quinta-feira, 7 de maio de 2009

SENSATEZ



"O ignorante afirma,o sábio duvída,o sensato reflete."

Aristóteles

Sensatez
“... Não tenta dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer sobressair às vantagens dos outros. Não se envaidece jamais com sua sorte, nem com seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.
“Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.”

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo XVII. Sede Perfeitos. O Homem de bem.)

Ser sensato nas suas determinações é aquele indivíduo judicioso, que age com cautela e sabedoria. Sabedoria pressupõe conhecimento das verdades espirituais e, portanto, da importância dos fatos e ocorrências da vida como meios para nos elevar na escala da evolução espiritual. Assim, a visão desse ângulo, quando somos chamados a agir, é posição que devemos tomar, para sermos coerentes com a lei divina ou natural que a tudo preside.
É até admissível agirmos contrariamente a esse posicionamento, quando já estamos a par dos princípios doutrinários espíritas. No entanto, como somos quase sempre envolvidos pelos impulsos emocionais que antecedem nossas ações no proceder, deixamos de analisar com prudência os acontecimentos vividos e não aplicamos a sensatez no que fazemos.

De que modo podemos ser sensatos?

a) Pensando cautelosamente nas conseqüências que os nossos atos possam causar de prejudicial a outrem;
b) Evitando comentários que possam acarretar dificuldades, separações, intrigas, desentendimentos a quaisquer pessoas;
c) Afastando as oportunidades que nos induzam a cometer erros e falhas;
d) Renunciando aos desejos caprichosos de posse entre as paixões que ainda perduram em nós;
e) Pesando com reserva os próprios pensamentos, idéias ou impressões, antes de articulá-los em palavras, para não veicularmos por hipótese alguma a má informação;
f) Agindo com discrição, sem alaridos, discussões ou críticas, nas decisões que nos dizem respeito, que envolvem criaturas humanas;
g) Controlando com previdência os hábitos e costumes que possam comprometer nossa saúde física ou nosso equilíbrio emocional;
h) Indagando sempre do bom uso que estamos fazendo, com proveito geral, dos bens materiais que nos foram confiados;
i) Utilizando os talentos que judiciosamente identificamos em nós, colocando-os a serviço do bem comum, sem vaidade ou presunção, com circunspeção e modéstia.

Quem já conhece – embora pouco – a destinação espiritual do ser que nos anima o corpo, é naturalmente dirigido a pesar muito bem todos os pensamentos, palavras e atitudes, como decorrência do amadurecimento interior, cujos frutos começamos a cultivar, nos cuidados de tudo que sai de nós: criações ou obras, expressões ou gestos, conversas ou comentários, idéias ou irradiações, que a sensatez pode aprimorar dignificando-nos à condição de filhos de Deus.

texto de Ney P. Perez Manual Prático do Espírita

"O ignorante afirma,o sábio duvída,o sensato reflete."

Aristóteles

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