sábado, 4 de abril de 2009

O mecanismo das transformações íntimas



O texto vale a pena ser lido,para que possamos compreender o que nos acontece quando iniciamos o trabalho de reforma íntima."Conhecereis a Verdade,e a Verdade vos libertará..." (Jesus)


"Mas não basta ser convidado; não basta o nome de cristão, nem sentar-se à mesa para participar do banquete celeste: é imperioso, antes de tudo e como condição expressa, ter vestido o traje nupcial, isto é, ter a pureza de coração e praticar a lei segundo o espirito. Ora, esta lei se acha toda na frase: 'Fora da caridade não há salvação'. Mas entre todos quantos ouvem a palavra divina, quão poucos a guardam e a aproveitam! Quão poucos se fazem dignos de entrar nos planos superiores da espiritualidade! Por isso disse: "Muitos serão chamados e poucos escolhidos ".
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVIII. Muitos os Chamados e Poucos os Escolhidos. Parábola do Festim de Núpcias, 2.)

No processo lento e progressivo da Reforma Intima, vamos realizando transformações sutis nas estruturas magnéticas do nosso perispírito e ampliando as potencialidades do nosso espírito.

A libertação dos vícios comuns, como o fumo, o álcool, o jogo, a gula, os abusos do sexo, realiza uma higienização nessas mesmas estruturas magnéticas do nosso corpo espiritual, removendo as impregnações densas obstrutoras de energias que nos consumiam os fluidos vitalizantes mantenedores do nosso equilíbrio orgânico e espiritual. O nosso campo de energias vitais passa a vibrar com mais intensidade em todas as suas regiões, exercendo maior ação restauradora da saúde e do equilíbrio emocional.

A disposição saudável, o bem-estar, a calma interior, o ânimo forte tomam seu lugar em nós, contribuindo para uma completa renovação no nosso sentir. Libertando-nos dos vícios, deixamos de alimentar as entidades que usufruíam das mesmas sensações e prazeres, a nós ligadas nos processos de simbiose e vampirização. Rompemos os laços fluídicos viscosos que nos ligavam a esses espíritos, presos à nossa animalidade. Em consequência, libertamo-nos dessas influências perniciosas que nos condicionam aos vícios e nos transmitem depressão, mal-estar, desânimo, irritação, além de abrir fendas nas regiões dos campos magnéticos do nosso perispírito, acarretando desequilíbrio e comprometendo o fluir das energias vitalizantes, abastecedoras do metabolismo celular orgânico.

Erradicamos, assim, certos distúrbios vibratórios que se estendiam no perispírito, com imediatos reflexos no funcionamento dos nossos órgãos, aparelhos e sistemas.

Deixamos de ser joguetes das vontades e desejos desses espíritos nocivos, passando a exercer maior domínio sobre nós mesmos.
Prosseguindo no trabalho de Reforma Intima, tomando consciência dos defeitos, tendências, reações e modos de sentir, iniciamos, pela vontade de transformar, uma ação dinâmica, movimentadora das potencialidades do nosso espírito.

A nossa mente é semelhante a um grande dínamo, que movimenta e alimenta o fabuloso conjunto de pequenos motores elétricos representados pelas células orgânicas. A mesma ação mental, imprimindo pela vontade as modificações no nosso comportamento, no modo de ser, controlando conscientemente nossos impulsos, começa a movimentar e dinamizar campos magnéticos de maior penetração e alcance na nossa esfera mental. Mudamos aos poucos nossa maneira de pensar, refletindo-a no agir e, portanto, no relacionamento com o próximo.

Em decorrência desse trabalho, naturalmente vamos modificando a nossa compreensão para com tudo e com todos que nos cercam, os nossos pensamentos se abrem para os aspectos dignifícantes e nobres da nossa existência e passamos a emitir ondas mentais indutoras do bem, sintonizando com planos vibratórios mais elevados e colaborando positivamente para a melhoria dos que nos cercam.

As irradiações que partem da nossa região cardíaca, refletindo o nosso sentir, igualmente vão, de modo progressivo, se ampliando. Passamos a vibrar mais amor, compreensão, tolerância, o que se transmite em forma de energias renovadoras, influindo dentro e fora de nós. A somatória das ondas mentais e emocionais intensificadas no bem compõem o campo colorido e luminoso da nossa aura, que também se altera em decorrência das nossas transformações interiores.

Tecemos, assim, o halo magnético, envoltório ao nosso espírito, a aura de que nos fala André Luiz, pelo nosso próprio esforço em renovação constante. Criamos um campo vibratório de maior intensidade e alcance, à semelhança de uma cortina vibratória protetora, que precisa ser mantida com a nossa vigilância, auxiliando a nossa evolução nesse contínuo esforço de aperfeiçoamento.

As emissões de amor no serviço ao próximo, nas obras assistenciais, na tarefa mediúnica, na doação de energias fluido-dinâmicas, nas explanações evangélicas, na orientação à criança, no amparo ao velho, são as oportunidades que temos de exercitar e ampliar as nossas possibilidades, solidificando o trabalho de Reforma Intima.

Reforma Intima sem serviço cristão é obra interrompida que parou nos alicerces. O trabalho que se inicia no íntimo das criaturas transborda espontaneamente para o exterior como consequência natural da sua continuidade e ampliação. André Luiz também nos esclarece que as irradiações emitidas, nas ocasiões em que as dores profundas nos atingem e são recebidas com resignação, realizam efeitos transformadores no nosso espírito.
As preces sentidas com emoções profundas propagam vibrações íntimas de avanço espiritual. Tudo se realiza de modo semelhante aos campos vibratórios e eletromagnéticos que se desenvolvem nas estruturas atômicas dos elementos físicos. As irradiações de maior penetração e alcance são aqueles realizadas no interior do núcleo atômico. Igualmente movimentamos energias do mais elevado padrão nos campos mentais que emitimos quando os sentimentos mais nobres e as disposições mais edificantes são vividas interiormente.

As mudanças que vamos realizando interiormente vão assim transformando nosso campo de radiações, que passa a refletir as vibrações do íntimo do nosso espírito, nos indumentando magneticamente da "veste nupcial" de que nos fala a parábola das Bodas, condição de que precisamos estar revestidos para adentrar a Espiritualidade Superior.
Ney Prieto Peres

Nenhum comentário: