quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Carta de Ano Novo II



Emmanuel


Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

Não maldigas, nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: -

Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.


Livro Vida e Caminho. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 21 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE NATAL

PRELEÇÕES 2009

JAN.
06- " QUEM ODEIA SEU PAI E SUA MÃE" – ( Moral Estranha - Cap.XXIII )

13- " FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO" (Que a Vossa Mão Esquerda não saiba o que dá a Direita - Cap.XIII)

20- "PARÁBOLA DO FESTIM DE NÚPCIAS" (Muitos serão os Chamados e poucos os Escolhidos - Cap XVIII)

27- PAGAR O MAL COM O BEM (Amai os Vossos Inimigos -Cap XI

FEV.

03- MISSÃO DOS ESPÍRITAS – (Os Trabalhadores da Última Hora - Cap.XX)

10- A CÓLERA (Bem Aventurados os Brandos e Pacíficos - Cap.IX)


17- OS SÃOS NÃO TEM NECESSIDADE DE MÉDICO (Não Coloqueis a Candeia sob o Alqueire - Cap.XXIV)


24- A VINGANÇA (Amai os Vossos Inimigos - Cap XII

MAR.


03- A INFELICIDADE REAL – (Bem Aventurados os Aflitos - Cap.V )


10- A LEI DO AMOR (Amar ao Próximo como a Si Mesmo – CAP XI)


17- OS FALSOS PROFETAS – (Haverá Falsos Cristos e Falsos Profetas – Cap XXI )



24- DIFERENTES ESTADOS DO ESPIRITISMO – (Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai – CAP III)



ABR 07- A FÉ RELIGIOSA, CONDIÇÃO DE FÉ INABALÁVEL (A Fé Transporta Montanhas - Cap.XIX)



14- O PARENTESCO CORPORAL E O PARENTESCO ESPIRITUAL (Honrai a Vosso Pai e a Vossa Mãe - Cap.XIV)



21- SALVAÇÃO DOS RICOS (Não se Pode Servir a Deus e a Mamon- Cap XVI)



28- O MAL E O REMÉDIO (Bem Aventurados os Aflitos - Cap V )


MAI.


05- O MAIOR MANDAMENTO (Fora da Caridade Não Há Salvação - Cap.XV)



12- PASSES E EVANGELHO NO LAR



19= MEDIUNIDADE GRATUÍTA (Daí Gratuitamente o que Recebestes Gratuitamente- Cap XXVI)



26- O JUGO LEVE (O Cristo Consolador - Cap VI )


JUN


02- O HOMEM NO MUNDO (Sede Perfeitos - Cap.XVII)



09- NÃO JULGUEIS A FIM DE QUE NÃO SEJEIS JULGADOS ( Bem Aventurados os Misericordiosos - Cap.X)



16- PIEDADE FILIAL (Honrai a Vosso Pai e a Vossa Mãe - Cap XIV)



23- CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES (Bem Aventurados os Aflitos - Cap V )



30- A VIDA FUTURA (Meu Reino Não é Deste Mundo - Cap II )

sábado, 20 de dezembro de 2008

O PRESENTE LUMINOSO DO RABI



Certo dia,Jesus estava senado a beira de um córrego junto com Pedro e Thiago.Era a hora mágica do crepúsculo e o céu se tingia de vermelho-alaranjado no horizonte além das montanhas.Jesus colocou as mãos na água e vários peixinhos vieram brincar com ele.Muitos nem imaginam,mas ele era igual criança nesses momentos e sabia apreciar as pequenas coisas com maestria.
Dirigindo-se aos seus discípulos,disse-lhes:"Os homens são semelhantes a estes peixinhos,mas não percebem as mãos do Pai Divino brincando nas correntes espirituais que fluem por seus corações.Por isso,vim ao mundo.Para despertá-los da ilusão nascida dos apelos violentos da sua natureza instintiva.Esses peixinhos vêm sem medo porque não sentem nenhuma violência em minhas mãos.De igual maneira,as mãos do Pai Celestial são pacificas,mas a violência dos homens turvou suas vidas e eles não vêem os toques espirituais em meio as águas turvas de seus dramas.
Em breve,deixarei esse plano terrestre e retornarei aos planos celestes.Mas deixarei uma dádiva para todos os homens.Ela não estará registrada em nenhum livro,mas ficará marcada indelevelmente na aura do planeta,que também é um ser vivo.Por meio de tal processo,projetarei pensamentops luminosos nas correntes energéticas do orbe a favor de todos os homens.Eles irão circular por essas correntes vitais por milênios.E muito dos que hoje são refratários as ondas de Paz e Amor serão inspirados e tocados por eles em vidas futuras.Quando cairem as escamas de suas ilusões,as águas de suas vidas serão clareadas e eles perceberão o presente da Paz e do Amor tocando seus corações.Sim,os homens são peixinhos assustados e não sentem os toques divinos,por enquanto.Mas eles despertarão!E a minha dádiva invisível se tornará visível em suas vidas em momento certo.Os pensamentos são vivos.Quando impregnados pelo amor incondicional,tornam-se benfeitores invisíveis da humanidade.Essa é a dádiva secreta que deixarei na pele invisível do mundo:pensamentos cheios de amor incondicional."
Pedro e Thiago se entreolharam admirados como que Jesus falara.Na verdade,não entenderam muito bem o que ele dissera.Jesus sabia,e tirando as mãos para fora das águas,disse-lhes:"Os dedos do Pai Celestial tocam a todos nós.Também somos os seus peixinhos queridos.E o amor é a água da vida!Bem-aventurados os que amam!"

