quarta-feira, 22 de abril de 2009

HUMILDADE,MODÉSTIA,SOBRIEDADE


Humildade, Modéstia, Sobriedade

“Os males deste mundo estão na razão das necessidades artificiais que criais para vós mesmos. Aquele que sabe limitar seus desejos, e ver sem cobiça o que está fora das suas possibilidades, poupa-se a muitos aborrecimentos nesta vida. O mais rico é aquele que tem menos necessidades.”

(Allan Kardec. O Livro dos espíritos. Livro Quarto
Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos.
Parte da resposta à pergunta 926.)

Como cultivar em nós a simplicidade de coração e a humildade de espírito?
Como transformar o orgulho que tanto predomina em todas as nossas atitudes?

Vejamos como podemos ser verdadeiramente humildes:

a) Quando estivermos nos dando muito valor, pelo que possuímos financeiramente, pela posição social à qual chegamos, pelo cargo que ocupamos, ou pelo conhecimento adquirido, no elevado conceito que possamos fazer de nós mesmos, meditemos seriamente, com urgência, no falso rumo em que nos achamos e esforçemo-nos em refrear os ímpetos de revolta, de inconformação, as exaltações de ânimo, os melindres, as queixas, indicativos de nosso engano;
b) Aplicando o princípio de que a verdadeira sabedoria está na condição de, pelo muito que possamos conhecer conseguir avaliar o pouco que atingimos e a pequenez que representamos diante da imensidão universal. O pouco saber nos afasta de Deus, o muito saber Dele nos aproxima. O verdadeiro sábio percebe que nada sabe;
c) Aceitando com respeito e igualdade as opiniões, idéias, pensamentos e convicções dos que conosco convivendo contrariem nossas certezas, procurando entender que anteriormente às palavras por eles pronunciadas, incontáveis experiências marcaram-lhes o espírito, não raro dolorosamente;
d) Ouvindo com paciência e atenção, sem deixar perturbar nossas emoções de revide, todas as vezes que formos por alguém criticados;
e) Vigiando o nosso entusiasmo, nos planos a serem concretizados, para não resvalarmos nos prejudiciais destaques que a nossa pessoa sempre almeja, confundindo-se nas manifestações de vaidade;
f) Evitando menosprezo a quem quer que seja por maiores que sejam as razões ao nosso favor, para não faltarmos com o importante dever da caridade, que precisa revestir todas as nossas ações;
g) Sendo submisso ás ordens recebidas nos deveres assumidos, mesmo que contrárias aos nossos pontos de vista, como treinamento necessário de renúncia aos nossos caprichos;
h) Procurando sempre o lado simples e belo de todas as coisas, independente das aparências enganosas que possam agradar aos nossos sentidos físicos;
i) Valorizando todas as oportunidades de exercer as funções mais modestas e desempenhar os afazeres mais singelos, silenciando com toda a força as possíveis inconformações, pois quem querer ser o maior seja o melhor servo dentre todos;
j) Verificando que pobreza de espírito não é desmazelo, nem aparência esfarrapada, ou até falsa modéstia, é condição íntima de reconhecimento da nossa parca evolução, sem que para isso chamemos a atenção da nossa inferioridade pela maneira de vestir, de falar ou de referir a nós mesmos;
k) Resistindo de todos os modos possíveis os nossos impulsos de insubordinação e ódio quando formos injustiçados, caluniados, humilhados, menosprezados, machucados ou ofendidos por quaisquer pessoas. Reconheçamos que somente Deus pode julgar nossos atos e, se temos nosso coração puro, Ele nos recompensará;
l) Evitando de qualquer maneira a ostentação ou mesmo a espera do reconhecimento, por outrem, das boas obras que estejamos conduzindo. Fazer o bem destruindo aos poucos os altares e monumentos, erguidos ou referidos à vaidade, é também combate ao orgulho humano.

Em poucas palavras resumimos – Ser humilde é ser:

1- Despretensioso. 6 - Respeitoso,
2- Conformado. 7 - Reservado,
3- Resignado. 8 - Comedido,
4- Simples. 9 - moderado
5- Submisso. 10 - Sóbrio

Esse é o decálogo do homem humilde, que precisamos guardar para confronto diário com as nossas manifestações interiores.

TEXTO DE NEY PRETO PERES DO LIVRO : MANUAL PRÁTICO DO ESPÍRITA

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