segunda-feira, 8 de junho de 2009

GENEROSIDADE, BENEFICÊNCIA




“A beneficência, meus amigos, vos dará nesse mundo os mais puros e suaves prazeres, as alegrias do coração, imperturbáveis pelo remorso e pela indiferença. Oh! Pudésseis compreender tudo o que de grande e agradável encerra a generosidade das almas belas, esse sentimento que faz que se olhe aos outros com o mesmo olhar voltado para si mesmo, e que nos faz despir os nossos corpos para jubilosamente vestir os outros.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XIII. Que a Mão Esquerda Não Saiba o Que Faz a Direita. Item 11. A Beneficência – Adolfo, Bispo de Alger.)

O que significa ser generoso?

- Ser bom, pródigo, saber fazer o bem, ser desapegado aos bens materiais, ter alegria e satisfação em servir. Contentar-se com aquilo de bom e agradável que possa proporcionar a alguém.
A generosidade é característica dos que aplicam a caridade com naturalidade, com espontaneidade.
Quem é generoso, não sente dificuldade em ser bom, não lhe é sacrificial. Pelo contrário, o faz por gosto e satisfação, não se cansa, não se irrita não se perturba.
O generoso, portanto, age com beneficência, com filantropia, com bondade.
Inumeráveis são as oportunidades de fazer o bem e incontáveis os meios de aplicá-lo. Vejamos como:
a) Saber fazer-se surdo quando uma palavra irônica escapa da boca propensa a nos ridicularizar;
b) Não ver o sorriso desdenhoso de quem nos recebe com superioridade e indiferença;
c) Fazer o bem sem comentários ou quaisquer referências ao nosso gesto;
d) Dissimular o benefício quando prestado a alguém para não embaraçá-lo ou causar-lhes melindre;
e) Não permitir homenagens ou honrarias por quaisquer bens praticados;
f) Procurar o serviço ao próximo, com os próprios meios, empregando nossas forças, inteligência e habilidades para realizar nossos propósitos generosos;
g) Saber tirar das nossas próprias privações, mesmo o que nos faça falta, quando for necessário àquele que desejamos ajudar;
h) Vigiar severamente, nas ocasiões em que presenteamos a alguém, se o fazemos apenas por obrigação ou com vistas à retribuição, ou se tão somente pelo prazer de fazê-lo;
i) Trabalhar para os pobres, dedicando algumas horas do dia, mesmo em nossa própria casa, à confecção de roupas, agasalhos ou enxovais a recém-nascidos;
j) Repartir do nosso guarda-roupa não só o que nos sobra, mas também o que ainda possa ser mais útil ao irmão necessitado;
l) Dedicar nossa assistência ao atendimento do esclarecimento ou das carências mais prementes, dos serviçais ou subalternos que conosco convivam, no lar ou no trabalho;

m) Olhar, ouvir, falar, acariciar, com o coração pleno de amor, os familiares que nos foram confiados, e que, ligados pelos laços consangüíneos, juntos retificamos os comprometimentos do passado.

“Todos vós podeis dar: qualquer classe a que pertençais, tereis sempre alguma coisa que pode ser repartida. Seja o que for que Deus vos tenha concedido, deveis uma parcela aos que não têm sequer o substancial, pois, em seu lugar ficaríeis contentes se alguém dividisse convosco. Vossos tesouros da terra diminuirão um pouco, mas vossos tesouros do céu serão acrescidos. Lá colhereis pelo cêntuplo o que houverdes semeado em benefícios neste mundo.” (Id. Ibid. Item 18. João.)

Texto retirado do livro Manual Prático do Espírita Ney Prieto Peres

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