"JÁ NÀO VOS CHAMO SERVOS,PORQUE O SERVO NÀO SABE O QUE SEU SENHOR FAZ;MAS EU VOS CHAMO AMIGOS,PORQUE TUDO O QUE OUVI DE MEU PAI EU VOS DEI A CONHECER."(JOÃO,15:15) UM NÚCLEO ESPÍRITA CRISTÃO CRESCE QUANDO TODOS SE UNEM COM A DISPOSIÇÃO DE DESENVOLVER SUAS HABILIDADES,SEM QUALQUER RIGORISMO OU IMPOSIÇÕES.ASSIM ACREDITAMOS,NÓS AMIGOS DA CEAE (CASA ESPÍRITA APRENDIZES DO EVANGELHO-FLORIPA)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
"ËSPÍRITAS,AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS"
Vejamos a seguir uma colocação de Léon Denis no livro "No Invisível",sobre a importância da instrução no desempenho dos médiuns!
"Ä mediunidade apresenta variedades quase infinitas,desde as mais vulgsres formas até as mais sublimes manifestaçòes.Nunca é id6entica em dois indivíduos,e se diversifica segundo os caracteres e os temperamentos.Em um grau superior,é como uma centelha do céu a dissipar as humanas tristezas e esclarecer as obscuridades que nos envolem.
A mediunidade de efeitos físicos é geralmente utilizada por Espiritos de ordem vulgar.Requer contínuo e atento exame.É pela mediunidade de efeitos intelectuais-inspiração escrita-que habitualmente nos são transmitidos os ensinos dos
Espiritos elevados.Para produzir bons resultados,exige conhecimento muito extensos.
Quanto mais instruído e dotado de qualidades morais é o médium,maiores recursos facilita aos Espiritos.Em todos os casos,contudo,o indivíduo não é mais do que um instrumento;este,porém,deve ser apropriado à função de que é encarregado.Um artista,por mais hábil que seja,nunca poderá tirar de um instrumento incompleto mais que medíocre partido.O mesmo se dá com o Espirito em relação ao médium intuitivo,no qual um claro discernimento,uma lúcida inteligência,o saber mesmo,são condições essenciais."
Por isso já dizia o venerável codificador da Doutrina Espírita,Allan Kardec:
"Espíritas,amai-vos e instruí-vos!"
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
O GRANDE OUTRO EM MIM MESMO
"Eu ,porém, vos digo:amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem."
(Matheus,5:44)
"O ser humano é seu próprio inimigo.Por instinto,ele enxerga no outro o que desconhece ou nega em si mesmo.Ele carrega em si mesmo a própria sombra.O modo como considera ou julga os fatos que ocorrem a sua volta,será determinante para a constituição de seu sistema de valores.
Esse sistema irá determinar o que é bem e mal para si mesmo,sem,no entanto,constituir-se numa verdade.Ao propor o amor ao inimigo,o Vristo vem atingir esse sistema de valores internos,alicerçados nas encarnações,para que o próprio indivíduo reduza suas tendências projetivas.O que vemos e julgamos,nem sempre é o que realmente está ocorrendo.Nós constantemente nos emganamos,face as limitações naturais que possuimos.Ninguém deve ser condenado preconceituosamente apenas por um ato.O ser humano é uma totalidade espiritual,e como tal deve ser visto.
O grande mal que se abate sobre o ser humano,de forma sorrateira,porque inconsciente,são as projeções que ele mesmo faz.Cultivando o hábito de se analisar,de não atribuir a outrem as responsabilidades pelos seus infortúnios,ele será capaz de reduzir as projeções.O amor aos inimigos reduz a carga emocional que nos impulsiona as projeções inconsequentes.Indiretamente,por força da ação do amor,aquele que consideramos ou que se considera inimigo,receberá o nosso desejo de amá-lo.Essa ação reduz a animosidade existente,até cessá-la.O amor ao inimigo age diretamente naquele que o realiza,evitando a baixa auto-estima.Quem consegue amar aquele que se lhe opõe,melhora seu estado psíquico geral,produzindo uma sensação de estar com a consciência tranquila de quem cumpre um dever.É um eficaz antídoto `inércia diante da Vida,inibindo a depressão.Noutro sentido,é a prática da não-violência,que nos leva à conquista do respeito do outro."