Texto de Wagner Borges

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

RENOVAÇÃO


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,que já tem a forma do nosso corpo,e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.É o tempo da travessia:e,se nào ousarmos fazê-la,teremos ficado para sempre,à margem de nós mesmos."
(Fernando Pessoa)

Que estas frases de Fernando Pessoa nos faça refletir a importância da mudança em nossas vidas;e que ela começa em nosso íntimo.Esta época de início de ano sempre nos remete ao recomeço,a renovaçào,mas importante é sabermos que somente mudamos o nosso mundo,mudando a nós mesmos!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

RENASCER AGORA


"Aquele que nào renascer de novo nào pode ver o Reino de Deus"- Jesus

(Joào,3:3)

A própria natureza apresenta preciosas lições,nesse particular.Sucedem-se os anos com matemática precisào,mas os dias sào sempre novos.Dispondo,assim,de trezentas e sessenta e cinco ocasiòes de aprendizado e recomeço,anualmente,quantas oportunidades de renovação moral encontrará a criatura,no abençoado período de uma existência?
Conserva do passado o que for bom e justo,belo e nobre,mas não guardes do pretérito os detritos e as sombras,ainda mesmo quando mascarados de encantador revestimento.
Faze por ti mesmo,nos domínios da tua iniciativa pela aplicação da fraternidade real,o trabalho que a tua negligência atirará fatalmente sobre os ombros de teus benfeitores e amigos espirituais.
Cada hora que surge pode ser portadora de reajustamento.
Se é possível,nào deixes para depois os laços de amor e paz que podes criar agora,em substituição as pesadas algemas do desafeto.
enquanto nos demoramos na fortaleza defensiva,o adversário cogita de enriquecer as munições,mas se descemos à praça,desassombrados e serenos,mostrando novas disposiçòes na luta, a idéia de acordo substitui,dentro de nós e em torno de nossos passos,a escura fermentação da guerra.
Alguém te magoa?Reinicia o esforço da boa compreensão.
Alguém te nào entende?Persevera em demosntrar os intentos mais nobres.
Deixa-te reviver,cada dia,na corrente cristalina e incessante do bem.
Não olvides a assertiva do Mestre;-"Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino deDeus."
Renasce agora em teus propósitos,deliberações e atitudes,trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipaçào da vitóris sobre ti mesmo,no tempo...
Mais vale auxiliar,ainda hoje,que ser auxiliado amanhà.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

MOMENTOS DA EVANGELIZAÇÀO INFANTIL!

Alguns momentos registrados da festinha das crianças da Evangelização!Agradecimentos as nossas evangelizadoras por tanta dedicaçào e amor as crianças.Incansáveis trabalhadoras que com muito carinho estào preparando as aulas para estimular,motivar e educar dentro do Evangelho, as crianças que adentram em nossa Casinha!
Parabéns Michele,Shirley, Célia e Jessica pelo trabalho de amor!E a todos que colaboram com a nossa Evangelização!




FESTA DE CONFRATERNIZAÇÀO




FESTA DO DIA DAS CRIANÇAS!


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

TODOS SOMOS DIFERENTES




Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Se reuniram e começaram a escolher as disciplinas.

O pássaro insistiu para que o vôo entrasse. O peixe, para que o nado fizesse parte do currículo também. O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. O coelho queria de qualquer jeito a corrida.


Quem me enviou esta mensagem foi meu amigo Luiz Carlos Viana

E assim foi. Incluíram tudo, mas cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos.

O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa, coelho". Ele saltou lá de cima e quebrou as pernas. Não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira. Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, nem cavar buracos.

