quarta-feira, 29 de abril de 2009

Resignação




“Existem males que não dependem da maneira de agir e que ferem o homem mais justo. Não há algum meio de se preservar deles?
- O atingido deve resignar-se e sofrer sem queixas, se deseja progredir. Entretanto, terá sempre uma consolação da sua própria consciência, que lhe dá a esperança de um futuro melhor, desde que faça o necessário para obtê-lo!”

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos.
Livro Quarto. Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos. Pergunta 924.)

“A Doutrina de Jesus ensina a obediência e a resignação, duas virtudes que são companheiras da doçura, muito ativas, embora os homens as confundam erroneamente com a negação do sentimento e da vontade. A Obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração.”

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e pacíficos.
Obediência e Resignação – Lázaro.)

Para sermos resignados precisamos aprender a não lamentar a nossa sorte e a aceitar com submissão paciente os sofrimentos da vida.
Pelo valor que representa o sofrimento, no burilamento do nosso espírito, nas ações corretivas ao nosso orgulho, como colheita dos males que tenhamos plantado ontem, é a resignação o melhor testemunho da nossa compreensão, a melhor prova do nosso amor a Deus.
Nada nos acontece por acaso, e nos dói exatamente no local onde mais carecemos de remédio. Onde mais somos atingidos pelo sofrimento é também onde mais necessariamente a corrigenda deve ser feita.
Quando assim não aplicamos a resignação, desperdiçamos o aproveitamento que a prova dolorosa nos oferece e prolongamos a experiência retificadora até que o consentimento do coração nos transforme.
Então, como agir?

a) Manter a paciência, por mais demorada que pareça ser a fase de dificuldade pela qual estamos passando;
b) Render obediência aos impositivos que possam nos contrariar as preferências no trabalho ou em casa;
c) Aceitar as incompreensões dos entes mais próximos, nas horas mais amargas, sem esboçar quaisquer reações de revolta;
d) Submeter-se ao despotismo e à rispidez das criaturas agressivas que surjam no nosso convívio;
e) Renunciar ao que não podemos possuir, mesmo sendo algo de há muito desejado;
f) Conformar-se com os sacrifícios que devamos fazer nas horas de escassez financeira;
g) Não reclamar de quem quer que seja nas épocas de crise social, política ou econômica;
h) Consolar-se em preces profundamente sentidas com a esperança de que a Providência Divina suprirá nossas necessidades na hora aprazada;
i) Recorrer à sustentação vibratória dos Amigos Espirituais, pela leitura evangélica e pelo estudo doutrinário nas reuniões do lar, quando renovamos nossas forças para resistir aos embates da vida.

As expressões de obediência e resignação nos elevam a alma, como forças de grande impulso transformador, ampliando-nos a capacidade de amar a Deus, de seguir a Jesus e de difundir, entre os homens, a fé, a esperança e a consolação. Com elas valorizamos as nossas provas e completamos nossos resgates; sem elas repetimos oportunidades perdidas e prorrogamos nossos ajustes.

sábado, 25 de abril de 2009

UM DIA



Emmanuel
Um dia, verás a ti mesmo em plano diferente.
Parecer-te-á, então, haver acordado de um sono profundo
e, por isso mesmo, tudo te surpreenderá. Amigos que não vias,
há muito tempo, se aproximarão de ti, estendendo-te as mãos.
Perguntarás a vários deles: onde estavas que não mais te
encontrei? Por que te distanciaste de mim? Todos te abraçarão,
com a alegria a lhes fulgurar nos olhos, Fitarás as árvores
carinhosamente podadas, formando corações que palpitarão de
vida, plantas outras, mostrando as frondes entrelaçadas,
lembrando mãos que se tocam afetuosamente. Respirarás
profundamente, reconhecendo, assim, as qualidades nutrientes
do no ambiente em que te virás...
Naquela festa de almas, porém, um homem de olhar
manso desce de um torreão brilhante e caminha na direção dele.
Em vão, o recém-chegado tenta retirar dele os olhos
magnetizados pelo amor que o desconhecido irradia. Ele caminha
serenamente a fixa-lo com bondade, com a familiaridade de quem
o conhecia.
- “Ah! – pensou o recém-vindo decerto que este amigo me
conhece, de longo tempo”.
A custo, venceu a própria indecisão, e indagou do
companheiro mais próximo:
- “Quem é este homem que está chegando até nós”?.
- “É o Mensageiro da Vida”.
Não houve tempo para outras inquirições.
Efetivamente, aquela simpática e estranha personagem lhe
endereçou saudações fraternas e segurando-lhe a destra, qual se
nela conseguisse ler todas as minudências da sua vida, não lhe
perguntou pelo próprio nome, nada argüiu quanto à família a que
pertencera ou à posição que exercera... Apenas pousou nele
demoradamente os olhos azuis e perguntou-lhe:
-“Amigo, o que fizeste?”
Da Obra “A SEMENTE DE MOSTARDA” – Espírito: EMMANUEL