Texto retirado do livro:PSICOLOGIA DO EVANGELHO de Adenauer de Novaes
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
PESSOA IRADA
QUANTAS VEZES JÁ NOS DEPARAMOS COM ESTA SITUAÇÃO,MAS NA MAIORIA DELAS NÃO SOUBEMOS COMO REAGIR E ENTÃO CONTRIBUIMOS MAIS AINDA PARA O COMEÇO DE UMA DISCUSSÃO.O TEXTO ABAIXO TALVEZ NOS AJUDE A REAGIRMOS DE UMA FORMA DIFERENTE DIANTE DA IRA!
Orson Peter Carrara
No livro Ira – Aprenda a expressar essa emoção, de Gary Chapman, há uma dica interessante de como trabalhar com a raiva. O livro trata do assunto com muita propriedade e competência, mas para o espaço desse artigo, selecionamos as Sete etapas para tratar com uma pessoa irada.
As etapas são as seguintes:
1. Ouça a pessoa;
2. Ouça a pessoa;
3. Ouça a pessoa;
4. Procure entender as razões da pessoa irada;
5. Expresse sua compreensão;
6. Compartilhe informações adicionais que possam esclarecer o assunto;
7. Confesse qualquer erro e faça reparação.
É importante, pois, ouvir a pessoa. Veja que essa providência aparece três vezes na escala.
Por que? Adianta discutir com alguém irado?
Os serviços do CVV tem uma regra interessante: ouvir o desabafo.
Muitas vezes é o que mais precisamos: alguém que nos ouça. Apenas isso.
Não é por outra razão que muitas tragédias ocorrem. Não se ouvem as pessoas...
Na seqüência da escala o amigo leitor poderá verificar a importância do entendimento, da compreensão que muitas vezes, ou na maioria delas, falta no relacionamento entre as criaturas. Aí a razão de tantas guerras, inclusive domésticas...
Silêncio primeiro, voz baixa depois e o diálogo em momento oportuno. Eis o caminho.
E claro: admitir quando erramos, pois também podemos ser os responsáveis pela ira do outro. Como não? Aí há necessidade do caminho de reparação.
Todos nos debatemos em situações assim. Com filhos, pais, cônjuges, amigos, sócios, familiares diversos e até desconhecidos. Melhor saber como agir do que complicar...
Agora, para trabalhar a raiva consigo mesmo, eis a dica do livro (também para boa análise):
1. Admitir para si mesmo que está com raiva;
2. Reprimir sua resposta imediata;
3. Localizar o foco da raiva;
4. Analisar suas opções;
5. Tomar uma atitude construtiva.
Calma, acima de tudo!
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
VIBRAÇÕES
por Merit Rabanés
Todos nós, independentemente da religião que temos ou do tempo de que dispomos podemos vibrar pelo bem comum.
Essas vibrações são o nosso desejo intenso pelo bem de alguém ou de algo que determinamos, na hora em que começamos a nos sintonizar com o plano superior. Elas são recolhidas por seres espirituais encarregados de usar essa energia que emanamos, nos diversos casos que lhe são apresentados, tanto individualmente como nos grupos espiritualistas.
Cada colaborador espiritual recebe o nome e o endereço da pessoa necessitada, portanto, os atendimentos são individuais; há sempre um amigo espiritual para cada necessitado. Essa lista vem dos centros espíritas e espiritualistas ou mesmo das casas comuns onde a oração chama a ação eficiente desses seres.