Todos nós somos diferentes. Cada um tem uma coisa de bom. Não podemos forçar os outros a serem parecidos conosco. Vamos acabar fazendo com que eles sofram, e no final, não serão nem o que nós queríamos, nem o que eles eram.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Há uma pessoa que possui os seguintes predicados:



É uma pessoa comum. Sem nada demais que possa
qualificá-la como melhor do que as outras. Trabalha, tem amigos,
gosta de divertir-se e cultiva bons hábitos. Cultua Deus e gosta
de ‘falar’ com Ele. Tem um senso de propósito bem apurado,
possuindo a capacidade de estabelecer metas próprias. Sabe
quando deve, ou não, tomar determinadas decisões. Sabe quando
deve, ou não, fazer certas coisas que implicarão em sacrifício
e renúncia. Enxerga a Vida como um grande campo de possibilidades
de realização. Às vezes, tem dificuldade de fazer escolhas,
mas quando as faz, tem consciência da decisão tomada. Consegue
perceber que sua vida lhe pertence e que os outros têm direito
a viver como querem. Quando percebe sua dificuldade em
compreender as coisas, vai em busca de informação. Não se cansa
de admitir sua própria ignorância e vai em busca de ajuda para
resolver suas necessidades. Carrega em si a capacidade de amar
e ajudar, procurando colocar esses potenciais a serviço da própria
vida. Tenta, sempre que possível, tornar as coisas mais fáceis
do que são, reduzindo a complexidade de que são revestidas.
Tende a minimizar os efeitos negativos sobre si, ampliando os
positivos que percebe. Possui em si a paciência e a tolerância
necessárias para a convivência com os outros e busca, a todo o
momento, colocar em prática sua capacidade de compreensão
da natureza humana e da sua diversidade. Sabe de suas próprias
imperfeições, exercitando compreendê-las e extraindo delas o que
de melhor possuem. Reconhece o valor do perdão e da empatia
como base das relações autênticas, tornando sua vida o mais transparente
possível. Olha cada ser humano como um filho de Deus
igual a si mesmo, respeitando cada um em sua individualidade.
Está sempre em busca de realização pessoal, integrando-se cada
vez mais na sociedade em que vive. Reconhece que, quando fala
de forma amorosa, conquista o coração das pessoas e está sempre
disponível a dar e receber afetividade. Tem desejos naturais,
como qualquer ser humano, e os realiza sem exageros ou dependências.
Suas vontades são atendidas, dentro de seus limites, com
equilíbrio e tranqüilidade. Sabe esperar para alcançar o que
deseja, pois, percebe seu momento de agir e de conseguir o
que quer. Possui a calma e a suavidade quando as tensões teimam
em acontecer. Vive sua sensibilidade, confiante em sua capacidade
de discernir entre o que é adequado, ou não, aos seus
objetivos de vida. No contato com o outro, possui a capacidade
de perceber as necessidades alheias, separando o que é possível
fazer a seu favor do que é atendimento ao seu egoísmo e à sua
vaidade. Durante a vida, consegue entender os intrincados mecanismos
com que as leis de Deus agem em favor de um propósito
superior. Seu senso de julgamento torna-a capaz de fazer escolhas
sem agredir, ou prejudicar, quem quer que seja, tampouco
ferir a si mesma. Percebe que, por onde passa ou permanece por
algum tempo, deixa sua energia e sua vibração, sabendo marcar
cada lugar e cada pessoa com quem interage com a esperança e
a amorosidade. Descobriu em si mesma a força transformadora
das emoções, das idéias, das palavras e dos atos, colocando-a a
serviço do amor que constrói a Vida.
Caso você ainda não tenha percebido qual é a personalidade
que acabei de descrever, aconselho que vá para a frente de
um espelho, pois, com certeza, essa pessoa é você. Mesmo que
você discorde de mim, acredite que falta muito pouco para que
se perceba sob esta forma. Só falta você se livrar da culpa, derrubar
a máscara que vem carregando por muito tempo, ter coragem
de viver e conectar-se com Deus. Lembre-se de que toda a
luminosidade que o constitui poderá então emergir e revelar a
beleza que estava oculta por detrás dos sofrimentos armazenados
em seu mundo interior.

Texto retirado do livro "Felicidadedsem culpa" -Adenauer Novaes

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ILUMINAÇÃO INTERIOR


Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filosófico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.
Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houve no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus-Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade.
• Só o trabalho de auto¬evangelização, porém, é firme e imperecível.
• Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livres.
[41a pág. 131] - Emmanuel - 1940

O mundo está repleto de elementos educativos, mormente no referente às teorias nobilitantes da vida e do homem, pelo trabalho e pela edificação das faculdades e do caráter.
Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.
Os próprios filósofos que falaram na Terra, antes dEle, não eram senão emissários da sua bondade e sabedoria, vindos à carne de modo a preparar-lhe a luminosa passagem pelo mundo das sombras, razão por que o modelo de Jesus é definitivo e único para a realização da luz e da verdade em cada homem.
[41a pág. 141] - Emmanuel - 1940
.

A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um.
Toda reforma terá de nascer no interior. Da iluminação do coração vem a verdadeira cristianização do lar, e do aperfeiçoamento das coletividades surgirá o novo e glorioso dia da Humanidade.
Emmanuel - (Consolador) [55 pág. 129]

Quando a sinceridade e a boa-vontade se irmanam dentro de um coração, faz-se no santuário intimo a luz espiritual para a sublime compreensão da verdade.
Esse é o chamado “toque da alma”, impossível para quantos perseverem na lógica convencionalista do mundo, ou nas expressões negativas das situações provisórias da matéria, em todos os sentidos.