ENSINAMENTO



Emmanuel
O Instrutor desdobrando a aula que ministrava aos
aprendizes atentos esclareceu, conciso:
Os homens são professores uns dos outros.
Cada um leciona a matéria que lhe constitui o elemento de
trabalho.
Assim vejamos:
O alfaiate, a costura;
O sapateiro, o calçado;
O tecelão; a indústria do fio;
O ourives, a fabricação de jóias;
O pastor, a condução do rebanho;
O horticultor, a produção de verdura;
O carpinteiro, a arte de trabalhar a madeira;
Ante a pausa do professor, o aluno José Guedes
perguntou:
-Professor; e o embriagado também ensina?
Como não? – respondeu o Instrutor.
Que é que um bêbado ensina? – insistiu o aprendiz.
E o professor idoso e experiente concluiu:
-Um alcoólatra ensina o que devemos evitar.
Da Obra “A SEMENTE DE MOSTARDA” – Espírito: EMMANUEL –
Médium: FRANCISCO CÂNCIDO XAVIER

A SEMENTE DE MOSTARDA



A SEMENTE DE MOSTARDA
Emmanuel
O rapaz abeirou-se do Mentor, mostrando-se evidentemente acanhado, e
considerou em tom de pergunta:
-Instrutor, a sua bondade já nos disse, várias vezes, que os
ensinamentos de Jesus, o nosso Divino Mestre, estão sempre iluminados para a
compreensão do nosso entendimento... Entretanto, às vezes, esbarro com
afirmativas d’Ele que me fazem pensar inutilmente, já que não lhes alcanço
sentido...
-Dê-me um exemplo – solicitou o interpelado com paciência.
-Disse-nos Jesus que se tivermos fé do tamanho de um grão de
mostarda – continuou o jovem consulente – certa montanha, por nossa ordem,
transportar-se-á daqui para ali; não crê o senhor que isso é um absurdo em
confronto com a realidade?
-Meu amigo – explicou-se o Mentor – Jesus, por falta de comparações e
palavras adequadas, legou-nos muitas lições em forma de símbolos e
parábolas... Imagino que Nosso Divino Mestre tomou a imagem da montanha,
como significado a nossos hábitos e preferências. Muitos defeitos, que ainda nos
caracterizam, pesam sobre nós por montes de imperfeições que precisamos
remover do mal para o bem...
-Mas – continuou o aprendiz – o senhor concordará que isso é uma
observação puramente filosófica; desejo que o senhor me conduza para o
domínio dos fatos reais.
O instrutor meditou por alguns instantes em profundo silêncio e
rematou:
-Caro amigo, se você pretende observar o poder de um agente
pequenino, qual a semente de mostarda, sobre um corpo extenso de
dificuldades que o desorienta ou perturba, acenda uma vela pequenina diante
da escuridão.
Da Obra “A SEMENTE DE MOSTARDA” – Espírito: EMMANUEL –
Médium: FRANCISCO CÂNCIDO XAVIER

OBSESSÃO



"Filhos, não olvideis que os vossos afetos invisíveis do pretérito
procuram interferir negativamente em vossos justos anseios espirituais do
presente.
De todas as formas, eles buscarão se insinuar em vossos caminhos,
impedindo a vossa desvinculação mental com o passado.
Pela afinidade natural que convosco estabeleceram em experiências
pregressas, lograrão fácil acesso ao vosso psiquismo, articulando aos vossos
ouvidos inaudíveis palavras de desalento.
Praticamente sem tréguas, insistirão convosco na descrença, armandovos
o espírito contra os companheiros que vos têm concitado à renovação.
Levantarão em vós suspeitas infundadas a respeito daqueles que podem
vos influenciar para o bem.
Não raro, prepararão instrumentos para vossa queda no rol de vossas
afeições mais íntimas.
Nos lábios dos que tenham alguma ascendência sobre vós, colocarão
palavras que vos induzirão a reconsiderar atitudes e decisões no campo da fé.
Os irmãos consangüíneos do Mestre o tinham à conta de homem fora
do seu juízo perfeito...
Quantos se fizeram cristãos nos primeiros tempos do Evangelho
começavam a ser chamados ao testemunho no seio da própria família.
Os espíritos que lutam contra os propósitos de espiritualização das
criaturas envidam esforços no sentido de que o seguidor de Jesus na Doutrina
Espírita vincule a causa dos problemas materiais que enfrenta à sua nova opção
de fé.
Por este motivo, os espíritas sempre facearão acirrada perseguição
material por parte dos opositores da Terceira Revelação. Além de sustentarem
lutas cármicas pessoais, defrontar-se-ão com os adversários da Causa que
abraçaram.
No entanto o amparo espiritual não haverá de faltar a quem tome a
decisão de renunciar às facilidades transitórias.
Filhos, perseverai na fé e triunfareis!"

