a população, profissionais bonzinhos que preferem não debater, dialogar e até discordar do superior, professores bonzinhos que deixam alunos assinar a lista e se mandar da sala de aula, religiosos bonzinhos que dizem justamente o que os fieis querem ouvir apenas para agradá-los sem se preocupar com a verdade. Mas o pior de tudo é quando os bonzinhos são os pais.
Ser pai ou mãe bonzinho e boazinha é apenas dizer sim ao filho, não repreendê-lo, não orientá-lo, não contrariá-lo. Um perigo!
Talvez seja esse o motivo de mais de 15% de nossas crianças estarem com obesidade infantil, os pais são bonzinhos demais, fazem tudo que o filho quer. E ainda por bondade dos pais nossas crianças passam mais de 5 horas à frente da televisão e distante dos livros.
Por bondade dos pais nossas crianças vivem abarrotadas de brinquedos e carentes de carinho, e por bondade dos pais nossas crianças assistem à programações inúteis que nada acrescentarão a seu desenvolvimento. Tudo culpa do querer ser bonzinho ou boazinha.
Pais bonzinhos acreditam que o filho pode tudo, julgam que seus pupilos são santos e melhores que o filho do vizinho, criam então mini ditadores e depois não sabem como impor limites.
Iremos progredir como nação, como sociedade, quando aprendermos de fato o significado do que é ser bom. O que é ser um bom pai? O que é ser um bom filho? O que é ser um bom profissional, um bom religioso, um bom político?
O que é realmente caridade e por qual razão é ela a salvação de nosso mundo?
São questões que podemos começar a nos perguntar para chegarmos de fato a um consenso de como agir sem descambar aos exageros.
Dizer não mas saber como dizer, discordar mas saber como discordar, impor limites mas saber como impor, orientar mas saber também ouvir são pontos importantes para quem quer alcançar o objetivo de ser Bom e não apenas bonzinho.
Porque ser bom requer trabalho, labuta íntima e humildade para reconhecer que o gosto por ser unanimidade pode por tudo a perder.
Ser bom é dizer não quando preciso, é admoestar quando necessário, é impor limites e ensinar disciplina. Ser bom é discordar com educação.
Ser bonzinho é omissão, ser Bom é ação.
Cabe-nos decidir onde queremos nos encaixar:
Ser bom ou bonzinho?

Wellington Balbo

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009