quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Na hora do passe...





Estudemos a questão dos passes.
Podemos dizer que o tratamento mediante passes pode ser feito diretamente, com o enfermo presente aos trabalhos, ou através de irradiações magnéticas, com o enfermo a distância.
No passe direto, depois de orar silenciosamente, o médium é inteiramente envolvido pelos fluidos curadores hauridos no Plano Superior e que se canalizam para o organismo do doente; no passe a distância, que é uma modalidade de irradiação, o médium, sintonizando-se com o necessitado, a distância, para ele canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos.
Nas chamadas «sessões de irradiação», os doentes são beneficiados a distância, não sômente em virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados, como pelas energias extraidas dos presentes, pelos cooperado¬res espirituais, e conduzidas ao local onde se encontra o irmão enfermo.
Há criaturas que oferecem extraordinária receptivi¬dade aos fluidos magnéticos. São aquelas que possuem fé robusta e sincera, recolhimento e respeito ante o tra¬balho que, a seu e a favor de outrem, se realiza.
Na criatura de fé, no momento em que recebe o passe, a sua mente e o seu coração funcionam à maneira de po¬deroso Imã, atraindo e aglutinando as forças curativas.
Já com o descrente, o irônico e o duro de coração o fenômeno é naturalmente oposto.
Repele ele os jorros de fluidos que o médium cana¬liza para o seu organismo.
É aconselhável, a nosso ver, ore o indivíduo, em silêncio, enquanto recebe o passe, a fim de que a sua organização psicofísica incorpore e assimile, integral¬mente, as energias projetadas pelo passista.
Tal atitude criará, indubitàvelmente, franca recep¬tividade ante o socorro magnético.
Para mais completa elucidação do assunto, vamos transcrever alguns trechos do capítulo «Serviço de pas¬ses», relativos a estas considerações:
«Alinhando apontamentos, começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve melhoria.
As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico.
Registrando o fenômeno, a pergunta de Hilário não se fêz esperar:
— Porquê?
— Falta-lhes o estado de confiança — esclare¬ceu o orientador.
— Será, então, indispensável a fé para que re¬gistrem o socorro de que necessitam?
— Ah! sim. Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espi¬rituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa tensão favorável».
E, mais adiante:
“Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a ESPES¬SAS CAMADAS DE GELO sobre o templo da alma.
Referindo-nos ao passe a distância, comum nas ses¬sões de irradiação», ouçamos novos esclarecimentos:
— E pode, acaso, ser dispensado a distância?
-Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe.
Nesse caso, di¬versos companheiros espirituais se ajustam no tra¬balho do auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa, será o melhor veículo da força curadora.»
Sintetizando os nossos apontamentos, temos, então, dois tipos de passes:
a) — Passes diretos (enfermo presente);
b) — Passes a distância (enfermo ausente).
E no tocante à receptividade ou refratariedade das pessoas, no momento do passe, temos:
a) Fé, mais recolhimento, mais respeito, somam RECEPTIVIDADE;
b) — Ironia, mais descrença, mais dureza de coração, somam REFRATARIEDADE.


TEXTO RETIRADO DO LIVRO:ESTUDANDO A MEDIUNIDADE DE MARTINS PERALVA

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