TEXTO RETIRADO DO LIVRO: A CORAGEM DA FÉ- CARLOS A. BACELLI ESPÍRITO BEZERRA DE MANEZES

sexta-feira, 24 de abril de 2009

MÁSCARAS


Sempre que coloco uma máscara para encobrir minha realidade
Fingindo ser o que não sou,
Fingindo não ser o que sou,
Faço-o para atrair as pessoas
Mas logo descubro que somente atraio outros mascarados,
Afastando as pessoas devido a um estorvo: a máscara.

Faço-o para evitar que os outros vejam minhas fraquezas,
Mas logo descubro que por não verem a minha humanidade,
As pessoas não podem me amar pelo que sou e sim pela máscara.

Faço-o para preservar minhas amizades,
Mas logo descubro que quando perco um amigo, por ter sido autêntico,
Ele realmente não era amigo meu, e sim amigo da máscara.
Faço-o para evitar magoar alguém e por diplomacia,
Mas logo descubro que é a máscara
O que mais magoa as pessoas de quem quero me aproximar.

Faço-o com a certeza de que é o melhor que tenho a fazer para ser amado;
Mas logo descubro o triste paradoxo:
O que mais desejo conseguir com minhas máscaras
É precisamente o que com elas eu impeço que aconteça.

(Gilbert Brenson Lazán)

A INVEJA


A Inveja


“- Invejais os prazeres dos que vos parecem os felizes no mundo. Mas sabeis, por acaso, o que lhes está reservado? Se não gozam senão para si mesmos, são egoístas e terão de sofrer o reverso. Lamentai-os, antes de invejá-los! Deus às vezes permite que o mal prospere, mas essa felicidade não é para se invejar, porque a pagará com lágrimas amargas. Se o justo é infeliz é porque passa por uma prova que lhe será levada em conta, desde que a saiba suportar com coragem. Lembrai-vos das palavras de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem, porque serão consolados”.
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto.
Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos.
Parte da resposta à pergunta 926)

Com um pouco de observação de nós mesmo, facilmente reconheceremos as manifestações de inveja que, até mesmo de forma sutil, podem limitar o necessário esforço que devemos desenvolver para elevar o padrão dos nossos sentimentos. A inveja reflete a fragilidade em que o nosso espírito ainda vive, deixando-se consumir em desejos inconsistentes, até mesmo ilusórios, principalmente de ordem material, em lugar de lutar pelas conquistas dos valores eternos que enobrecem o espírito.
É ela resultante de nossa limitada compreensão da lei de causa e efeito, aplicada a nós mesmos, segundo a qual as atuais condições da nossa existência, escolhidas e programadas na Espiritualidade, são as que melhores resultados nos podem proporcionar no resgate dos desacertos do passado. Então, às vezes, momentaneamente enfraquecidos, esquecidos da luta que selecionamos ao programarmos essa existência, caímos nas teias dos desejos mais recônditos, refletindo as reminiscências de vidas que tivemos em existências anteriores.
Interessante é que, ao constatarmos, nos outros, algo que desejaríamos possuir, manifestamos uma vibração de ódio gratuito para com eles, como se fossem os culpados da nossa condição precária, da remuneração baixa no trabalho material, ou de qualquer outro aspecto limitante dentro das dificuldades em que vivemos.
Vivemos no permanente erro de sempre culpar alguém pelos males que sofremos como fuga a um olhar corajoso para dentro de nós mesmos, onde encontraríamos as causas, remotas ou próximas, dos tormentos de hoje.

Vejamos as características mais comuns da inveja:

a) Desejo manifestado dentro de nós de possuir algo que vemos em alguém ou na propriedade de alguém;
b) Crítica a alguém que pouco faz e muito possui, comparando sua posição com os sacrifícios que a vida nos apresenta;
c) Estados de depressão, causando tristeza, sofrimento, inconformação e revolta com a própria sorte;
d) Sentimento penetrante e corrosivo que emitimos quando assim olhamos para outrem, nos deixando entregues a ódios infundados, por deterem o que ambicionamos;
e) Sentimento destruidor da resignação, da tolerância, da conformação e da fé, que devemos alimentar em nossos corações nas ocasiões de penúria material;
f) Resultado do apego, ainda presente em nós, aos valores transitórios da existência, tais como: posição social, objetos de uso pessoal, bens materiais, recursos financeiros.

