segunda-feira, 22 de junho de 2009

Afabilidade, Doçura




“A benevolência para com os nossos semelhantes, fruto do amor ao próximo, origina a afabilidade e a doçura, que lhe são formas de manifestação. Entretanto, nem sempre é prudente confiar nas aparências: a educação e os costumes mundanos podem aparentar tais qualidades.”

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo IX. Bem aventurados os Brandos e Pacíficos.
Item 6. A Afabilidade e a Doçura.)

Aí está a maneira prática de verificarmos, em nosso relacionamento social, se apenas nos servimos do verniz superficial, que o mínimo de educação nos ensina, ou se estamos verdadeiramente expressando, em nossas cortesias, a benevolência para com os semelhantes.
Precisamos desenvolver a afabilidade, não apenas no trato formal, mas em profundidade, interiormente.
Como vimos, a afabilidade e a doçura são manifestações naturais da benevolência para com as criaturas, resultantes do amor em nossas relações com as pessoas.
Entendemos, assim, que é necessário valorizar, nosso convívio social, cumprimentos, saudações, agradecimentos, votos e quaisquer expressões ditas formalmente em ocasiões que lhe são próprias, para aplicarmos o amor ao próximo, procurando, desse modo, sentir com o coração aquilo que pronunciamos em beneficio de alguém.
Afável é aquele ser dedicado, cortês, agradável, benévolo, bondoso.
Ter doçura, ou ser doce de coração, é aquele indivíduo que transmite brandura, suavidade, serenidade, meiguice, ternura.

Como cultivar a afabilidade e a doçura?

a) Examinando as emoções do nosso coração nas oportunidades sociais, esforçando-nos em transmitir amor através de nossos lábios;
b) Interessando-nos com discrição pelas pessoas recém apresentadas, criando elos de simpatia, mesmo com aquelas mais fechadas ou rudes;
c) Ajudando sempre, com delicadeza, nos transportes ou na rua, as criaturas em dificuldades: cedendo lugar, facilitando passagem, carregando volumes;
d) Respeitando a aspereza do trato de alguém para conosco, com o silêncio tranqüilo, com o olhar sereno, com o gesto bondoso;
e) Entendendo com ternura os aflitos que, ao nosso lado, se desesperam em situações difíceis, transmitindo-lhes encorajamento, proporcionando-lhes ajuda;
f) Perdoando com suavidade interior aqueles que nos ofendem, afastando, consequentemente, quaisquer lembranças desagradáveis ou resquícios de ódio;
g) Pautando nossa maneira de se dirigir aos auxiliares, em casa e no emprego, com benevolência e brandura, embora revestidas da necessária determinação;
h) Introduzindo no lar o hábito de falarmos baixo e com meiguice, mesmo quando transmitimos ordens a serem seguidas.

“Não basta que dos lábios emanem leite e mel, se o coração de modo algum lhes está associado, tratando-se tão somente de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que, se pode enganar os homens pelas aparências, não pode enganar a Deus.” (Id., ibid. Lázaro.)

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