A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de alegar o cansaço orgânico em face desses estudos de sua necessidade própria.
É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm, contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.

Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.
[41a pág. 134] - Emmanuel - 1940




Esse esforço individual para iniciar o trabalho de iluminação da própria alma deve começar:
• com o auto¬domínio,
• com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores,
• com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões.
Nesse particular, não podemos prescindir do conhecimento adquirido por outras almas que nos precederam nas lutas da Terra, com as suas experiências santificantes — água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo.
Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável o golpe da ação própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário interior, na sagrada iluminação da vida.
[41a pág. 138] - Emmanuel - 1940

Os estadistas ou condutores de multidões, que propugnam leis para o bem-estar social, por processos mecânicos de aplicação, sem atender à iluminação espiritual dos indivíduos, em pouco tempo caem no desencanto de suas utopias políticas e sociais.
A harmonia do mundo não virá por decretos, nem de parlamentos que caracterizam sua ação por uma força excessivamente passageira.
• Não vedes que o mecanismo das leis humanas se modifica todos os dias?
• Os sistemas de governo não desaparecem para dar lugar a outros que, por sua vez, terão de renovar-se com o transcorrer do tempo?
• Na atualidade do planeta, tendes observado a desilusão de muitos utopistas dessa natureza, que sonharam com a igualdade irrestrita das criaturas, sem compreender que, recebendo os mesmos direitos de trabalho e de aquisição perante Deus, os homens, por suas próprias ações, são profundamente desiguais entre si, em:
o inteligência,
o virtude,
o compreensão
o e moralidade.

O homem que se ilumina conquista a ordem e a harmonia para si mesmo. E para que a coletividade realize semelhante aquisição, para o organismo social, faz-se imprescindível que todos os seus elementos compreendam os sagrados deveres de auto-iluminação.
[41a pág. 140] - Emmanuel - 1940

A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.
Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legitimas noções de responsabilidade na vida. (Ver: Intuição)
• Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira.
• Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.
É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.
[41a pág. 177] - Emmanuel - 1940

Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.
Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os planos divinos.
E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.
[41a pág. 178] - Emmanuel - 1940

O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de vigilância, que todos os homens são obrigados a observar.
Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto-adoração. Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo.
Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o tesouro de si mesma.
Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só dispensador dos bens, que é Deus.
[41a pág. 198] - Emmanuel - 1940

Aqui estão algumas palavras de Emmanuel(livro "Consolador")sobre iluminação interior!
Que possamos refletir sobre elas e buscar o que o Mestre Jesus nos disse:"Brilhe a vossa luz."

domingo, 7 de dezembro de 2008

EQUILÍBRIO







Para sentir-me pleno, tenho que ser estável.

Para ser estável, é necessário equilíbrio.



Ser alegre, e não inconveniente.

Ser sincero, e não machucar.

Ser firme nas idéias, e não arrogante.



Ser humilde, e não submisso.

Ser rápido, e não impreciso.

Ser contente, e não complacente

Ser despreocupado, e não descuidado.



Ser amoroso, e não pegajoso.

Ser pacífico, e não passivo.

Ser disciplinado, e não rígido.

Ser flexível, e não frouxo.



Ser comunicativo, e não exagerado.

Ser obediente, e não cego.

Ser doce, e não melado.

Ser moldável, e não tolo.



Ser introspectivo, e não enclausurado.

Ser determinado, e não teimoso.

Ser corajoso, e não agressivo.



Em tudo, é necessário equilíbrio...

“PRECISO CUIDAR MELHOR DE MINHA PARTE ESPIRITUAL”









No primeiro final de semana de abril/08 participei de um encontro espírita onde tive a felicidade de ouvir, por um bom tempo, mensagens altamente educativas de uma entidade espiritual. A médium, com uma capacidade incomum e admirável, emprestava todo seu corpo e cérebro àquele benfeitor. Eu disse “todo o seu corpo e cérebro”, porque a mediunidade era do tipo inconsciente. As palavras brotavam límpidas e puras. Eram ensinamentos de um espírito de alto gabarito, um educador, que me emocionou e muito cooperou com o surgimento de profundas reflexões em todos nós ali presentes.



Como ocorre com boa parte dos espíritos evoluídos, aquele também gostava de – em certos instantes - brincar com as palavras. Em dado momento ele disse que os espíritas gostam de dizer: “Preciso cuidar melhor de minha parte espiritual. Tenho que ir mais ao Centro Espírita tomar passe, beber água fluida e fazer caridade”. Em poucas palavras, esse espírito amigo induziu-nos a refletir que certamente este não é o melhor caminho para evoluirmos. Primeiro porque não dá para “cuidar da parte espiritual” como se esta atitude fosse fruto de atividades dentro de uma casa espírita, ou tomando passe, ou bebendo água fluida ou exercendo a caridade. A parte espiritual nós cuidamos – ou não cuidamos – em todos os instantes de nossa vida! Pois em todos os momentos “somos” espíritos.