Ensina Bezerra de Menezes:
"O que vemos, então, é um espetáculo grandioso: todo o ambiente se reveste de intensa luz e, ao vibrarem, os vossos pequeninos corações fazem o papel de um refletor e então, iluminando e riscando o espaço vemos luzes das mais variadas tonalidades e intensidades e aqueles colaboradores espirituais, com os braços estendidos para vós, recebem o presente carinhoso do vosso coração para ser levado aos mais distantes setores da Terra, enquanto que ao serem enumeradas as Fraternidades, já então de regresso de suas tarefas, perfilam-se os espíritos à vossa frente, envolvendo-vos na carícia do Amor Fraternal"
Vivência do Espiritismo Religioso, Edgard Armond, Editora Aliança
Alguns se perguntam: “Se o reservatório de energia cósmica é infinito, por que nós, humanos, precisamos fazer esse trabalho de vibrar por outros humanos carentes? Não poderiam os amigos espirituais buscarem diretamente no reservatório, aquilo de que precisam os necessitados?”
Os colaboradores precisam da energia do ser humano para aplicar em outro ser humano o fluído vital de que necessita. Da mesma forma como é necessário um ser humano doar o sangue do mesmo tipo de que o paciente necessita.
No dia-a-dia podemos dispor de alguns minutos para vibrarmos por aqueles que conhecemos e para aqueles de quem os amigos espirituais conhecem a necessidade. Ainda que não estejamos dentro de uma instituição, nosso amor é recolhido por espíritos que estão atentos às orações que costumamos fazer.
Não importa o dia, o local e o tempo. Importante é saber que sua oração é sentida e usada. Importante é saber que sempre somos ouvidos e sentidos e nada do que doamos se perde.
Na próxima vez em que for orar pelo bem comum, procure sentir a luz, o perfume e o calor que o seu próprio amor produzirão. Você viverá numa eterna primavera!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
ANSIANDO POR DEUS!
Um sábio estava meditando à margem de um rio quando um homem jovem, um tanto entusiasmado, o interrompeu.
“Mestre, eu desejo ser seu discípulo!”, disse o jovem.
“Por quê?” replicou o sábio.
O jovem era uma pessoa que sempre ouviu falar dos caminhos espirituais, e tinha uma idéia fantasiosa e romântica deles. Em sua imaturidade, ele achava que ser “espiritual” era algo como participar de um movimento, de uma crença, de uma moda, sem grandes conseqüências. Ele então pensou numa resposta bem “profunda” e disse:
“Porque eu quero encontrar DEUS!”
O sábio pulou de onde estava, agarrou o rapaz pelo cangote, arrastou-o até o rio e mergulhou sua cabeça sob a água. Manteve-o lá por quase um minuto, sem permitir que respirasse, enquanto o terrificado rapaz chutava e lutava para se libertar.
Finalmente o mestre o puxou da água e o arrastou de volta à margem. Largou-o no chão, enquanto o jovem cuspia água e engasgava, lutando para retomar a respiração e entender o que acontecera. Quando ele eventualmente se acalmou, o sábio lhe perguntou:
“Diga-me, quando estava sob a água, sabendo que morreria, o que você queria mais do que tudo?
“Ar!”, respondeu o jovem, amuado.
“Muito bem”, disse o mestre. “Vá para sua casa, e quando você souber ansiar por um Deus tanto quanto você acabou de ansiar por ar, pode voltar a me procurar.”
sábado, 10 de janeiro de 2009
LIÇÕES DE JESUS
Amor, paz, fraternidade, bondade, caridade, desapego. Esses são valores que Jesus Cristo transmitiu em três anos de pregações por Israel, registradas na Bíblia, o principal livro da religião cristã. Ainda hoje, nas páginas que descrevem seus feitos, milagres e lições aos seguidores, estão chaves para viver melhor e contribuir para tornar o mundo mais justo e humano, como Jesus sonhou. “Na Bíblia encontram-se luz e força para orientar a vida”, afirma Tereza Cavalcanti, professora de introdução à sagrada escritura do departamento de teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). O livro sagrado está dividido em duas partes: o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo Testamento descreve a história do povo de Israel, escolhido por Deus para realizar seu projeto: ser o Absoluto, para que as relações humanas se tornassem mais fraternas. O Novo Testamento conta a vida de Jesus Cristo, o carpinteiro da aldeia de Nazaré que se proclamou filho de Deus encarnado na Terra para dar continuidade ao projeto divino. Do Livro do Gênesis, que descreve a origem do mundo e da humanidade, ao Apocalipse de São João – escrito pelo apóstolo com a finalidade de dar esperança aos cristãos nos tempos de perseguição –, os textos abrangem um período que começa aproximadamente mil anos antes do nascimento de Jesus e termina por volta de 130 anos depois de sua morte. “A Bíblia é um compêndio de sabedoria, pois registra experiências humanas durante esse período que valem até hoje”, continua a especialista.
