sexta-feira, 7 de novembro de 2008

QUALIDADE DE VIDA


Justificativas para um programa de qualidade de vida

Por sermos uma espécie pensante, temos tendência de cuidar seriamente daquilo que tem valor para nós. Cuidamos do motor do carro para não fundir, da casa para não deteriorar, do dinheiro para não faltar. Alguns se preocupam com suas roupas; outros, com suas jóias e, ainda outros, com sua imagem social.
Mas qual é o nosso maior tesouro? O que ocupa ou deveria ocupar o centro de nossas atenções? O carro, a casa, o trabalho, o dinheiro, as roupas, as viagens? Não! A vida! Sem ela, não temos nada, não somos nada. E sem qualidade de vida, ainda que estejamos vivos, não temos sentido, encanto, saúde e prazer de viver.
Sem qualidade de vida, os ricos se tornam miseráveis, os fortes se tornam frágeis. Mas será que cuidamos com seriedade da nossa qualidade de vida como cuidamos das outras coisas? Raramente.
Quem é mestre em administrar sua emoção, liderar seus pensamentos, cultivar relações regadas com amor e tranqüilidade? Quem destila sabedoria nas derrotas e é especialista em pensar antes de reagir? Às vezes, sofremos por pequenos problemas e, o que é pior, por coisas que talvez nunca aconteçam. Conheço mestre em muitas áreas, mas não conheço nenhum mestre em cuidar da sua qualidade de vida.
Até psicólogos, psiquiatras e médicos de outras especialidades, que são profissionais com a responsabilidade de cuidar da saúde dos outros, têm dificuldade de cuidar da sua qualidade de vida. Muitos são ótimos para os outros, mas são péssimos para si mesmos. Não suportam seus erros, exigem demais de si, trabalham excessivamente, não têm tempo para se dedicar àquilo que mais amam.
Olhe para sua experiência de vida. O que você tem feito para ser uma pessoa mais alegre, serena e segura? O que você tem feito para superar sua impaciência, ansiedade, irritabilidade? Seja sincero consigo mesmo: quanto tempo tem gasto para viver a vida como uma grande e apaixonante aventura? Quanto tempo você gasta agradecendo ao invés de reclamar?
Alguns jovens só conseguem perceber algo errado na sua vida quando percebem que se tornaram adultos frustrados, que enterraram seus mais belos sonhos em alguns becos da sua história. Alguns pais só conseguem perceber sua crise familiar depois que suas relações familiares estão esfaceladas. Alguns profissionais só conseguem perceber que estão superados depois que perderam o encanto pelo seu trabalho.
Observe que um barulho no carro nos perturba e nos faz ir ao mecânico, mas muitas vezes nosso corpo grita através da fadiga excessiva, das dores musculares, das dores de cabeça e de outros sintomas psicossomáticos. Ele está querendo nos avisar que estamos estressados e que precisamos tomar atitudes, mas não ouvimos a sua voz.
Você acorda pela manhã e suspira dizendo que a vida é um grande espetáculo ou acorda pensando em problemas? E as suas relações, como estão? Você tem penetrado no coração emocional das pessoas que mais ama? Você as surpreende, as encanta, ou reage sempre da mesma maneira diante dos erros e das frustrações que elas lhe causam? Temos de confessar que muitas vezes somos engessados, sem flexibilidade, rígidos. Nem nós nos suportamos.
Temos vacina para prevenir muitas viroses, mas não temos vacinas intelectuais para prevenir o estresse ou a ansiedade.
Todos esses argumentos justificam a necessidade fundamental de um programa de qualidade de vida que possa corrigir rotas, abrir caminhos e contribuir para mudarmos nossas vidas.

(autor desconhecido)

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