O próprio conhecimento popular já definiu o conceito de “mau olhado”, que, ao ser dirigido por determinadas criaturas, a tantos causa prejuízos em seus bens materiais, quando não o mal-estar e a indisposição. É a vibração que o invejoso emite de tão forte envolvimento negativo, que, ao atingir alguém desprotegido e desprevenido, realmente pode provocar vários males.
Muito cuidado, portanto, com os sentimentos de inveja que venhamos a emitir para quem quer que seja lembrando sempre que colheremos, para nós mesmos, todo o mal que aos outros provocamos.

TEXTO DE NEY PRIETO PERES(MANUAL PRÁTICO DO ESPÍRITA)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

HUMILDADE,MODÉSTIA,SOBRIEDADE


Humildade, Modéstia, Sobriedade

“Os males deste mundo estão na razão das necessidades artificiais que criais para vós mesmos. Aquele que sabe limitar seus desejos, e ver sem cobiça o que está fora das suas possibilidades, poupa-se a muitos aborrecimentos nesta vida. O mais rico é aquele que tem menos necessidades.”

(Allan Kardec. O Livro dos espíritos. Livro Quarto
Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos.
Parte da resposta à pergunta 926.)

Como cultivar em nós a simplicidade de coração e a humildade de espírito?
Como transformar o orgulho que tanto predomina em todas as nossas atitudes?

Vejamos como podemos ser verdadeiramente humildes:

a) Quando estivermos nos dando muito valor, pelo que possuímos financeiramente, pela posição social à qual chegamos, pelo cargo que ocupamos, ou pelo conhecimento adquirido, no elevado conceito que possamos fazer de nós mesmos, meditemos seriamente, com urgência, no falso rumo em que nos achamos e esforçemo-nos em refrear os ímpetos de revolta, de inconformação, as exaltações de ânimo, os melindres, as queixas, indicativos de nosso engano;
b) Aplicando o princípio de que a verdadeira sabedoria está na condição de, pelo muito que possamos conhecer conseguir avaliar o pouco que atingimos e a pequenez que representamos diante da imensidão universal. O pouco saber nos afasta de Deus, o muito saber Dele nos aproxima. O verdadeiro sábio percebe que nada sabe;
c) Aceitando com respeito e igualdade as opiniões, idéias, pensamentos e convicções dos que conosco convivendo contrariem nossas certezas, procurando entender que anteriormente às palavras por eles pronunciadas, incontáveis experiências marcaram-lhes o espírito, não raro dolorosamente;
d) Ouvindo com paciência e atenção, sem deixar perturbar nossas emoções de revide, todas as vezes que formos por alguém criticados;
e) Vigiando o nosso entusiasmo, nos planos a serem concretizados, para não resvalarmos nos prejudiciais destaques que a nossa pessoa sempre almeja, confundindo-se nas manifestações de vaidade;
f) Evitando menosprezo a quem quer que seja por maiores que sejam as razões ao nosso favor, para não faltarmos com o importante dever da caridade, que precisa revestir todas as nossas ações;
g) Sendo submisso ás ordens recebidas nos deveres assumidos, mesmo que contrárias aos nossos pontos de vista, como treinamento necessário de renúncia aos nossos caprichos;
h) Procurando sempre o lado simples e belo de todas as coisas, independente das aparências enganosas que possam agradar aos nossos sentidos físicos;
i) Valorizando todas as oportunidades de exercer as funções mais modestas e desempenhar os afazeres mais singelos, silenciando com toda a força as possíveis inconformações, pois quem querer ser o maior seja o melhor servo dentre todos;
j) Verificando que pobreza de espírito não é desmazelo, nem aparência esfarrapada, ou até falsa modéstia, é condição íntima de reconhecimento da nossa parca evolução, sem que para isso chamemos a atenção da nossa inferioridade pela maneira de vestir, de falar ou de referir a nós mesmos;
k) Resistindo de todos os modos possíveis os nossos impulsos de insubordinação e ódio quando formos injustiçados, caluniados, humilhados, menosprezados, machucados ou ofendidos por quaisquer pessoas. Reconheçamos que somente Deus pode julgar nossos atos e, se temos nosso coração puro, Ele nos recompensará;
l) Evitando de qualquer maneira a ostentação ou mesmo a espera do reconhecimento, por outrem, das boas obras que estejamos conduzindo. Fazer o bem destruindo aos poucos os altares e monumentos, erguidos ou referidos à vaidade, é também combate ao orgulho humano.

