segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ILUMINAÇÃO INTERIOR


Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filosófico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.
Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houve no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus-Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade.
• Só o trabalho de auto¬evangelização, porém, é firme e imperecível.
• Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livres.
[41a pág. 131] - Emmanuel - 1940

O mundo está repleto de elementos educativos, mormente no referente às teorias nobilitantes da vida e do homem, pelo trabalho e pela edificação das faculdades e do caráter.
Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.
Os próprios filósofos que falaram na Terra, antes dEle, não eram senão emissários da sua bondade e sabedoria, vindos à carne de modo a preparar-lhe a luminosa passagem pelo mundo das sombras, razão por que o modelo de Jesus é definitivo e único para a realização da luz e da verdade em cada homem.
[41a pág. 141] - Emmanuel - 1940
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A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um.
Toda reforma terá de nascer no interior. Da iluminação do coração vem a verdadeira cristianização do lar, e do aperfeiçoamento das coletividades surgirá o novo e glorioso dia da Humanidade.
Emmanuel - (Consolador) [55 pág. 129]

Quando a sinceridade e a boa-vontade se irmanam dentro de um coração, faz-se no santuário intimo a luz espiritual para a sublime compreensão da verdade.
Esse é o chamado “toque da alma”, impossível para quantos perseverem na lógica convencionalista do mundo, ou nas expressões negativas das situações provisórias da matéria, em todos os sentidos.

A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de alegar o cansaço orgânico em face desses estudos de sua necessidade própria.
É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm, contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.

Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.
[41a pág. 134] - Emmanuel - 1940




Esse esforço individual para iniciar o trabalho de iluminação da própria alma deve começar:
• com o auto¬domínio,
• com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores,
• com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões.
Nesse particular, não podemos prescindir do conhecimento adquirido por outras almas que nos precederam nas lutas da Terra, com as suas experiências santificantes — água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo.
Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável o golpe da ação própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário interior, na sagrada iluminação da vida.
[41a pág. 138] - Emmanuel - 1940

Os estadistas ou condutores de multidões, que propugnam leis para o bem-estar social, por processos mecânicos de aplicação, sem atender à iluminação espiritual dos indivíduos, em pouco tempo caem no desencanto de suas utopias políticas e sociais.
A harmonia do mundo não virá por decretos, nem de parlamentos que caracterizam sua ação por uma força excessivamente passageira.
• Não vedes que o mecanismo das leis humanas se modifica todos os dias?
• Os sistemas de governo não desaparecem para dar lugar a outros que, por sua vez, terão de renovar-se com o transcorrer do tempo?
• Na atualidade do planeta, tendes observado a desilusão de muitos utopistas dessa natureza, que sonharam com a igualdade irrestrita das criaturas, sem compreender que, recebendo os mesmos direitos de trabalho e de aquisição perante Deus, os homens, por suas próprias ações, são profundamente desiguais entre si, em:
o inteligência,
o virtude,
o compreensão
o e moralidade.

O homem que se ilumina conquista a ordem e a harmonia para si mesmo. E para que a coletividade realize semelhante aquisição, para o organismo social, faz-se imprescindível que todos os seus elementos compreendam os sagrados deveres de auto-iluminação.
[41a pág. 140] - Emmanuel - 1940

A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.
Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legitimas noções de responsabilidade na vida. (Ver: Intuição)
• Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira.
• Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.
É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.
[41a pág. 177] - Emmanuel - 1940

Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.
Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os planos divinos.
E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.
[41a pág. 178] - Emmanuel - 1940

O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de vigilância, que todos os homens são obrigados a observar.
Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto-adoração. Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo.
Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o tesouro de si mesma.
Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só dispensador dos bens, que é Deus.
[41a pág. 198] - Emmanuel - 1940

Aqui estão algumas palavras de Emmanuel(livro "Consolador")sobre iluminação interior!
Que possamos refletir sobre elas e buscar o que o Mestre Jesus nos disse:"Brilhe a vossa luz."

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