Reforçando: os momentos de “cuidarmos da parte espiritual” são todos os momentos, isto é, quando estamos no trabalho, quando estamos juntos á família, quando estamos no lazer, quando estamos dormindo, quando estamos dentro da casa espírita, etc., etc.



Se imaginarmos que é a freqüência assídua ao Centro Espírita que nos salva ou nos eleva, estaremos vivendo uma grande ilusão.



Mas, não podemos tomar passe? Não podemos beber água fluida? Sim, podemos. Mas simplesmente como refazimento de energia, que também é necessário.



E praticar a caridade, não é importante? Kardec não nos disse que “fora da caridade não há salvação?”. Sim, ele nos disse, mas ao mesmo tempo nos esclareceu pela questão 886 de O Livro dos Espíritos que a verdadeira caridade pode ser definida como “benevolência para com todos, indulgência para com as falhas alheias, perdão das ofensas”. Esta é a caridade que realmente “nos salva”, e não a sopa que distribuímos aos mais necessitados “para ajudá-los”, esquecendo-nos que muitas vezes os mais necessitados somos nós próprios.



Lembremo-nos sempre: a nossa evolução não é conseqüência apenas de nossas sentidas orações, mas é, prioritariamente, fruto do nosso exercício diário de auto-enfrentamento em todas as circunstâncias e situações de nossas vidas. Como disse o espírito Euríclides Formiga (*), orar sim, mas arar também:

“Se todo o trabalho é prece,

Atente ao que eu vou falar,

Que em verdade, sobre a Terra,

Orar é também arar...



Pois a oração sem suor,

Não passa, às vezes, de um grito,

Que, ecoando pelo vale,

Não se escuta no Infinito.”


texto de Alkindar de Oliveira



(*) Livro Para Sempre, Carlos Bacceli, Editora IDE

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ONDE JESUS NASCEU? E O QUE PODEMOS DAR-LHE DE PRESENTE?


E PARA NÓS, ONDE JESUS NASCEU?
Chico Xavier

Perguntemos a Maria de Magdala, onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá: - Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.
Perguntemos a Francisco de Assis o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus. Ele nos responderá: - Ele nasceu no dia em que, na praça de Assis, entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.
Perguntemos a Pedro quando se deu o nascimento de Jesus, Ele nos responderá: - Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifás, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida.
Perguntemos a Paulo de Tarso quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá: - Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse: - Senhor, o que queres que eu faça?!
Perguntemos a Joana de Cusa onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá: - Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar: - Negue! Negue! E o soldado com a tocha acesa dizendo: - Este teu Cristo ensinou-te apenas a morrer? Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer: - Não me ensinou só isso, Jesus ensinou-me também a amá-lo.
Perguntemos a Tomé onde e quando nasceu Jesus. Ele nos responderá: - Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida".
Perguntemos à mulher da Samaria o que ela sabe sobre o nascimento de Jesus. E ela nos responderá: - Jesus nasceu junto à fonte de Jacob na tarde em que me pediu de beber e me disse: "Mulher eu posso te dar a água viva que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas. Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi: - Senhor, dá-me desta água.
Perguntemos a João Batista quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá: - Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse. E ante a meiguice do seu olhar e a majestade da sua figura, pude ouvir a mensagem do Alto: "Este é o meu Filho Amado, no qual pus a minha complacência!" - Compreendi que chegara o momento de ele crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.
Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus? Ele nos responderá: - Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse: - "Lázaro, levanta!" Neste momento compreendi finalmente quem Ele era... A Ressurreição e a Vida!
Perguntemos a Judas Iscariotes quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá: - Jesus nasceu no instante em que eu assistia ao seu julgamento e a sua condenação. Compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos.
Perguntemos a Bezerra de Menezes o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus e ele nos responderá: - Jesus nasceu no dia em que desci as escadas da Federação Espírita Brasileira e um homem se aproximou dizendo: - Vim devolver-lhe o abraço que me deste em nome de Maria, porque renovei minha fé e a confiança em Deus. Foi naquele instante que percebi a Sua misericórdia e o Seu imenso amor pelas criaturas.
Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá: - Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez e senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor.
Agora pensemos um pouquinho:
E para nós, quando Jesus nasceu?...
Pensemos mais um pouquinho...
E se descobrirmos que ele não nasceu?
Então, procuremos urgentemente fazer com que ele nasça um dia destes, porque, quando isso acontecer, teremos finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.
Que Jesus nasça em nossos corações e que seja sempre Natal em nossas vidas, para que nunca nos falte a Esperança e a Alegria Cristã.