Em poucas palavras resumimos – Ser humilde é ser:

1- Despretensioso. 6 - Respeitoso,
2- Conformado. 7 - Reservado,
3- Resignado. 8 - Comedido,
4- Simples. 9 - moderado
5- Submisso. 10 - Sóbrio

Esse é o decálogo do homem humilde, que precisamos guardar para confronto diário com as nossas manifestações interiores.

TEXTO DE NEY PRETO PERES DO LIVRO : MANUAL PRÁTICO DO ESPÍRITA

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A LÍNGUA


A Língua

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada - favorece o juízo.

Leviana - descortina a imprudência.

Alegre - espalha otimismo.

Triste - semeia desânimo.

Generosa - abre caminho à elevação.

Maledicente - cava despenhadeiros.

Gentil - provoca reconhecimento.

Atrevida - traz a perturbação.

Serena - produz calma.

Fervorosa - impõe a confiança.

Descrente - invoca a frieza.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Preces e Mensagens Espirituais. Ditado pelo Espírito André Luiz.

ORGULHO


Estou a partir desta postagem colocando alguns textos de Ney Prieto Peres,sobre defeitos e visrtudes,para que possamos refletir mais sobre nossos sentimentos e buscarmos nos conhecer melhor!Os textos são do livro Manual Prático do Espírita.



Orgulho

“Aquele que não encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando não os pode satisfazer, enquanto que aquele que não se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto.
Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos.
Parte dos comentários à resposta da pergunta 933)

“O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menos paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos.
A Cólera.)

As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:

a) Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos:
b) Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
c) Necessita ser o centro das atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
d) Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
e) Menospreza as idéias do próximo;
f) Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
g) Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
h) Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;
i) Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falte de personalidade;
j) Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.

Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade, da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de “status”.
É preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que “a traça não come nem a ferrugem corrói!”.

MELINDROSO,EU!!!?


O espírito André Luiz, através da Arte de Psicografar do extraordinário médiun Chico Xavier, na obra “Sinal Verde”, no Capítulo 23, vem nos esclarecer que todos nós devemos observar nossas atitudes para não nos tornarmos tão frágeis diante da discordância de um companheiro em relação ao nosso modo de ver as coisas, procurando desenvolver em nós os necessários antídotos, que nos servirão de vacina contra essa maneira tão desequilibrada de encararmos a opinião contrária daqueles que conosco compartilham as lidas do dia a dia, em qualquer atividade da qual fizermos parte.
Diz-nos André Luiz:
MELINDRES
Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
Quem reclama, agrava as dificuldades.
Não cultive ressentimentos.
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

ALIMENTO DO ESPÍRITO!


QUEM ME CONHECE SABE QUE EU ADORO COZINHAR,FAZENDO MINHAS PESQUISAS NA INTERNET ENCONTREI A UM TEMPO ATRÁS ESTA RECEITA QUE QUERO COMPARTILHAR COM VOCÊS!ALIMENTEMOS O NOSSO ESPÍRITO!




Ingredientes:
Família, é aqui que tudo começa.
Amigos, nunca deixe faltar.
Raiva, se existir, que seja pouca.
Desespero, pra quê?
Paciência, maior possível.
Lágrimas, enxugue todas.
Sorrisos, os mais variados.
Paz, em grande quantidade.
Perdão, à vontade.
Desafetos, se possível, nenhum.
Esperança, não perca jamais.
Coração, quanto maior, melhor.
Amor, pode abusar.
Carinho, essencial.
Modo de preparar:
Reúna a sua família e os seus amigos. Esqueça os momentos de raiva e desespero passados. Se precisar, use toda a sua paciência. Enxugue as lágrimas e as substitua por sorrisos. Junte a paz e o perdão e ofereça a seus desafetos. Deixe a esperança crescer no seu coração. Nem sempre os ingredientes da vida são gostosos; portanto, saiba misturar todos os temperos que ela oferece e faça dela um prato de raro sabor!
Experimente essa receita, que vale a pena!

autor desconhecido

domingo, 12 de abril de 2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Páscoa Espírita



Recebi este texto de uma amiga e gostaria de compartilhar com vocês.Vamos fefletir!
Desconheço o autor.