Como surgiram os evangelhos
Jesus não deixou nada escrito. Foram os apóstolos e discípulos os autores dos relatos sagrados. Os quatro evangelhos, de são João, são Mateus, são Marcos e são Lucas, descrevem, cada um a sua maneira, a trajetória de Jesus e seus ensinamentos. Muitos eram dados por meio de parábolas – narrações alegóricas que evocam a realidade por meio de comparação e se prestam a diversas interpretações. Nenhum texto bíblico tem valor rigorosamente histórico, já que todos os textos são baseados em relatos pessoais. João e Mateus pertenceram ao grupo dos 12 apóstolos, companheiros de Jesus, enquanto Marcos e Lucas foram apenas discípulos. Esse último nem conheceu Jesus, viveu na Síria e apoiou seu relato apenas em testemunhos. As Cartas de São Paulo, defensor da lei judaica que se converteu e se tornou um dos personagens mais importantes do cristianismo, foram escritas pelo menos 30 anos depois da morte de Jesus. Descubra oito episódios do Novo Testamento que ajudam você a trazer para o cotidiano os dons que Jesus pregava, interpretados pela professora Tereza Cavalcanti.
Confie em si mesmo
Acreditar no próprio potencial e desenvolver a fé para atingir metas que parecem distantes ou inalcançáveis é a mensagem do episódio em que Jesus caminha sobre a água. Ele está descrito nos evangelhos de são Mateus (capítulo 14), são Marcos (capítulo 6) e são João (capítulo 6).
Os discípulos estavam num barco, lutando contra a tempestade, quando Jesus apareceu andando sobre o lago, chamado mar da Galiléia, em Israel. Confundindo-o com um fantasma, os homens se apavoraram. Jesus então lhes disse: “Confiança! Sou eu, não tenham medo!” Pedro, parecendo duvidar, respondeu: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. E Jesus disse: “Venha!” Pedro desceu da barca e andou na superfície, mas deixou-se tomar pelo medo e começou a afundar, pedindo socorro. Jesus o salvou, dizendo: “Homem fraco na fé, por que você duvidou?”
Mensagem: com a autoconfiança fortalecida, pode-se perseguir metas que à primeira vista parecem impossíveis. A fé proporciona alento para não se desanimar frente aos obstáculos. No episódio bíblico, Pedro já tinha conseguido a façanha, quando perdeu a fé e afundou. Confia-se na própria capacidade ao se centrar e entrar em contato com Deus e com as próprias emoções e necessidades. A oração e a meditação são formas de se interiorizar e acessar o potencial que existe dentro de cada um de nós.
Compartilhe o que tem
A multiplicação dos pães e peixes ensina como é importante partilhar os recursos de que se dispõe, mesmo que possam parecer insuficientes. Esse episódio é considerado um dos mais importantes do Novo Testamento, já que é descrito nos quatro evangelhos (Mateus, capítulo 14; Marcos, capítulo 6; Lucas, capítulo 9; e João, capítulo 6). Em suas andanças, Jesus estava sempre cercado de gente, que o procurava em busca de cura ou ajuda. Numa delas, pacientemente atendeu os pobres e doentes e ficou pregando até tarde. Os apóstolos, cansados e famintos, queriam dispersar a multidão, mas Jesus lhes disse: “Vocês é que têm de lhes dar de comer”. Espantados, os homens argumentaram que só tinham cinco pães e dois peixes. Jesus abençoou-os, partiu-os e pediu que os discípulos os distribuíssem. E assim alimentou 5 mil pessoas.
