segunda-feira, 16 de março de 2009

TENDO MEDO


TENDO MEDO. LIVRO: FONTE VIVA (EMMANUEL), ÍTEM 132, PÁGINA 297.

"E, tendo medo, escondi na terra o teu talendo..." (Mateus, 25:25)

Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita. Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho. Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação. Medo de trabalhar. Medo de servir.

Medo de fazer amigos. Medo de desapontar. Medo de sofrer. Medo da incompreensão. Medo da alegria. Medo da dor.

E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.

Na vida, agarram-se ao medo da morte. Na morte, confessam o medo da vida.

E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.

Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorize à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstãncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.

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