CONSTRUA TEU FUTURO



Um velho carpinteiro que construía casas, estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria da construção e passar mais tempo com sua família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor. O carpinteiro nao gostou, mas acabou concordando. E foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia. Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, seu chefe veio fazer a inspeção da casa construída, depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
"Esta é tua casa. Ela é o meu presente para você!!".
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.
O mesmo acontece conosco. Nós construimos nossa vida, um dia de cada vez, e muitas vezes fazendo menos que o melhor possivel na construção. Depois, com surpresa, descobrimos que precisamos viver na casa que nós construimos. Se pudessemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas nao podemos voltar atrás.
Você é o carpinteiro. Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes. Alguém já disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói".
Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.
Construa com sabedoria!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

MOMENTO DE SOLIDARIEDADE


Catástrofes e Desencarnes em Massa A visão espírita
Marcelo Henrique Pereira





Vez por outra, a Humanidade, em determinadas regiões do Planeta, chora a dor da destruição de cidades e a perda dos entes queridos. Catástrofes naturais ou acidentais vitimam milhares de pessoas e as imagens televisivas, virtuais ou impressas nos mostram as tintas do drama de nossos irmãos, enquanto a população recolhe seus mortos, implorando por auxílio para o socorro aos sobreviventes e a futura reconstrução de casas, prédios, espaços e repartições públicas.



A solidariedade fraternal do mundo fica explícita nas ações de grupos estatais e não-governamentais, que remetem remédios e equipamentos clínicos, bem como alimentos, água potável, roupas e cobertores, em paralelo aos inúmeros voluntários das cruzadas de saúde e defesa civil que atendem às vítimas, no digno exemplo daqueles que se importam com o semelhante e fazem o possível para minorar a dor alheia.



A filosofia espírita apresenta-nos a destruição como uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, importando no aniquilamento da vida material, a interrupção da atual experiência. Há, segundo a cátedra espírita, as desencarnações naturais, as provocadas e as violentas. As naturais decorrem do esgotamento dos órgãos e representam o encerramento programado das existências corporais, segundo a lei de causa e efeito e o planejamento encarnatório do ser. As provocadas resultam da ação humana no espectro da criminalidade e da agressividade (assassínio, atentados, guerras). As violentas encampam a ocorrência de catástrofes naturais (enchentes, terremotos, maremotos, ciclones, erupções, desmoronamentos, acidentes aéreos, automobilísticos, ferro ou aquaviários, entre outros), sem desconsiderar que a ação ou omissão humana, em face da ganância, da prepotência e da corrupção, pode estar entre as causas que geram tais efeitos danosos.



É por isso que em muitas dessas situações, o nexo causal entre a catástrofe e a ação humana acha-se presente. Movido por interesses mesquinhos e sem a adequada compreensão do conjunto (leia-se a contemporânea preocupação com os ecossistemas, a preservação do meio ambiente), os homens alteram a composição geológica, com escavações, desmatamentos, aterros e outros mais, e sua imprevidência acaba gerando as ocorrências das mencionadas catástrofes naturais. Também podemos mencionar aqui a situação daqueles que, migrando de suas cidades para os grandes centros, habitam os morros, nas periferias das metrópoles, e, sem a mínima infra-estrutura, ficam à mercê das primeiras enxurradas, que levam seus barracos, que fazem desmoronar enormes pedras, vitimando, não-raro, diversas pessoas. Há, aí, um misto entre o evento natural e a ação humana, como causa direta do evento fatal.



Nos casos em que subsistem várias vítimas, seja em pequena, média ou grave dimensão, entende-se que as faltas coletivamente cometidas pelas pessoas (que retornam à vida material) são expiadas solidariamente, em razão dos vínculos espirituais entre elas existentes. Todavia, necessário se torna qualificar a condição daqueles que, por comportamentos na atual existência, possam sublimar as provas, alterando para melhor o planejamento vital, garantindo a ampliação de sua permanência no orbe, redefinindo aspectos relativos à reparação de faltas e à construção e realização de novas oportunidades. Eis um caminho para explicar, por exemplo e, ainda que não definitivamente, a existência de sobreviventes.



A compreensão espírita, calcada no sério estudo e na relação direta entre os fundamentos filosóficos espíritas e o cotidiano do ser, na análise de tudo o que lhe rodeia, permite, assim, a desconsideração do termo fatalidade como sendo algo relativo à desgraça, ao destino imutável dos seres, pois o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Então, a palavra destino também ganha um redesenho, para representar, tão-somente, o mapa de probabilidades e ocorrências da existência corporal, resultantes, em regra, das escolhas e adequações realizadas anteriormente à nova vida, somadas às atitudes e aos condicionantes do contexto atual, onde, com base no seu discernimento e liberdade, continuará o rol de decisões que levarão o ser aos caminhos diretamente proporcionais àquelas, colocando-o, sempre, na condição de primeiro e principal responsável por tudo o que lhe ocorra.



É verdadeiramente por isto que cognominamos o Espiritismo como a Doutrina da Responsabilidade, porque se nos permite a análise criteriosa de nossa relação direta com fatos e acontecimentos da vida (material e espiritual).



