segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

EUTANÁSIA


Eutanásia segundo dicionário, é algo que se faz ao doente realmente sem cura. Ele morre sem dor ou sofrimento. É uma coisa antiga e realizada em muitos países do mundo. Dizem que 400 anos antes de Cristo, os médicos davam aos doentes já cansados, um tóxico que lhes dava a morte serena.



Na Holanda, desde 1993 se usa a pratica da eutanásia como algo simples. Depois de 28 procedimentos médicos obrigatórios que o médico realiza, ele faz a eutanásia. Segundo se informa, 90% da população apóia e cerca de 8 mil destes procedimentos são realizados por ano na Holanda.



O próprio paciente pede, assina um documento e nem a família e nem os médicos podem contestar o fato. Num relatório divulgado na Revista Veja de 9/2/1993 dizia que é feita da seguinte maneira: Depois de realmente verificado que é possível, o paciente tem que estar acordado e consciente, fica a sós com sua família alguns minutos e depois recebe a visita dos médicos que lhe aplicam uma super dose de um tranqüilizante na veia. Ele dorme e a morte não é imediata, pode levar até horas.



Mas também há relatos que a eutanásia é feita sem o conhecimento do paciente. Cada local da Holanda usa um método. Nos Estados Unidos já existem até um cartão chamado de autodeterminação, onde a pessoa registra tudo o que quer e gostaria quando estivesse inconsciente e num estado incurável etc....



No Brasil, mesmo que o doente esteja irremediavelmente condenado à morte próxima e em prolongado sofrimento, a eutanásia é sempre, em qualquer hipótese, um homicídio. O Código Penal no artigo 121 diz: Matar alguém – Pena – reclusão de 6 a 20 anos.



Mas a Doutrina Espírita diz que somos constituído de espírito, do perispirito e do corpo físico e que muitas vezes a dor e o sofrimento são necessários para a evolução do espírito em busca da perfeição. De vida em vida nós passamos momentos de dor e sofrimento em busca desta evolução. Todo este processo se deve ao nosso livre arbítrio e cada um de nós, temos a responsabilidade pelos nossos atos e pensamentos. Se fizemos uma ação má a alguém, podemos ter a reação igual e na mesma intensidade e elas podem vir na forma de dor, de doenças, sofrimentos, coisas que vão fazendo a gente crescer, resgatar débitos até que um dia não precisaremos mais disto, ou seja, não causaremos mais o mal a outro semelhante.



Isto não é punição, ao contrario, é educativo. O mesmo mal que causei, tenho que sofrer igual ou na mesma intensidade para que eu conheça a dor na própria pele e assim vou me educando e quando eu estiver numa outra situação igual, pensarei duas vezes.



Talvez a maioria das doenças, principalmente as crônicas tipo o câncer, pode ter origem na lei do resgate. A pessoa vê nascer numa determinada época em seu corpo físico essa doença que nada mais é do que energias do perispirito que reflete no corpo. E quantos não há que depois de muitas dores e grandes sofrimentos, mudam totalmente de vida e passam a valorizar mais o lado espiritual e menos o material? Isto é crescer com o sofrimento e com a dor.



Temos um grande compromisso com a vida material, compromissos assumidos antes da nossa última vinda portanto não podemos e não temos o direito de atentar contra a vida dessa maneira.



Muitos pedem este tipo de prova que origina a dor e grande sofrimento. Até o momento em que vai morrer. Claro que pelo livre arbítrio de cada um, se pode abreviar, modificar o roteiro pré-estabelecido, mas seremos responsabilizados por isto. Se for para o nosso bem com atitudes corretas, tudo bem, mas ao contrário, pior para nós.



A eutanásia no Evangelho Segundo o Espiritismo qdo Kardec pergunta, recebe a seguinte resposta: Quem pois, vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem à borda do fosso para daí o retirar, afim de faze-lo retornar a si mesmo e de conduzi-lo a outros pensamentos? Em qualquer extremo que esteja um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que sua hora chegou. A ciência jamais se enganou em suas previsões? Eu sei que há muitos casos em que se pode, com razão, considerar como desesperadores, mas se não há nenhuma esperança fundada de um retorno à vida e à saúde, não existem inumeráveis exemplos em que, no momento de dar o último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? ( continuando....)