A Páscoa Espírita
Já estamos na hora de mudar nossos paradigmas e por fim as encenações teatrais de adoração onde as pessoas dizem ir ao culto, as sinagogas, igrejas adorar a Deus, mas menosprezam o mesmo Deus nas ruas, como se este, tivesse criado uma linha divisória entre o templo e a oficina. A verdade é que ninguém pode separar suas horas perante si e dizer esta hora é para Deus esta é para mim, esta ação é para Deus esta é para mim.

Toda a terra é seu altar de oração por louva-lo nos templos e despreza-los nas ruas é que temos naufragado mil vezes.

Mais uma páscoa se aproxima e a simonia corre solto como em todas as outras festas religiosas, a Sexta-feira Santa chega e a humanidade desperta da sua letargia profunda, mas é apenas por algumas horas.

Pois assim que o sol se põe, a humanidade retorna aos seus caminhos tortuosos.

A cada Sexta-Feira Santa as pessoas param com seus afazeres para contemplar uma sombra coroada de espinhos, espinhos estes, que estas mesmas pessoas não quiseram tirar.

Os homens interrompem seus negócios para dirigir-se ao templo pedir ao cristo, mais lucros e confessar seus desenganos, mas o rito nem bem termina e o telefone toca chamando para mais um negócio proveitoso e as promessas ditas a pouco perdem seu valor de imediato.

As mulheres distraídas pelo brilho da vida, apaixonadas por jóias e vestidos, saem na Sexta Feira Santa para de suas casas para as procissões. Mas mal acaba a cerimônia e todos voltam aos seus caminhos entre risadas e comentários desairosos.

Foi apenas mais uma cerimônia religiosa assim como outras tantas, e nisto se resume às religiões em cerimônias onde ninguém cogita, ninguém raciocina, para que serve isto?

Onde vamos chegar com estas encenações teatrais? De adoração exterior onde as pessoas levantam suas mãos em direção aos céus, mas seu coração jaz adormecido nas trevas pantanosas da maledicência, da inveja, do ciúme, e da falsidade.

De que adianta aceitar a religião, mas não praticar?

Bradar bem alto para todos ouvir Jesus, Jesus, mas o continuar com os ouvidos do coração surdos para suas mensagens?

Aonde tudo vai bem se tem milagres, onde Jesus paga contas atrasadas, onde Jesus é proprietário de carros, da casa, da isto aquilo e o crente só precisa para usufruir todas as regalias, contribuir com o dizimo.

Que interessa o que ele disse sobre a humildade, amor ao próximo, fé do tamanho de um grão de mostarda etc, etc. Se esta igreja não tiver o que eu busco existe mil outras para eu garimpar. E assim seguem os garimpeiros dos milagres saltitando de igreja em igreja, de religião em religião em busca de conforto material.

Por isto a Doutrina Espírita segue seu caminho meio que no anonimato, pois não faz milagres, não promete curas, não oferece um lugar especial no céu à única coisa que oferece e uma escolha: ou ficar no passado apegado ao materialismo dos rituais, dos mitos e da voracidade carnal, ou buscar o espírito e seu poder na espiritualidade pura que a Doutrina oferece.

O Espiritismo tem por finalidade libertar o espírito humano do visco da matéria, para que ele possa alçar o vôo da transcendência. A religião espírita não comporta lamurias e ladainhas, nem exige de seus adeptos atitudes formais, voz modulada, gestos artificiais e estudados. A religião verdadeira não está nos templos, nas Igrejas, mas no coração do homem, na forma de uma lei fundamental da natureza humana - a Lei de Adoração, que leva o homem a adorar a Deus no recesso de si mesmo, sem alardes nem fantasias.

O mundo celebra o nome de Jesus e as tradições que os séculos teceram em volta de seu nome, mas ele permanece um estrangeiro percorrendo o mundo e atravessando as religiões sem encontrar entre os povos quem compreenda a sua verdade.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Para que somos imortais?




Autor: Amílcar Del Chiaro Filho

Já nos perguntaram: o que o Espiritismo fez de bom para a humanidade? A nossa resposta foi simples. Perguntamos, por nossa vez, se a pessoa disporia de tempo para ouvir o relato que tínhamos a fazer. Ela disse que não, por isso queria um resumo do que pretendíamos dizer. Começamos falando das consolações extraordinárias aos sofredores, aos quem perdem um ente querido, para depois falar da imortalidade.

Dissemos, então: o Espiritismo veio trazer a imortalidade ao homem. Nosso amigo protestou dizendo que todas as religiões pregam a imortalidade, ao que respondemos: a Doutrina Espírita não prega, ela prova que somos imortais, e mais ainda, para que somos imortais, porque isso faz toda a diferença.