Ante eventos como as enchentes em Santa Catarina, além da possível ajuda material que possamos, daqui de longe, efetivar, que nossas vibrações e preces possam alcançar os espíritos socorristas, que encaminham as vítimas desencarnadas ou seus familiares, as primeiras ao necessário e conseqüente despertar no Novo Mundo, e as últimas ao esforço para reconstruírem suas vidas. E que todos eles, despertos e recuperados das mazelas físico-espirituais, possam compreender, novamente, que o curso da evolução espiritual continua. Para eles e para nós, que aqui estagiamos.



(*) Doutorando em Direito, Expositor e Escritor Espírita.



Artigo recebido diretamente do autor em 28 de novembro de 2008 - 13h22m

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

OS VERDADEIROS MORTOS



Os orgulhosos, os prepotentes e os vaidosos de seus títulos, os quais consideram a humildade, o perdão e a fé como artifícios usados pelos fracos, são, na verdade, os cegos do caminho, cujo aprendizado na Terra se restringe a um mínimo de aproveitamento espiritual. Cultivam outros valores que nada significam perante o verdadeiro sentido da vida. Nada compreendem, senão o que os olhos físicos podem enxergar. Vêem e não enxergam, ouvem, mas não compreendem.
Transitam no mundo das aparências, atendendo aos instintos muito mais do que aos sentimentos. São os mortos aos quais se referiu Jesus, ao afirmar: "Deixai aos mortos os cuidados de enterrar os seus mortos".
Essa é a verdadeira morte, e não a da sepultura. Morrem no corpo e continuam mortos no mundo espiritual, buscando os mesmos valores e as mesmas ilusões.
Vou transcrever um acontecimento como muitos dos que acontecem com os espíritos apegados aos valores da Terra:
O senhor Antonio era um dos imigrantes dos muitos que vieram para o Brasil no início do século vinte, carregando a tiracolo um baú repleto de sonhos e de esperanças. Objetivo: enriquecer com as oportunidades de trabalho que a nova terra oferecia aos estrangeiros.
Estabelecido às margens de um córrego, na periferia de uma grande cidade, tornou-se um próspero chacareiro. Trabalhou com afinco e acabou conquistando a fortuna com que sonhara.
Com o dinheiro acumulado, tornou-se proprietário de três luxuosas padarias e de uma leiteria. Apesar de tornar-se um rico negociante, dava relativo conforto aos dois filhos e a uma filha. Sua esposa, sempre servil, cumpria fielmente os afazeres de casa, cansada de tanto trabalhar desde o tempo da chácara; pleiteava do esposo a possibilidade de contratar uma empregada para ajudá-la. Antonio se negava, justificando que era preciso economizar.
Embora a possibilidade de colocar seus filhos nas melhores faculdades particulares, usou das amizades que conquistara e conseguiu matricular seus filhos nas faculdades públicas. Levava uma vida regrada. Administrava seus bens com acentuado resquício de avareza. Apesar disso, raras vezes deixou de comparecer à Igreja para assistir à missa. Ali era estimado por todos. Embora contribuísse para a construção e manutenção da paróquia, nunca se soube que tivesse dado alguma coisa para alguém. Usava constantemente o argumento de que tudo o que possuía fora conquistado à custa de muito suor e trabalho.
Às vistas do mundo, era considerado um cidadão respeitado.
Por ocasião da comemoração do dia de Santo Antonio, a paróquia armou a tradicional quermesse. Entre vinhos e petiscos, Antonio era o grande benfeitor homenageado! Todos afirmavam em cochichos:
— O senhor Antonio é um santo homem! Dizem que ele pagou todos os bancos novos da Igreja.
Cercado pelas lisonjas e pelas atitudes de reverência dos amigos, ao sorver um gole de precioso vinho português, tomba fulminado por um infarto agudo do miocárdio.
Dona Ernestina, sua esposa, depois de superar o choque que o acontecimento acarretou, providenciou seu sepultamento. Há muito o cemitério não via um velório tão concorrido. Nem um tostão foi economizado pela viúva; desde o caixão até a campa foi empregado material de primeira linha.
Os comentários em torno do acontecido exaltavam a figura do homem que se tornara um símbolo de retidão e de trabalho. O padre, em seus sermões, não poupava elogios ao eminente falecido. Constantemente, enumerava os benefícios que a Igreja recebera do ilustre paroquiano.
A viúva, com o terço desgastado pelo suor das mãos, orava quase todos os dias debruçada sobre a rica e bem cuidada sepultura.
Fora do corpo, Antonio não se deu conta do ocorrido. Entretido com os negócios aos quais mantinha preso seu coração, tornando o principal objetivo da sua vida, continuava sua rotina.
Sentado no caixa, como sempre fazia quando estava encarnado, só que agora, sobreposto ao corpo do filho mais velho, o qual não conseguia ver, e que, depois da sua morte, assumira o seu lugar, lá estava ele todos os dias recebendo a conta dos fregueses. Porém, seus fregueses agora eram outros, espíritos errantes mergulhados na mesma ilusão.
O tempo passou...
Seus filhos casaram-se. Ernestina passou a viver só, no luxuoso casarão que Antonio havia construído não para desfrutar do conforto, mas pelo investimento que representava.
Todas as noites, ao adormecer e deixar o corpo entregue ao descanso, dona Ernestina conversava com Antonio, como se os dois estivessem ainda encarnados. Ele reclamava muito dos negócios que, ao seu ver, não iam muito bem. Não se conformava com os filhos que casaram sem o seu consentimento e dizia que as noras e o genro eram aproveitadores. A esposa, também ignorando a situação, calava-se diante de tais reclamações, limitando-se a ouvi-lo. Sentado à mesa próxima ao cofre, Antonio amanhecia fazendo contas. Demonstrava excessivo nervosismo; o dinheiro parecia escoar-se. Recomendava severamente que a esposa não deixasse os filhos mexer nas suas coisas e que cuidasse de demitir a empregada que haviam contratado para ajudá-la na manutenção da casa, pois esta poderia roubá-los.
Talvez, por misericórdia de Deus, raras vezes a esposa recordava desses encontros fora do corpo. Quando conseguia, eram recordações fragmentadas que lhe causavam um grande mal estar ao retornar ao corpo pela manhã.
Seu filho, ao qual se ajustava fluidicamente, passou a registrar os sintomas do infarto que o pai havia sofrido. Sem que percebesse, estava agindo exatamente como o pai agia quando vivo. Assumira até os seus trejeitos.
Nesse mundo, próprio daqueles que se descuidaram da realidade do espírito eterno, Antonio, ao ver seus descendentes usufruindo dos valores dos quais se julgava o único com o direito de usufruir e dispor, continuou durante mais de duas décadas participando da vida terrena, influenciando o comportamento do filho e de toda a família, até que a misericórdia divina, em função do profundo estado de ignorância e revolta em que se encontrava e devido ao mal que causava a si mesmo e aos seus, providenciou-lhe uma reencarnação compulsória, situando-o novamente nas experiências terrestres, como filho do neto mais velho.
Antonio é o exemplo típico da mentalidade que predomina numa grande maioria dos encarnados.
São aqueles que batem no peito e afirmam:
— Eu fiz tudo o que um homem deve fazer na vida: criei meus filhos, dei-lhes moradia segura, alimentei-os preparando-os para o mundo. Cumpri o meu dever!
Só que eles não percebem que tudo o que afirmam ter feito, os animais também o fazem, e alguns deles o fazem melhor do que muitos de nós, porque, além de alimentarem e de oferecerem moradia segura aos seus filhos, eles os libertam sem exigir-lhes sequer a gratidão.
Vivemos a era do espírito! Não podemos continuar vivendo pela metade. Precisamos viver integralmente a nossa verdadeira natureza. Não somos carne! Somos espíritos eternos e, como tal, precisamos viver.
Agir, pensar e falar como espíritos eternos é o que mais importa neste século. É preciso desenvolvermos olhos para ver e ouvidos para ouvir. Só assim poderemos dar verdadeiro sentido a nossa existência.
Para o mundo, Antonio era o exemplo de um homem bem sucedido, mas pudemos observar que, fora do corpo, a realidade era outra.