Pois bem! Essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, porque ignorais as reflexões que poderia fazer seu espírito nas convulsões da agonia e quantos tormentos pode lhe poupar um relâmpago de arrependimento. O materialista que não vê senão o corpo e não considera a alma, não pode compreender essas coisas; mas o espírita, que sabe o que se passa além túmulo, conhece o valor do último pensamento. Abrandai os últimos sofrimentos, quando esteja em vós, mas guardai-vos de abreviar a vida, não fosse senão de um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.



Já falamos aqui do paciente em coma e dos cuidados que temos que ter porque mesmo num estado quase vegetativo, ele a tudo escuta, percebe, vê com o seu espírito. Ele detém a consciência, então é preciso ter cuidado como que se fala perto de alguém em coma. Vamos a um relato que Chico Xavier fez um dia.



Chico Xavier visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo todo deformado e que morava num barraco a beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem também era muito doente e Chico a ajudava a dar banho, dar alimento e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que moravam. O quadro era tão estarrecedor que numas das visitas em que do grupo de pessoas que acompanhava o Chico nessas visitas, um médico perguntou ao Chico: Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável? O Chico disse: (continua).....



Não creio doutor. Este nosso irmão em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu e prejudicou com muita crueldade e torturas desumanas, tirando a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda a sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado, representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a providência divina encontrou para esconde-lo de seus inimigos. Quanto mais tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos dos seus inimigos, o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia, seria devolve-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a tortura-lo. O médico perguntou: E como ele resgatará os seus crimes? Chico respondeu: Irmão X costuma dizer que Deus usa o tempo e não a violência........



Para encerrar, apenas um relatório de uma doutora norte americana que depois de lidar com muitos moribundos, dividiu em 5 as fases ou etapas que passam esses pacientes: NEGAÇÃO: nessa fase, que ocorre em seguida à notícia de sua doença, o paciente nega essa realidade ( não é possível, deve haver um engano). RAIVA: o paciente já admite estar com uma doença terminal, porém questiona ( porque eu?) PACTO: uma vez admitida sua situação terminal, vem a fase de negociação, quando ele tenta superar seu mal através de promessas e barganhas (inclusive com Deus). DEPRESSÃO: já tem como definitivo o seu processo patológico, mas não está preparado para aceitar a morte. ACEITAÇÃO: está, então preparado para o momento final. Alguns estão em uma das fases e ali estacionam e outros passam por todas essas etapas. Um ultimo e rápido exemplo verídico como a eutanásia não se deve cometer:



Atitude precipitada, perto de Paris, adoece a filha de um renomado médico, vítima de difteria. Na época, essa doença de difícil prognóstico e que levava a morte 99% das pessoas. O pai tentou de tudo para salvar a vida da filha. Aí veio a fase da doença que asfixia. A cor da pele do rosto fica azul (cianose) o que indicava morte por perto. O pai consultou os colegas de classe de Paris. Nenhuma resposta. Ele não suportava ver a filha daquele modo e pensou em abreviar as dores da filha. Uma injeção de ópio para aliviar e abreviar o desfecho. Pensou e fez. Não falhou o tóxico. Muito rápido veio a morte serena e a menina morreu. No momento do enterro, recebeu um telegrama com os seguintes dizeres: Roux acaba de descobrir o soro anti-diftérico, aplicando-o com êxito. Aguarde a remessa......



PEDRO OZORIO: 01/2003



FONTES: Associação Médico-Espírita do Brasil – Dr. José Roberto P. Santos –

Um comentário:

Abel Sidney disse...

Oi, Ângela

Grato por seguir meu blog! O seu blog é também instrutivo e bem feito. Valeu!

Nos links recomendados alguns sites estão sendo apontados erroneamente (com um http a mais!)

Estamos aqui, ao seu dispor.
Abraços
Abel Sidney