Ser imortal para sofrer os tormentos do inferno ou os gozar no paraíso, às vezes, separados dos que amamos, é irracional. O Espiritismo demonstra a imortalidade racional, dinâmica. Somos imortais para crescer, evoluir, alcançar a perfeição, e isto será conseguido através das reencarnações.

Nosso amigo argumentou: ora, a reencarnação não é para pagar as dívidas, os pecados?

Não! Embora seja também para isso, a sua finalidade primeira é o aperfeiçoamento do ser. Deus criou-nos simples e ignorantes, mas propensos a aprender o bem e o mal. Através da extraordinária jornada "palingenésica", ou seja, das reencarnações, partimos deste ponto e miramos o alvo que é a perfeição. Nada prova melhor a imortalidade do que duas coisas, as comunicações dos espíritos dos homens que viveram na Terra, e a reencarnação.

O Espiritismo foi o primeiro a penetrar nesse mundo coberto pelo pano negro do luto, e vedado pelos mistérios das religiões oficiais. Por meio da mediunidade, que é um instrumento tão importante quanto o telescópio é para a astronomia e o microscópio para a medicina, os pesquisadores, a começar por Allan Kardec, adentraram esse mundo invisível, conversaram com os seus habitantes e construíram uma ponte por onde podemos passar para lá, e os espíritos podem vir até nós e comunicarem-se por meios físicos ou inteligentes.

É grande a quantidade de espíritos desconhecidos que não podem provar quem foram, quando viveram na Terra e o que fizeram. Contudo é inumerável a quantidade dos que provaram as suas existências como seres encarnados, com detalhes íntimos irrecusáveis.

Quanto à reencarnação, ela é provada cientificamente, com as investigações de cientistas renomados, como De Rochas, no final do século XIX, Banerjí, Ian Stevenson , Puarick e aqui no Brasi, Hernani Guimarães Andrade. Confirmam eles que a reencarnação está em plena harmonia com as leis da natureza.

Filosoficamente o Espiritismo é que tem as respostas para as perguntas: quem somos? Por que e para que estamos na Terra? De onde viemos? Para onde vamos? Como harmonizar liberdade com responsabilidade?

Moralmente, ou religiosamente, só a reencarnação explica a dor, a infelicidade, o sofrimento, as injustiças, as desigualdades e os males que afligem a humanidade. Por tanto é o Espiritismo que pode impulsionar a reforma moral dos indivíduos, e a transformação social da humanidade.

Nosso amigo disse, basta, porque se não, começarei a me perguntar: por que não sou espírita?

sábado, 4 de abril de 2009

O mecanismo das transformações íntimas



O texto vale a pena ser lido,para que possamos compreender o que nos acontece quando iniciamos o trabalho de reforma íntima."Conhecereis a Verdade,e a Verdade vos libertará..." (Jesus)


"Mas não basta ser convidado; não basta o nome de cristão, nem sentar-se à mesa para participar do banquete celeste: é imperioso, antes de tudo e como condição expressa, ter vestido o traje nupcial, isto é, ter a pureza de coração e praticar a lei segundo o espirito. Ora, esta lei se acha toda na frase: 'Fora da caridade não há salvação'. Mas entre todos quantos ouvem a palavra divina, quão poucos a guardam e a aproveitam! Quão poucos se fazem dignos de entrar nos planos superiores da espiritualidade! Por isso disse: "Muitos serão chamados e poucos escolhidos ".
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVIII. Muitos os Chamados e Poucos os Escolhidos. Parábola do Festim de Núpcias, 2.)

No processo lento e progressivo da Reforma Intima, vamos realizando transformações sutis nas estruturas magnéticas do nosso perispírito e ampliando as potencialidades do nosso espírito.

A libertação dos vícios comuns, como o fumo, o álcool, o jogo, a gula, os abusos do sexo, realiza uma higienização nessas mesmas estruturas magnéticas do nosso corpo espiritual, removendo as impregnações densas obstrutoras de energias que nos consumiam os fluidos vitalizantes mantenedores do nosso equilíbrio orgânico e espiritual. O nosso campo de energias vitais passa a vibrar com mais intensidade em todas as suas regiões, exercendo maior ação restauradora da saúde e do equilíbrio emocional.

A disposição saudável, o bem-estar, a calma interior, o ânimo forte tomam seu lugar em nós, contribuindo para uma completa renovação no nosso sentir. Libertando-nos dos vícios, deixamos de alimentar as entidades que usufruíam das mesmas sensações e prazeres, a nós ligadas nos processos de simbiose e vampirização. Rompemos os laços fluídicos viscosos que nos ligavam a esses espíritos, presos à nossa animalidade. Em consequência, libertamo-nos dessas influências perniciosas que nos condicionam aos vícios e nos transmitem depressão, mal-estar, desânimo, irritação, além de abrir fendas nas regiões dos campos magnéticos do nosso perispírito, acarretando desequilíbrio e comprometendo o fluir das energias vitalizantes, abastecedoras do metabolismo celular orgânico.