Mensagem: por menos que se tenha para dividir, os benefícios que resultam da ação podem ser maiores do que se espera. O texto mostra que Deus retribui os gestos generosos com prosperidade e abundância, pois os apóstolos acreditavam que a comida seria insuficiente, mas no final se surpreenderam, pois ainda recolheram 12 cestos de sobras. Tem-se dificuldade de acreditar e apostar em tudo que parece pequeno, frágil, não lucrativo. É preciso lembrar, porém, que o fogo de uma vela, por mais fraco que pareça, é capaz de acender outra, e mais outra, e mais outra, infinitamente.
Descubra sua força
O episódio do semeador, descrito no Evangelho de São Marcos, capítulo 4, aconselha a perseverar mesmo diante dos fracassos e das perdas, que fazem parte da vida. A parábola é um estímulo para descobrirmos a força que mora dentro de cada um de nós e da qual nem sempre temos consciência. Em uma de suas pregações, sentado num barco, Jesus contou aos seguidores a história de um homem que saiu para semear. Parte das sementes caiu e foi comida pelos passarinhos. Outra porção delas foi parar num lugar pedregoso, onde havia pouca terra – chegou a brotar, mas logo secou. Um terceiro conjunto de sementes, em meio aos espinhos, foi sufocado. A última parte, porém, depositada em terra fértil, brotou, cresceu e deu frutos. “O reino de Deus é como um homem que espalha a semente na terra”, disse Jesus.
Mensagem: Jesus associou a palavra de Deus às sementes que os homens iriam acolher de diferentes formas. E alertou também que, como toda semente contém o necessário para brotar, crescer e se transformar numa árvore, o ser humano tem dentro de si a força para superar as dificuldades. A parábola é um estímulo ao recomeço. Se, em tentativas frustradas, a semente dos desejos caiu nas pedras ou nos espinhos, no final a terra fértil a acolherá e fará germinar. A força divina faz prosperar todo gesto em harmonia com toda a humanidade e com o planeta.
Não julgue os outros
Nenhum homem pode julgar e condenar, pois ninguém está livre de pecado. Foi o que Jesus mostrou no episódio da adúltera, descrito no Evangelho de São João, capítulo 8. Jesus dava seus ensinamentos sentado no chão quando chegou um grupo de doutores da lei (especialistas em direito e intérpretes das escrituras) e fariseus (membros de uma seita judaica que defendia o cumprimento rigoroso das leis sagradas) trazendo uma mulher que havia sido flagrada em adultério. Eles perguntam a Jesus se ela deveria ser apedrejada – esse era o castigo infligido a elas, na época. “Quem de vocês não tiver pecado atire a primeira pedra”, responde Jesus, impassível. Sua reação fez com que cada um desviasse o olhar da mulher e o dirigisse às próprias atitudes. Os acusadores foram embora, um por um, deixando a mulher sozinha com Jesus.
Mensagem: é preciso evitar os julgamentos precipitados ou insensatos, ainda mais sob influência de outras pessoas ou do grupo social. O primeiro passo é se desarmar interiormente e evitar reagir com a rapidez com que se é cobrado – na passagem bíblica, os homens interpelam Jesus duas vezes antes que ele responda. Fundamental também é se despir dos preconceitos e das opiniões formadas e desenvolver a capacidade de julgamento, pessoal e imparcial. Ouvir o que diz o coração impede que se tome para si os valores dos outros.
Não abuse de seu poder
Em um retiro de 40 dias no deserto, Jesus foi tentado três vezes, conforme o Evangelho de São Lucas, capítulo 4. Cada tentação representou uma forma de poder – o político, o econômico e o religioso. Os mesmos que muitas vezes se é tentado a usar, corrompendo e manipulando pessoas e situações. Em jejum, morto de fome, Jesus foi desafiado pelo demônio a transformar uma pedra em pão, provando ser filho de Deus. E respondeu: “Está escrito, nem só de pão vive o homem”. O diabo então levou Jesus para o alto da montanha e ofereceu a ele todos os reinos da Terra, com a condição de que se prostrasse a seus pés. Jesus se recusou: “Está escrito, adorarás ao senhor teu Deus e só a Ele prestará culto”. Finalmente, Satanás o conduziu à parte mais alta do templo, em Jerusalém, e o incitou a se atirar, garantindo que seria salvo por anjos de Deus antes de cair. Jesus mais uma vez resistiu: “Não tentarás ao Senhor teu Deus”. O Diabo, ao ver esgotadas suas formas de persuasão, foi embora.