Trecho extraído do livro: Perdão! O Caminho da Felicidade!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

DENTRO DA LUTA


"Não peço para que os tires do mundo,mas que os livres do mal."
(João.17:15)

Não peças o afastamento de tua dor.
Roga forças para suportá-la,com serenidade e heroísmo,a fim de que lhe não percas as vantagens do contacto.
Não solicites o desaparecimento das pedras de teu caminho.
Insiste na recepção de pensamentos que te ajudem a aproveitá-las.
Não exijas a expulsão do adversário.
Pede recursos para a elevação de ti mesmo,a fim de que lhe transformes os sentimentos.
Não supliques a extinção das dificuldades.
Procura meios de superá-las,assimilando-lhes as lições.
Nada existe sem razão de ser.
A Sabedoria do Senhor não deixa margem à inutilidade.
O sofrimento tem a sua função preciosa nos planos da alma,tanto quanto a tempestade tem o seu lugar importante na economia da natureza física.
A árvore,desde o nascimento,cresce e produz,vencendo resistências.
O corpo da criatura se desenvolve entre perigos de variadas espécies.
Aceitemos o nosso dia de serviço,onde e como determine a Vontade Sábia do Senhor.
Apresentando os discípulos ao Pai Celestial,disse o Mestre:-Não peço que os tire do mundo,mas que os livres do mal."
A Terra tem a sua missão e a sua grandeza,libertemo-nos do mal que opera em nós próprios e receber-lhe-emos o amparo sublime,convertendo-nos junto dela em agentes vivos do Abençoado Reino de Deus.

(livro: Fonte viva - Emmanuel)

Este texto é para refletirmos sobre os momentos que estamos passando!