Erradicamos, assim, certos distúrbios vibratórios que se estendiam no perispírito, com imediatos reflexos no funcionamento dos nossos órgãos, aparelhos e sistemas.

Deixamos de ser joguetes das vontades e desejos desses espíritos nocivos, passando a exercer maior domínio sobre nós mesmos.
Prosseguindo no trabalho de Reforma Intima, tomando consciência dos defeitos, tendências, reações e modos de sentir, iniciamos, pela vontade de transformar, uma ação dinâmica, movimentadora das potencialidades do nosso espírito.

A nossa mente é semelhante a um grande dínamo, que movimenta e alimenta o fabuloso conjunto de pequenos motores elétricos representados pelas células orgânicas. A mesma ação mental, imprimindo pela vontade as modificações no nosso comportamento, no modo de ser, controlando conscientemente nossos impulsos, começa a movimentar e dinamizar campos magnéticos de maior penetração e alcance na nossa esfera mental. Mudamos aos poucos nossa maneira de pensar, refletindo-a no agir e, portanto, no relacionamento com o próximo.

Em decorrência desse trabalho, naturalmente vamos modificando a nossa compreensão para com tudo e com todos que nos cercam, os nossos pensamentos se abrem para os aspectos dignifícantes e nobres da nossa existência e passamos a emitir ondas mentais indutoras do bem, sintonizando com planos vibratórios mais elevados e colaborando positivamente para a melhoria dos que nos cercam.

As irradiações que partem da nossa região cardíaca, refletindo o nosso sentir, igualmente vão, de modo progressivo, se ampliando. Passamos a vibrar mais amor, compreensão, tolerância, o que se transmite em forma de energias renovadoras, influindo dentro e fora de nós. A somatória das ondas mentais e emocionais intensificadas no bem compõem o campo colorido e luminoso da nossa aura, que também se altera em decorrência das nossas transformações interiores.

Tecemos, assim, o halo magnético, envoltório ao nosso espírito, a aura de que nos fala André Luiz, pelo nosso próprio esforço em renovação constante. Criamos um campo vibratório de maior intensidade e alcance, à semelhança de uma cortina vibratória protetora, que precisa ser mantida com a nossa vigilância, auxiliando a nossa evolução nesse contínuo esforço de aperfeiçoamento.

As emissões de amor no serviço ao próximo, nas obras assistenciais, na tarefa mediúnica, na doação de energias fluido-dinâmicas, nas explanações evangélicas, na orientação à criança, no amparo ao velho, são as oportunidades que temos de exercitar e ampliar as nossas possibilidades, solidificando o trabalho de Reforma Intima.

Reforma Intima sem serviço cristão é obra interrompida que parou nos alicerces. O trabalho que se inicia no íntimo das criaturas transborda espontaneamente para o exterior como consequência natural da sua continuidade e ampliação. André Luiz também nos esclarece que as irradiações emitidas, nas ocasiões em que as dores profundas nos atingem e são recebidas com resignação, realizam efeitos transformadores no nosso espírito.
As preces sentidas com emoções profundas propagam vibrações íntimas de avanço espiritual. Tudo se realiza de modo semelhante aos campos vibratórios e eletromagnéticos que se desenvolvem nas estruturas atômicas dos elementos físicos. As irradiações de maior penetração e alcance são aqueles realizadas no interior do núcleo atômico. Igualmente movimentamos energias do mais elevado padrão nos campos mentais que emitimos quando os sentimentos mais nobres e as disposições mais edificantes são vividas interiormente.

As mudanças que vamos realizando interiormente vão assim transformando nosso campo de radiações, que passa a refletir as vibrações do íntimo do nosso espírito, nos indumentando magneticamente da "veste nupcial" de que nos fala a parábola das Bodas, condição de que precisamos estar revestidos para adentrar a Espiritualidade Superior.
Ney Prieto Peres

sexta-feira, 3 de abril de 2009

As vezes não enxergamos





Um dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

- Sr Bilac, estou precisando vender meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Poderia redigir um anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou um papel e escreveu:

"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes na varanda".

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

- Nem pense mais nisso! - disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que eu tinha.

Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe, atrás de miragens de falsos tesouros. Valorize o que tens: as pessoas, a família, os amigos, os momentos...