Mensagem: é preciso resistir à tentação de tirar proveito de uma situação usando a autoridade, a posição hierárquica, o dinheiro ou a capacidade de persuasão com fins ilícitos ou que possam prejudicar outras pessoas. Chantagem e corrupção são exemplos disso. Deve-se ficar atento para não ceder a valores fúteis e egoístas, desconectados das verdades pessoais e do bem-estar coletivo.
Desfrute a vida
O famoso Sermão da Montanha, em que Jesus discursa à multidão que o segue, é um dos textos mais ricos em ensinamentos do Novo Testamento, como descreve o Evangelho de São Mateus, capítulo 6. Entre as muitas passagens em que Jesus proclama que os pobres, puros, mansos e perseguidos serão recompensados no céu, ele encoraja a desfrutar a vida, em vez de se preocupar com o acúmulo de bens materiais, e aprender a contemplar a natureza. Jesus disse: “Olhai as aves do céu: elas não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros e, no entanto, o vosso Pai celeste as alimenta. (...) Olhai os lírios do campo. (...) Eu vos asseguro que nem Salomão em todo seu esplendor se vestiu como um deles”. Com essas palavras, assegurou ao povo que não se preocupasse com o que comer ou vestir e colocasse o futuro nas mãos de Deus. “Em primeiro lugar busquem o reino de Deus e sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas.”
Mensagem: ao convidar os fiéis a seguir o exemplo dos pássaros e das flores, Jesus recomenda que aprendam com eles a não se preocupar com o amanhã, pois Deus sabe das necessidades de cada um e proporciona todo o necessário para viver. E alerta para que não se criem falsas necessidades, que consomem tempo e recursos, escravizam e obrigam a antecipar o futuro, impedindo que se viva o presente em toda a plenitude.
Exercite a solidariedade
Em seus gestos e palavras, Jesus ensinou a importância de oferecer apoio e conforto sem fazer julgamentos ou juízos de valor sobre quem merece ou não ser ajudado. Dedicou seus anos de pregação a ouvir e atender os pobres, loucos, deficientes físicos e prostitutas, defendendo-os das acusações dos que se julgavam puros, perfeitos ou donos da verdade. Jesus não escolheu os marginalizados porque eram bons, mas porque “precisavam de médico”, como diz o Evangelho de São Mateus, capítulo 9. Jesus ofereceu a vida eterna a um dos ladrões crucificados a seu lado só por vê-lo sofrendo, e sua compaixão repercutiu positivamente no coração de alguém considerado marginal. Respondendo ao outro criminoso que insultava Jesus, o ladrão perdoado disse: “Não temes a Deus nem sequer sofrendo a mesma condenação? Para nós é justo porque estamos recebendo o que merecemos, mas ele não fez nada de mau”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres em teu reino”. Jesus respondeu: “Eu lhe garanto: hoje mesmo você estará comigo no paraíso” (Evangelho de São Lucas, capítulo 23).
Mensagem: ser solidário e compassivo pode significar apenas estar junto a quem sofre ou passa por dificuldades. Quase sempre entende-se caridade como oferta de dinheiro ou bens materiais, enquanto a qualquer momento podemos oferecer uma mão amiga ou uma palavra de conforto a quem precisa.
Acredite que a fé cura
Jesus, ao restabelecer a saúde dos doentes, sempre procurava fazê-los colaborar e acreditar na própria capacidade de se curar. Muitas vezes, associava a salvação dos males à própria fé e força de vontade dos enfermos. O Evangelho de São Marcos descreve diversas curas milagrosas no capítulo 5. Numa delas, uma mulher que sofria de hemorragia acreditava que bastaria tocar na roupa de Jesus para ficar sã. E foi o que aconteceu. Jesus, então, perguntou quem o havia tocado. A mulher, medrosa e tremendo, caiu a seus pés e contou a verdade. Jesus então disse a ela: “Foi tua fé que te curou. Vá em paz e fique curada”.
