sexta-feira, 22 de maio de 2009

AVAREZA



“Aquele que acumula sem cessar, e sem beneficiar ninguém, terá uma desculpa válida ao dizer que ajunta para deixar aos herdeiros?
- É um compromisso com a consciência má.”

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos.
Livro Terceiro. Capítulo XII.
Perfeição Moral. Pergunta 900,)

“Rico, dá do que te sobra; faze mais; dá um pouco do que te é necessário, porquanto o de que necessitas ainda é supérfluo, mas dá com sabedoria.”

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVI.
Não se Pode Servir a Deus e a Mamom.
Emprego da Riqueza – Cheverus.)

A avareza diz respeito igualmente ao apego específico ao dinheiro e aos objetos materiais que possuímos. O homem avaro é o egoísta que nega o auxílio pecuniário a quem lhe bate à porta, desprezando as oportunidades de servir, e até mesmo de ouvir quem lhe venha pedir socorro.
O avaro centraliza sua preocupação na aquisição do dinheiro ou nas diversas formas de enriquecimento. Para ele, o objetivo principal da existência é o dinheiro e o que lhe proporciona para usufruto.
A atmosfera vibratória é certamente obscura, densa. Ele tem grande dificuldade em sentir a inspiração que vem de mais alto, em captar sugestões mais nobres com relação ao seu proceder.
É exatamente a eles que a ironia do destino causa os maiores impactos quando a desventura os atinge. A queda é grande e o sofrimento, profundo, pois retira o que lhes é mais valioso: o dinheiro. Guardamos, em diferentes gradações, as manifestações de avareza, que também se refletem nas nossas preocupações diárias, com maior ou menor intensidade. A importância que damos aos nossos pertencer e as inquietações que tantas vezes nos desequilibram, pelo fato de termos perdido esse ou aquele objeto de maior estima, representam nosso apego a ales.
O zelo demasiado quando relutamos em emprestar algumas das nossas quinquilharias, com receio de perdê-las ou desgastá-las, é igualmente uma forma de avareza, como também um aspecto do ciúme.
A mania de guardar por tempo indeterminado, até mesmo sem usar, jóias, roupas ou outros pertences pessoais, reagindo em dar a alguém que mais necessite, sem justificativas, caracteriza também o avaro. Nenhum benefício real, dentro dos valores eternos que os Aprendizes do Evangelho já conheceram, pode resultar da avareza e, por isso mesmo, precisa ser identificada e combatida.
Como exemplo de desprendimento dos valores materiais, lembremos um episódio da vida do estimado benfeitor espiritual, Dr. Bezerra de Menezes. Certo dia, ao consultar em seu gabinete médico uma senhora de parcas posses, entregando-lhe o receituário, ouviu suas lamentações, pois ela não contava com numerário suficiente para a compra dos remédios. Então o magnânimo médico, não encontrando em seus bolsos o correspondente em moeda corrente, entregou à senhora o seu anel de formatura, para que com ele obtivesse dinheiro que lhe permitisse medicar a criança doente que trazia no colo.

tEXTO RETIRADO DO LIVRO:mANUAL PRÁTICO DO ESPÍRITA DE NEY PRIETO PEREZ

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