Mensagem: toda pessoa tem dentro de si a capacidade de curar o próprio corpo e as emoções ao manter a fé e a positividade. Ao longo de seus anos de pregação, Jesus várias vezes recuperou os sentidos perdidos de cegos e surdos e a capacidade de locomoção dos aleijados. Dessa forma, proporcionou aos inválidos a oportunidade de serem novamente reconhecidos dentro da sociedade, que, na época, considerava os doentes pecadores e indignos. Simbolicamente, os episódios mostram que abrir os sentidos é condição para se dar conta das dimensões espirituais que estão por trás das aparências.
TEXTO: WILSON F. D. WEIGL
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
CAVANDO O BURACO
Dois irmãos decidiram cavar um buraco bem profundo atrás de sua casa. Enquanto estavam trabalhando, dois outros meninos pararam por perto para observar.
Um dos meninos perguntou :
- O que vocês estão fazendo ?
Um dos irmãos entusiasmado respondeu.
-Nós estamos cavando um buraco para sair do outro lado da terra!
Os outros meninos, que vinham chegando, começaram a rir, dizendo aos irmãos, que cavar um buraco que atravessasse toda a terra era impossível.
Após um longo silêncio, um dos escavadores pegou um frasco completamente cheio de pequenos insetos e pedras valiosas. Ele removeu a tampa e mostrou o maravilhoso conteúdo aos visitantes gozadores.
Então ele disse confiante:
-Mesmo que nós não cavemos por completo a terra, olha o que nós encontramos ao longo do caminho!
Seu objetivo era por demais ambicioso, mas fez com que escavassem. E é para isso que servem os objetivos.
” fazer com que nos movamos em direção de nossas escolhas, ou seja, começarmos a escavar”
Mas nem todo objetivo será alcançado inteiramente. Nem todo trabalho terminará com sucesso. Nem todo relacionamento resistirá. Nem todo amor durará. Nem todo esforço será completo. Nem todo sonho será realizado.
Mas quando você não atingir o seu alvo, talvez você possa dizer:
- Sim, mas vejam o que eu encontrei ao longo do caminho! Vejam as coisas maravilhosas que surgiram em minha vida porque eu tentei fazer algo!
É no trabalho de escavar que a vida é vivida.
Muitas vezes na vida deixamos de viver momentos valiosos por medo do que pode resultar daquela escolha,e mais tarde percebemos que saímos fortalecidos e modificados de todas as situações,tudo contribui para nossa evolução ,mesmo aquelas escolhas que por hora pareciam inadequadas!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
A LIÇÃO DA DOAÇÃO
Comumente ouvimos falar a respeito da necessidade de nos desapegarmos das coisas materiais, desde que somos passageiros nesta vida, sendo a verdadeira a vida espiritual.
Ao esboçarmos tal conceito, o que temos em mente é de repassá-lo para adultos, isto é, pessoas maduras.
É que nutrimos a ilusão de que os mais idosos é que partem primeiro, o que nem sempre é verdadeiro, embora possa parecer a lei natural.
Dessa forma, é bastante importante que comecemos a ministrar a lição da doação, do desapego aos pequeninos.
Excelente exercício é convidá-los a doar alguns dos seus brinquedos para outras crianças. Afinal, para os pequenos, o que existe de mais precioso, senão os seus brinquedos?
A experiência tem demonstrado que, assim convidadas, as crianças normalmente escolhem diversos brinquedos, em especial se lhes for dito que eles se destinam a outras crianças que não têm com que brincar.
É comovente se observar como elas separam bonecas, bolas, bichinhos de pelúcia, e vão afirmando: Com este, eu já não brinco mais. Este eu posso dar.
Mais comovente ainda é observá-las entregar, de boa vontade, os seus brinquedos a outras crianças.
Mas o que se tem registrado em momentos tais é a interferência dos pais, separando, dentre os escolhidos pela criança para doação, aqueles brinquedos que reputam de muito valor para irem parar nas mãos de uns pequenos carentes.
É que os adultos olhamos para os brinquedos com olhos de valores comerciais, enquanto a criança tem olhos de utilidade.
Muitas vezes, o brinquedo caro não é o seu preferido.
Quando, como pais, assim procedemos, estamos demonstrando o quanto somos apegados às coisas materiais e o quanto nos falta ainda exercitar para nos libertarmos em definitivo de tais conceitos.
Urgente que aprendamos a não interferir nas decisões das nossas crianças, quando a generosidade se lhes estampa nos gestos. Pois é nas lições do cotidiano que se forma o caráter dos pequenos. E, de um modo geral, somos nós mesmos, os pais, que podamos com nossas atitudes aquilo que é espontâneo nos nossos pequenos.
Dar coisas, e mormente aquelas que consideramos como preciosas, é a verdadeira lição da doação.
Lição que os pequenos demonstram em abundância, nas quais nós, os adultos, nos devemos espelhar.
É que, normalmente, buscamos dar daquilo que nos sobra, que nos é supérfluo, que não mais desejamos.
Quando assim agimos, não estamos nos doando verdadeiramente, pois que nada mais fazemos que atender a um gesto de fraternidade, algo que se espera de qualquer ser humano em relação a outro carente.
* * *
O sinal de que Deus está conosco e nós com Ele é exatamente o que nos dispomos dar, em nome Dele.
Doemos, pois, o pão da esperança, da alegria e do bom ânimo para todos os que encontremos em nosso caminho, desesperançados, tristes e acabrunhados.
Engrandeçamo- nos nas pequenas doações, crescendo nos deveres que nos cabem realizar.
Redação do Momento Espírita, com pensamento final extraído do verbete Doação, do livro Repositório de sabedoria, v.2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
ODIAR PAI E MÃE
O TEXTO EVANGÉLICO
“Se alguém vem a mim, e não odeia seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e mesmo sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E todo aquele que não carrega sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. Assim, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”. (Lucas, 14, 25 a 27 e 33)
“Aquele que ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; aquele que ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim”. (Mateus, 10, 37)
4.2. O SIGNIFICADO DA PALAVRA ODIAR
Non odit em latim, kai ou misei em grego, não quer dizer odiar mas amar menos. O que exprime o verbo grego misein, o verbo hebreu, do qual deve ter se servido Jesus, o diz ainda melhor; não significa somente odiar, mas amar menos, não amar tanto quanto, igual a um outro. No dialeto siríaco, do qual se diz que Jesus usava mais freqüentemente, essa significação é ainda mais acentuada. A palavra odiar se refere, portanto, ao sentido de ódio como o entendemos na atualidade. E mesmo que quiséssemos traduzir por odiar, iríamos de encontro ao caráter e a personalidade de Jesus. De duas uma: ou a palavra foi escrita de forma indevida, ou a tradução não pode captar o seu verdadeiro significado. De qualquer forma, tomá-la como amar menos faz mais sentido e dá uma conotação mais racional ao nosso modo de pensar.
4.3. DEIXAR PAI E MÃE
Quando Jesus nos chama para o seu apostolado e pede-nos para deixarmos pai e mãe, isso não significa que devemos abandoná-los ao sabor da sorte, o que implicaria em falta de caridade, virtude constantemente pregada por Ele mesmo. O que se depreende daí é que devemos nos preocupar com a vida futura, a vida religiosa. Esta tem para nós mais importância do que os nossos parentes e amigos. Quantas não são as pessoas que não podem freqüentar uma religião porque um dos seus familiares não o permite? Quantas pessoas não vão às escondidas ao um Centro Espírita? E por que não proclamam abertamente a sua religião? Simplesmente para não perturbar o ambiente doméstico.
O Espírito Emmanuel nos alerta: “renunciar por amor ao Cristo é perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu”. Ele nos diz: “Se os pais são incompreensíveis, se a companheira é ingrata, se os irmãos parecem cruéis, é preciso renunciar à alegria de tê-los melhores ou perfeitos, a fim de trabalhar no aperfeiçoamento com Jesus. Acaso, não encontras compreensão no lar? Os amigos e irmão são indiferentes e rudes? Permanece ao lado deles, mesmo assim, esperando para mais tarde o júbilo de encontrar os que se afinam perfeitamente contigo”. (Xavier, 1973, cap. 154
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